segunda-feira, 2 de maio de 2016

Formação de preços



        O preço dos produtos e serviços

O preço do produto tem o limite máximo de funcionalidade, dependendo da aceitação do consumidor em pagar ou não. Para o empresário, o preço deve ser o suficiente para pagar os custos e despesas e ainda gerar lucro, fazendo com que todo o investimento tenha valido a pena.
Se o preço do produto ou serviço é abaixado, o custo e as despesas correspondentes vão aumentar e o lucro ou vai cair, ou nem haverá; em contrapartida, se o preço for aumentado e houver consumo, o custo se manterá e o lucro crescerá ou passará a existir.
Usando o petróleo como exemplo de produto confrontar a seguinte situação: o produto é um recurso natural escasso. À medida que é utilizada, a sua matéria-prima diminui e em decorrência, o custo para a sua obtenção aumenta. Logo, há a necessidade de novos investimentos para obter o mesmo petróleo – como ocorreu com a Petrobras na exploração de petróleo no pré-sal. Há pressão para novos investimentos que contribuam para a minimização dos custos totais de produção.
É lógico que se o custo do petróleo aumenta o gasto com o abastecimento de gasolina também tende a ser aumentado ao consumidor e por consequência, para que as vendas de carros não caiam, as montadoras são pressionadas a desenvolver veículos mais econômicos e eficientes. São por essa razão que são fabricados carros movidos a gás, casas com telhas que armazenam energia solar, chuveiros a gás entre outros.
Outro investimento é na utilização de subprodutos (como o gás do petróleo) para reduzir a matéria-prima natural e escassa. Se o preço do barril de petróleo começasse a cair exponencialmente e permanentemente seria inviável tanto investimento em novas fontes renováveis de energia natural, pelo menos sobre a ótica financeira e econômica. Afinal, o motivo por de trás de todos os investimentos é o lucro.
Qualquer produto tem um custo de produção para a empresa que o fabrica e custos gerais por onde o produto transitará. O plástico gera gastos para ser fabricado e, após ser descartado fica no meio ambiente por muito tempo até ser completamente decomposto. Isso gera uma série de custos que a administração pública tem que tomar com reciclagem, limpeza de rios e do solo entre outros gastos.
Isso tem tanta influência no mercado que faz com as empresas além do lucro se preocupem também com a sustentabilidade, as boas práticas de governança corporativa e tudo o que agrega de valor positivo à comunidade onde está instalada. Entra aqui mais uma vez a contabilidade apresentando informações: com o Balanço Social.
Qual o custo do tabaco? E dos cigarros? Para a empresa que os fabrica ou mesmo o supermercado que os vende os custos são calculados contabilmente e no caso de sociedades de capital aberto, os balanços além de serem criados (o que é obrigação de toda empresa) são divulgados a toda sociedade. Há a opção, ainda, de serem acompanhados por demonstrações complementares, a fim de mostrar os pontos sociais e financeiros positivos da produção – empregos, geração de renda e lucro aos acionistas.
Mas não são apenas esses agentes que arcam com custos. Há o custo com a saúde pública: o fumante sofre de problemas devido ao consumo e nem todos os que fumam tem condições de financiar um plano de saúde particular. E como resultado, o Sistema Único de Saúde – SUS – acaba pagando a conta dos tratamentos.

É por tal razão que os comerciais de cigarros foram proibidos no País, além se serem cobrado dessas empresas imposto com alíquotas mais elevadas. É a forma de o governo evitar mais gastos com a Saúde. 

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