Da contabilidade ao GECON
O homem vem apresentado inúmeras mudanças desde a criação da Ciência Contábil até os dias atuais. E a contabilidade, como sendo ciência humana teve que se adequar às novas necessidades de informações dos agentes econômicos do mercado. Para as grandes corporações não é mais possível traçar rumos estratégicos apenas com informações extraídas dos balanços sem antes serem lapidadas conforme a necessidade dos stakeholders.
Da mesma forma, de que valeriam as informações dos balanços se estas apenas mostrassem dados padronizados (e até mesmos defasados ou em desacordo com a realidade) e que não sirvam para tomada de decisões.
Isso levou à Controladoria; que faz a identificação e a avaliação de variáveis, que tem elevado impacto sobre os resultados das empresas, tais como o valor dos produtos, os processos de trabalho e os recursos intangíveis mobilizados. Com a dinâmica dos mercados e da globalização e as novas necessidades corporativas os serviços do contador comum não eram mais capazes de suprir às novas exigências. É neste ponto de a controladoria se insere com modernas técnicas para mensurar corretamente os números e extrair as informações úteis, como é o caso do GECON (Sistema de Gestão Econômica, que analisa a empresa não apenas sobre o aspecto contábil mas também financeiro e ECONÔMICO, mensurando por exemplo o quando uma empresa ganha ou perde com o aproveitamento de uma oportunidade de futuro negócio ou investimento), objeto desse estudo.
O que é Controladoria e suas funções
Para continuar convém levantar a seguinte questão: o que vem a ser essa Controladoria? A controladoria é uma atividade desenvolvida pela área da controladoria da empresa. Controladoria, antes de qualquer coisa, é diferente da conhecida contabilidade, vista amplamente até o presente capítulo.
Quando se fala em controladoria se lembra logo em contabilidade gerencial. Neste ramo da contabilidade, o objetivo é fornecer informações obviamente gerenciais aos gestores da empresa.
Na contabilidade financeira são elaborados demonstrativos contábeis padronizados que servirão para tomada de decisão. Mas vale lembrar que nem todos os tomadores de decisão são profundos conhecedores das intrínsecas peculiaridades dos balanços. Nos demonstrativos há tantas fórmulas e regras que apenas contadores têm ampla capacidade de entendimento, interpretação e explicação suficientes para servir à tomada de decisões. Nesse ponto entra a contabilidade gerencial, traduzindo as informações aos gestores de forma mais prática.
E sendo assim, tanto a contabilidade financeira ou mesmo a controladoria de uma empresa trabalha sobre as demonstrações contábil-financeiras para o fornecimento de informações precisas sob os objetivos da organização. A imagem do contador tradicional para os demais profissionais está, consequentemente, totalmente ultrapassada. Nas últimas décadas o contador da empresa apenas trabalha para o fisco a tal ponto que só é lembrado quando faz alguma coisa errada ou comete um acerto tão importante a ponto de causar reconhecimento. A empresa o vê como aquele alguém que trabalha para quem é de fora, fornecendo informações burocráticas apenas padronizadas e de modelos antiquados que na atendem às necessidades dos administradores.
Por meio da comparação entre um modelo de hierarquias de informações que alimentam a Contabilidade Financeira e a da Controladoria, tem-se que para esta última se demonstra uma simplificação da realidade mais próxima às necessidades dos usuários da informação contábil – que passa a ser gerencial.
Funções da Controladoria
A controladoria como região central de informações tem cinco grandes funções, a saber:
Subsidiar o processo de gestão: ao presidente da empresa é sua função fazer que o processo de gestão e curso de ação seja modelado às vontades dos donos da organização.
Apoiar a avaliação de desempenho: fazer a avaliação individual dos gestores quanto ao desempenho.
Apoiar a avaliação de resultado: diz respeito à controladoria repassar informações aos gestores sem atuar diretamente no processo administrativo, elaborando e analisando o resultado econômico de produtos e serviços, monitorando e orientando o processo de estabelecimento de padrões e avaliando, finalmente, o resultado de seus serviços.
Gestão dos sistemas de informação para apoio ao processo: é papel da controladoria suprir os gestores com a informatização do processo de gestão, com o intuito de agilizar o planejamento, o registro e o controle das decisões tomadas.
Atendimento aos agentes de mercado: A função que a controladoria exerce com o ambiente em que a empresa se insere, por ser um sistema aberto, é a de acompanhar, interpretar e avaliar o impacto que as legislações federal, estadual e municipal causam a atividade organizacional e; atender aos agentes de mercado, sendo como representante preestabelecido formalmente, ou dando apoio ao gestor responsável pelo atendimento de mercado.
Conclusões e diferenças
É possível definir sistema como aquilo que organiza um conjunto de elementos para funcionarem de forma ordenada para o bom funcionamento. O sistema capitalista é um sistema econômico que se organiza fundamentado no capital. Nos bancos de faculdade de Contabilidade e Administração se aprende sobre os sistemas de mensuração e controle do patrimônio da organização empresarial. Utiliza-se o método de crédito e débito para fazer os lançamentos contábeis. Com a evolução das negociações o sistema contábil teve que evoluir, criando novos modelos: se antes apenas havia um estoque e o custo da mercadoria vendida, com as indústrias passou a existir a figura do custo do produto vendido, do estoque de matérias primas, das matérias em elaboração, dos rateios e por aí em diante.
Desenvolveu-se o custeio direto, atribuindo ao produto todos os custos de fabricação, as análises de endividamento, rentabilidade e liquidez. No entanto, o mundo corporativo constantemente altera sua estrutura a uma velocidade que a contabilidade (aqui entendida como tradicional ou ortodoxa) não consegue acompanhar no mesmo ritmo. Imagina-se o grande risco de tomar decisões com informações incorretas ou que no mínimo deixam espaço para duplicidade de interpretações.
Para suprir essa carência de informações foram criados mecanismos e novos modelos mais próximos da realidade e que forneçam as informações essenciais que a empresa precisa.
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