quarta-feira, 27 de abril de 2016

Como Tudo Começou




A contabilidade não é uma ciência exata, ela é uma ciência social, pois a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial. Toda vida, a contabilidade utiliza os métodos quantitativos (matemática e estatística) como sua principal ferramenta.

Uma delas são os números: não se pode falar em contabilidade, mesmo que rudimentar, sem a invenção da escrita e dentro dela a habilidade de contar. Podemos usar de exemplo: tempos como a Idade da Pedra, no Egito Antigo, entre outros tempos da nossa humanidade que os homens usavam pedrinhas e/ou marcações na parede para contar e ter ciência da quantidade de seu rebanho, sendo eles de ovelhas, cabras, camelos, enfim

As moedas foram o que impulsionou enormemente o progresso das formas rudimentares de contabilidade com diversos valores e jeitos de serem classificadas como moeda. Até o aparecimento da partida dobrada, que nada mais era do que uma espécie de inventário de bens, direitos e obrigações. Com o passar do tempo o surgimento da moeda que conhecemos hoje alavancou a forma de uma pessoa obter alguma coisa que desejava por volta aproximadamente do ano 2000 a.C. usando metais preciosos (como ouro, prata) ou pedras preciosas como base de troca assim como usamos hoje em dia.

O balanço é o resultado computado por diferença entre os patrimônios líquidos em datas distintas, sem grande preocupação em identificar as causas das variações do mesmo. Assim uma forma rudimentar de balanço geral foi o primeiro trabalho contábil.

No início da era moderna a contabilidade obteve um marco. Nesse período tivemos a primeira literatura contábil relevante que foi feita pelo Frei Luca Pacioli em 1494, consolidando o método das partidas dobradas, expressando a causa efeito do fenômeno patrimonial com os termos débito e crédito. Esse método já era conhecido antes de Pacioli era praticado no século XIII, mas só foi reconhecida somente quando o Frei colocou em prática. Esta obra de Pacioli pode muito bem ser vista como início do pensamento científico da contabilidade que é cuidar do patrimônio. 

É preciso ressaltar que alguns autores, os quais tratavam principalmente de práticas comerciais da época e de matemática comercial e financeira, tiveram grande importância. Destacamos os seguintes:

1202 – Leonardo Fibonacci,( lança seu Liber Abaci - Livro de lculo) livro sobre comercial, foi o marco que separou a contabilidade antiga da moderna.

1340 – Francisco Di Balcuccio Pegolotti, (La Pratica Della Mercatura - A Prática da Mercação), espécie de manual do comerciante, importante para análise da evolução da contabilidade.

1458 – Benedetto Cotrugu, (Della Mercatura Et Del Mercante Perfeto - De Mercadores e Comerciante Perfeito), sobre as práticas comerciais.

Grandes mestres século XIX e inícios de século XX

A contabilidade que até meados o século XIX era tida e tratada como um método de escrituração, passa a receber roupagem científica a partir do pensamento de alguns mestres:
Francesco villa – 1840 / Francesco Machi – 1867 / Giuseppe Cerboni – 1886

O maior mestre – Fábio besta (1894/1909/1910) defini contabilidade como “A Ciência do Controle Econômico das Entidades”, modernas noções e conceitos de controladoria.

Correntes europeias recentes

No século XX com surgimento de grandes autores e doutrinas contábeis, alguns países como a própria Itália (Gino Zappa, Vicenza Masi, Aldo Amaduzzi), Alemanha (Fritz) e Holanda, outros países se tornaram o berço da contabilidade.

Correntes americanas recentes


Com a ascensão econômica do colosso norte-americano, o mundo contábil volta sua atenção para os Estados Unidos, principalmente a partir de 1920, dando origem a escola contábil norte-americana. Com o surgimento das gigantescas corporações, principalmente no início do século XX. Conhecida também como a queda da chamada escola europeia.

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