Lavoura de Soja |
Cultura temporária
Cultura temporária são
aquelas sujeitas ao replantio após a colheita. Normalmente, o período de vida é
curto. Após a colheita, são arrancadas do
solo para que seja realizado novo plantio.
Exemplo: soja, milho, arroz,
feijão, batata, legumes, etc. Esse tipo de cultura é também conhecido com
anual.
São contabilizados no Ativo
Circulante, como se fossem um “Estoque em Andamento”. Dessa forma, todos os
custos serão acumulados numa subconta com título específico de Cultura em Formação
da conta “Cultura Temporária”.
Custos e despesas
Os custos que compõem esta
conta são: sementes, fertilizantes, mudas, demarcações, mão-de-obra, encargos,
energia elétrica, encargos sociais, combustível, seguro, serviços profissionais,
inseticidas, depreciação de tratores.
As despesas do período
entende-se todos os gastos de identificáveis com a cultura, não sendo,
portanto, acumulados no estoque (cultura temporária), mas apropriados com
despesa do período. São despesas de venda (propaganda, comissão de vendedores,
etc), despesas administrativas
(honorários dos diretores, pessoal de escritório, etc) de despesas
financeiras (juros, taxas bancárias, etc).
Colheita
O custo da colheita será
acumulado na conta “Cultura Temporária” e, após o termino da colheita, essa
conta será baixada pelo seu valor de custo e transferida para um nova conta,
denominada “Produtos Agrícolas”, sendo
especificado, como subconta, o tipo de produto (soja, milho, batata, etc).
À medida que produção
agrícola for vendida, dá-se proporcionalmente baixa na conta “Produtos
Agrícolas” e transfere-se a valor de custo para a conta “Custo do Produto
Vendido” (resultado),
especificando-se o tipo de produtos
agrícola vendido (trigo, tomate, abóbora,etc)
Cultura Permanente
Cultura permanente são
aquelas que permanecem vinculadas ao solo
e proporcionam mais de uma
colheita ou produção. Normalmente atribui-se às cultura permanentes uma duração
mínima de quatro anos. Basta apenas a
cultura que durar mais de um ano e propiciar mais de um colheita para ser
permanente. Exs: cana-de-acuçar, citricultura (laranjeira, limoeiro, etc),
cafeicultura, etc.
Custos e despesas
Os custos necessários para a
formação da cultura serão considerados Ativo
Imobilizado. Os principiais custos são: adubação, formicidas,
mão-de-obra, encargos sociais, manutenção. Arrendamento de equipamentos e
terras, seguro da cultura, preparo do solo, serviços de terceiros, sementes,
mudas, irrigação, produtos químicos,
depreciação de equipamentos utilizados na cultura, etc.
Os custos de formação da
cultura são acumulados na conta “Cultura Permanente em Formação” , da mesma
forma como acontece com a conta “Imobilização em Andamento” ou em curso em uma
Indústria.
Despesas administrativas, de vendas e financeiras não
compõem o gasto de formação da formação da cultura, mas são apropriadas
diretamente como “despesa do período” e não são, portanto, ativas.
Dentro da conta “Cultura
Permanente em Formação” há subcontas que indicam especificamente a tipo de
cultura: café, guaraná, seringueira,
etc.
Após a formação da cultura,
que pode levar vários anos, transfere-se o valor acumulado da conta “Cultura
Permanente em Formação” para a conta “Cultura Permanente Formada”,
identificando-se uma subconta por tipo de cultura específica.
Colheita ou Produção
Como o ciclo de floração,
formação e maturação do produto normalmente é longo, pode-se criar uma conta de
“Colheita em Formação”, sempre identificando o tipo de produto que vai ser
colhido.
Essa conta é composta de
todos os custos necessários para a realização da colheita: mão-de-obra e
respectivos encargos sociais (poda, capina, aplicação de herbicida, etc),
produtos químicos, custo de irrigação (energia elétrica, transporte de água,
depreciação de motores), seguro da safra, secagem da colheita, etc.
Após o término da colheita,
transfere-se o total acumulado de “Colheita em Formação” para “Produtos
Agrícolas” e transfere-se o valor custo à conta “Custo do Produto Vendido”
(resultado do resultado), especificando-se o tipo de produto agrícola vendido
(algodão, café, uva ,etc).
Veja se pode me ajudar: um cliente que é uma entidade sem fins lucrativos ganhou em 2012 mudas de eucalipto para plantar num terreno da própria entidade. A ideia da doação recebida foi de cultivar as árvores e quando grandes cortar e vender para ter mais receita. Como contabilizo, pois sei que farão parte dos custos a mão de obra, exaustão do terreno etc. Aconteceu que em 2013 ocorreu uma chuva forte e derrubou todas as mudas que já estavam com quase dois metros. Registro como perda, baixo de imobilizado, pode me ajudar?
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