Todo
departamento é estruturado no organograma da empresa, da mesma forma
que os Recursos Humanos, a área de produção, Contabilidade e
Compras. O centro de custos, por sua vez, há a divisão dentro dos
departamentos segundo a necessidade da empresa ou como o contador
definiu.
Essa
contabilização é mais simples do que a separada em departamentos.
Na contabilidade de custos sem a departamentalização seguem-se
basicamente três passos a seguir:
-
Separar os gastos entre custos e despesas;
-
Apropriar os custos aos departamentos que deram origem, no processo de custeio direto;
-
Apropriar os gastos que não podem ser alocados aos produtos ou máquinas de maneira específica, por meio de rateio, no processo de custos indiretos.
Figura 1: contabilidade sem a departamentalização
Entre os
rateios um que pode muito bem ser utilizado no exemplo é relativo à
produção: o bem mais produzido também é o que consome mais e tem
mais custos alocados.
Na
contabilização com departamentalização devem-se seguir os passos
a seguir:
-
Separar os gastos entre custos e despesas;
-
Apropriar os custos diretos aos produtos;
-
Apropriar os custos indiretos aos seus departamentos de origem, conforme os departamentos onde ocorrem. Por exemplo, despesas com o departamento do RH deveriam ser alocadas ou rateadas para o RH e separadas das despesas mais genéricas;
-
Adotar critérios para custos indiretos dos departamentos;
-
Rastrear os custos para os departamentos que sobraram;
-
Atribuir todos os custos indiretos acumulados para os produtos, por critério de rateio.
Como se
observa neste método o rateio é feito primeiramente entre os
departamentos e apenas depois de acumulações e de rateio dos custos
indeterminados é que se aloca o custo ao produto, como demonstra a
figura a seguir:
Figura 2: contabilização com departamentalização[MARTINS, 1990]
Observação: no quadro
ocorre rateio de um departamento de serviço pra o seguinte. Os
departamentos de serviços comuns apresentam custos que não podem
ser identificados (diferentemente dos custos separados por
departamento) e com isso, quando um departamento presta serviço para
o seu seguinte faz-se o rateio, ou melhor, dizendo, a distribuição
do primeiro departamento de serviço e que será acumulado aos gastos
indiretos do outro departamento, até chegar ao produto final.
O modelo
de departamentalização é mais indicado para fabricação com mais
de um produto. Neste, ao adotar o rateio o que se faz é aproximar
o custo de cada produto ao ser valor real. É de se levar em conta
também, que o critério de rateio não precisa constar nas Notas
Explicativas, onde há obrigatoriedade de explicações referentes à
auditoria, como por exemplo, as mudanças no método de custeio. A
auditoria aceita que a empresa altere o método de custeio, contudo,
essa prática não deve ocorrer com frequência, uma vez que
contraria o princípio da consistência.
O critério
de rateio exige algumas regras básicas para a empresa. Por essa
razão, o contador, consultor ou auditor deve estudar as operações
empresariais e definir a que melhor se enquadrar no contexto para que
no futuro próximo não seja necessário alterar.
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