Estrutura para seguradoras
O primeiro
grupo de índices específicos para as segurados corresponde aos de
estruturas, responsáveis por oferecer os elementos comparativos
entre grupos de contas de ativos, patrimônio, receitas e passivos.
Cobertura
vinculada
O
primeiro índice a ser calculado é o da cobertura vinculada. Este
representa o nível de comprometimento das aplicações da seguradora
oferecidos como garantia para a cobertura de suas provisões
técnicas, tanto as não comprometidas (PTNC) quanto as comprometidas
(PTC) sobre o ativo total da seguradora no período calculado.
Para
o cálculo foram consideradas como aplicações nas disponibilidades
mais as provisões técnicas pertencente ao grupo de Créditos com
Seguros e Resseguros, a respectiva conta constante no ativo
circulante do Balanço Patrimonial da Azul Companhia de Seguros
Gerais, o que resultou nos índices a seguir:
ESTRUTURA
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Cobertura
vinculada
|
CV
= (PTNC+PTC)/ATIVO
|
0,49
|
0,39
|
0,51
|
0,42
|
0,20
|
Pela forma
como o cálculo é realizado define-se o quanto do ativo total
(montante de bens e direitos) estão atrelados à cobertura de
provisões técnicas. Logo, para os anos acima tem-se que em apenas
um momento, o somatório de provisões passou da metade dos ativos
(2012), sendo que para cada real em bens e direitos, R$ 0,51 estava
atrelado às aplicações em provisões técnicas.
Verifica-se
pelos resultados que houve uma melhora neste segmento, se levar em
conta que os recursos do ativo presos às provisões diminuíram
consideravelmente em 2014, principalmente quando comparado ao ano
anterior (queda de 53,77%)
Estrutura
|
Média
|
Média
p/ 2014
|
Média
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
Desvio
Padrão
|
Cobertura
vinculada
|
0,40
|
melhorou
|
-51,46%
|
melhorou
|
-53,77%
|
0,13
|
Independência
financeira
O índice
de independência financeira traz uma análise estrutural mais comum
para as empresas, utilizando para o cálculo elementos presentes em
qualquer Balanço Patrimonial. O indicador de independência
financeira dispõe a proporção do Patrimônio Líquido (PL, isto é,
os recursos próprios da empresa advindos de seus sócios ou
proprietários) sobre o ativo total, demonstrando consequentemente, o
montante de recursos próprios que a empresa aplicou em seu ativo.
Pelo
conceito dado do que envolve a equação tem-se que a independência
financeira é calculada da seguinte forma:
Os
resultados obtidos demonstram uma
forte estabilidade
(com
R$ 0,01 de desvio padrão) no
emprego do capital próprio no ativo da empresa, conforme o quadro:
ESTRUTURA
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Independência
financeira
|
IF
= PL/ATIVO
|
0,23
|
0,25
|
0,24
|
0,25
|
0,25
|
Verifica-se
que a Empresa opta por manter menos de ¼ (quase 25%) de seu
patrimônio próprio aplicado em ativos, alcançando uma média de R$
0,24 de Patrimônio Líquido para cada R$ 1,00 de Ativos (circulante
e não circulante).
Alavancagem
líquida
A
alavancagem líquida (que é diferente dos graus de alavancagem
vistos anteriormente) tem por meta estabelecer a relação entre
receitas e seus passivos geradores contra o patrimônio líquido.
Resumidamente, a alavancagem líquida compara o volume líquido dos
negócios correntes retidos pela companhia, representados pelos
prêmios retidos (PR) acrescido das exigibilidades correntes. É
estabelecida pela equação a seguir:
Onde:
-
PR = Prêmios Retidos, que na DRE representa o montante da Receita Líquida e;
-
EC = Exigibilidades Correntes, que é o mesmo que Passivo Circulante, para efeito de cálculo.
Os
resultados dos cálculos são vistos no quadro a seguir:
ESTRUTURA
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Alavancagem
líquida
|
AL
= (PR+PC)/PL
|
6,51
|
6,42
|
6,91
|
6,64
|
6,87
|
Pode-se
concluir que em todos os anos analisados a Empresa manteve um padrão
de alavancagem, com a proporção de menos de R$ 7,00 reais (média
de 6,67) de receita líquida e seu passivo de origem contra R$ 1,00
de patrimônio Próprio.
Alavancagem
bruta
Outro
índice de alavancagem, a alavancagem bruta é representada pela soma
à alavancagem líquida dos resseguros e cosseguros cedidos (RCC).
Identifica possíveis erros de precificação e na provisão de
sinistros e liquidar e demonstra a adequação na transferência
mediante RCC. A sua equação é dada por:
Onde:
-
PR = Prêmios Retidos, igual ao montante da Receita Líquida;
-
PC = Passivo Circulante, para efeito de cálculo e;
-
RCC = Prêmios de resseguros retidos, conta redutora da receita de Prêmios retidos (com sinal negativo na DRE que é somada na equação).
No índice
anterior, era usado apenas a saldo líquido de receita de prêmios
(que na DRE aparece como: Prêmios
retidos =
Prêmios
emitidos líquido +
Receitas
com emissão de apólices - Prêmios resseguros cedidos).
Para este último índice, são levados em conta o saldo dos
resseguros retidos, que outrora diminuíam a receita. Com este
método, ao se apurar sobre a receita mais próxima ao montante bruto
da seguradora obtém-se um resultado sem distorções decorrentes de
projeções (para menor) não cumpridas.
Mas
mesmo assim, os resultados não se diferem tanto dos obtidos pelo
índice de alavancagem líquida. A saber:
ESTRUTURA
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Alavancagem
bruta
|
AB
= (PR+PC+RCC)/PL
|
6,52
|
6,42
|
6,91
|
6,64
|
6,87
|
Como é
possível constatar, apenas no primeiro ano analisado que houve uma
variação quando comparado ao índice anterior, e isso é apenas
porque neste ano, na DRE, a Empresa optou por destacar o seu saldo de
prêmios de resseguros retidos, o que não fez nos anos de 2011 a
2014. a média manteve-se em R$ 6,67 de receitas (e passivo corrente)
para cada R$ 1,00 de patrimônio próprio.
O gráfico
apresentado a seguir demonstra a evolução dos índices responsáveis
pela medição da organização e estrutura da Empresa.
O
gráfico resume bem a proposta trabalhada pela Empresa, com um
cenário sem variações ao longo dos 05 (cinco) anos analisados.
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