Frequentemente
ouvimos nos meios de comunicação notícias referentes a publicações
de estudos sobre os comportamentos, tamanhos e direcionamento ou
tendências da população. Ouvimos por exemplo a divulgação dos
resultados obtidos pelos censos.
Para
calcularmos o índice do custo de vida a fim de determinarmos o
índice de inflação em certo período, inicialmente colhemos os
dados sobre a variação dos preços nesse período e em seguida,
organizamos esses dados e os analisamos para poder determinar
o índice desejado. Para fazer projeções sobre o número de
habitantes que o planeta terá no ano de 2020 precisamos obter os
dados sobre o crescimento da população nos últimos anos, depois
organizar esses dados e finalmente analisá-los para chegar à
projeção desejada.
Numa
pesquisa eleitoral para se determinar a intenção de voto para
prefeito de certa cidade, em primeiro lugar colhemos os dados, ou
seja, as intenções de voto de uma parcela previamente escolhida da
população, em segundo lugar organizaram esses dados e, por ultimo,
fazemos uma análise. Na apuração de uma eleição, a partir dos
votos apurados (dados devidamente organizados), podemos fazer uma
projeção dos resultados da eleição (análise dos dados
propriamente dita).
Em todos
os exemplos citados, para se chegar ao resultado pretendido
utiliza-se um dos ramos da Matemática chamado Estatística. A
estatística como verá neste capítulo, trata do conjunto de métodos
utilizados para a obtenção de dados, com a organização de tabelas
e gráficos e por fim, a análise dos dados coletados para poder
criar conclusões. A figura a seguir demonstra alguns dos censos
pelos quais a humanidade já passou:
Os censos
são ferramentas utilizadas pela estatística para a obtenção de
respostas. Não obstante a própria palavra estatística deriva-se de
status (estado), ao passo que censo vem de consere, de
taxar, do ato de cobrar impostos. Na atualidade o IBGE faz o censo
referente aos registros de nascimento e morte, eleições e
comportamentos e características da população brasileira.
A
estatística mais atual está presente em quase todas as atividades
do homem, ainda mais com o desenvolvimento das máquinas de calcular
e dos computadores, que facilitam e tornam mais ágeis os cálculos
estatísticos e matemáticos. Através das análises feitas a partir
dos dados organizados podemos, em muitos casos, fazer previsões,
determinar tendências e auxiliar na tomada de decisões. Portanto,
permite elaborar um planejamento com mais precisão.
Estatística
refere-se à compilação, apresentação, análise e utilização de
dados numéricos para fazer referências e nos auxiliar a tomar
decisões ou tirar conclusões em situações de incerteza em outras
ciências sociais. Objetiva estudar os fenômenos coletivos e das
relações existentes entre eles. A estatística parte da observação
de grupos, geralmente numerosos, aos quais damos o nome de população
estatística ou universo estatístico. A cada elemento da população
estatística estudada damos o nome de unidade estatística. Vejamos
alguns exemplos:
População
estatística
|
Unidades
estatísticas
|
48
alunos que estudam na 5ª série de uma escola
|
Cada
aluno que estuda na 5ª série dessa escola
|
Clubes
campeões paulistas de futebol
|
Cada
clube campeão paulista de futebol
|
A
estatística pode ser dividida em descritiva e inferencial:
Estatística
descritiva: tem por objetivo descrever e analisar determinada
população, sem pretender tirar conclusos de caráter mais
genérico;
Estatística
inferencial: baseando-se em resultados obtidos da análise de uma
amostra da população, procura inferir, induzir ou estimar as
Leis de comportamento da população da qual a amostra foi retirada.
Em
estatística utilizaremos os conceitos a seguir com muita frequência
e por esta razão é de muita importância a completa compreensão.
Para tanto, apresentamos suas definições:
População:
é qualquer conjunto de informações que tenham entre si uma
característica comum. Qualquer conjunto com semelhanças pode ser
uma população, por exemplo, uma caixa contendo quarenta fósforos,
uma sala de alunos, a comunidade numa igreja entre outras.
Amostra:
constitui uma redução da população a dimensões menores e sem a
perda das características essenciais. É uma parte da população.
Logo, são exemplos 100 pessoas, sendo destas 50 crianças e 50
adultos num supermercado.
A
população estatística ou de universo estatístico pode ainda ser
dividida em finito ou infinito, sendo que:
-
Amostra finita: quando apresenta um número limitado ou finito de elementos. Temos por exemplo, um número de operários que trabalha numa fábrica situada numa determinada cidade, período e horário. Outro exemplo pode ser as notas de Matemática dos alunos do terceiro semestre de determinada universidade.
-
Amostra infinita: quando apresenta um número ilimitado ou infinito de elementos. Um exemplo são as temperaturas nas diversas regiões do Brasil em determinado momento do ano atual.
Quando um
universo estatístico é infinito não é possível fazer uma
observação que abranja todos os seus elementos. Nesse caso,
recorre-se a um subconjunto o universo estatístico que se chama
amostra. No entanto, mesmo quando o universo é finito há razões
que nos levam a utilização de técnicas de amostragem, quais sejam:
-
Razões econômicas: pode ser der desperdício observar grande número de elementos, o que acarretaria em alocar recursos demasiadamente necessários e que podem não gera retorno (conclusão precisa);
-
Razões de tempo: pois uma observação demorada pode levar ao prolongamento de pesquisas que exigem resultados imediatos para a tomada de decisões e conclusões, fato que sofre problemas, pois a lentidão dessa pesquisa pode, com grande probabilidade, de apresentar dados desatualizados e que levaram a inferência de ações incorretas.
A escolha
de uma amostra se baseia por meio de uma tabela de dados aleatórios
Nenhum comentário:
Postar um comentário