Segundo
Iudícibus (2012):
Este
tópico engloba os relacionamentos entre as contas do balanço que
refletem uma situação estática de posição de liquidez ou o
relacionamento entre fontes diferenciadas de capital.
Para fazer
a análise da evolução dos índices de liquidez primeiramente
coletam-se os dados das contas dos demonstrativos contábeis e
secundariamente aplicam-nos as fórmulas apresentadas a seguir.
Para
Matarazzo (2011), os relatórios de análise devem ser elaborados
como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não o sejam, isto é,
sua linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano dirigente de
empresa, gerente de banco ou gerente de crédito. As demonstrações
financeiras apresentam-se carregadas de termos técnicos e suas notas
explicativas são feitas exclusivamente para técnicos, a tal ponto
que permitem frequentemente manipulações.
Utiliza-se
o índice de Liquidez
Imediata (LI) para
obter o valor que expressa a composição do índice de liquidez
imediata. Utiliza-se a seguinte fórmula:
A referida
equação tem por resultado expressar a fração de ativos que mais
rapidamente são conversíveis em moeda corrente que a empresa dispõe
para saldar cada R$ 1,00 de suas dívidas. Em regra geral, é
desejável a tendência do “quanto maior melhor”.
ÍNDICES
DE LIQUIDEZ
|
FÓRMULA
|
2.010
|
2.011
|
2.012
|
2.013
|
2.014
|
Liquidez
imediata
|
LI
= DISPONÍVEL/PL
|
2,11
|
2,17
|
2,38
|
1,88
|
0,95
|
Para este
trabalho a liquidez imediata foi dividida em dois modos: um que
relacionada a capacidade de pagar dívidas para com os sócios (PL) e
a forma tradicional, sobre o passivo exigível em curto prazo:
Segundo
Neto (2012), a equação tradicionalmente aceita pela contabilidade
demonstra o percentual das dívidas de curto prazo com liquidez
imediata. Esse percentual geralmente não é elevado, pois as
empresas não costumam manter um saldo muito alto de recursos
monetários em caixa. Uma situação com alta concentração de
recursos expressa nesse índice demonstra que a organização estaria
com caixa parado, inativo, o que corrobora em falta de negociações.
Iudícibus
(2013) explica que este índice revela o quanto a empresa dispõe de
caixa e equivalentes de caixa para liquidar suas dívidas a curto
prazo, naquele momento. O autor ainda acrescenta, sugerindo que
devido ao passivo circulante ter títulos a vencer em até 365 dias,
a utilização mais adequada desse índice seria calcular o saldo a
valor presente ou fazer a divisão pelo montante total que a empresa
pagaria naquele momento, em uma única parcela, pois provavelmente
obteria um desconto.
ÍNDICES
DE LIQUIDEZ
|
FÓRMULA
|
2.010
|
2.011
|
2.012
|
2.013
|
2.014
|
Liquidez
imediata tradicional
|
LI
(tradic.)= DISPONÍVEL/PC
|
0,72
|
0,78
|
0,78
|
0,67
|
0,33
|
A Liquidez
Seca objetiva-se a obter o valor disponível para quitar dívidas sem
o item menos líquido do ativo circulante. Para a composição do
índice de liquidez seca utiliza-se a seguinte fórmula:
A liquidez
seca é calculada deduzindo-se os estoques do ativo circulante e
dividindo-se pelo passivo circulante. Este índice evidencia quanto à
empresa possui de Ativo Líquido para cada $ 1,00 de Passivo
Circulante, o que resulta o entendimento de “quanto maior melhor”.
Esta é
uma variante muito adequada para se avaliar a situação de liquidez
da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador, excluem-se as
influências e distorções que a adoção deste ou daquele critério
de avaliação de estoques poderia acarretar, principalmente se os
critérios foram mudados ao longo dos períodos.
ÍNDICES
DE LIQUIDEZ
|
FÓRMULA
|
2.010
|
2.011
|
2.012
|
2.013
|
2.014
|
Liquides
seca
|
LS
= (AC-ESTOQUE)/PC
|
1,22
|
1,28
|
1,27
|
1,12
|
0,79
|
No
entanto, há mais contas do ativo circulante que não são tão
líquidas e que podem ser eliminadas: as despesas antecipadas. Assim
tem-se a segunda forma de cálculo.
Ainda
assim, permanece o problema dos prazos do ativo circulante (no que se
refere aos recebíveis) e do passivo circulante. Em certas situações,
pode-se traduzir num quociente bastante conservador, visto a alta
rotatividade dos estoques. O quociente apresenta uma posição bem
conservadora da liquidez da empresa em determinado momento, sendo
preferido pelos emprestadores de capitais (NETO, 2012).
Conforme
Neto (2012) o índice de liquidez seca determina a capacidade que a
empresa tem de pagar suas dívidas a curto prazo, utilizando seu
ativo de curto prazo, porém considerando apenas as contas
monetárias, ou seja, disponível e valores a receber.
Assim,
demonstrado por Iudícibus (2013) esse índice é o mais adequado
para avaliar a situação de liquidez da empresa. Pois com a
eliminação de itens que não são imediatamente conversíveis em
moeda, como estoque, é possível eliminar um recurso incerto.
ÍNDICES
DE LIQUIDEZ
|
FÓRMULA
|
2.010
|
2.011
|
2.012
|
2.013
|
2.014
|
Liquidez
corrente
|
LC
= AC/PC
|
1,22
|
1,28
|
1,27
|
1,12
|
0,79
|
Liquidez
Corrente (LC) é o índice utilizado para se obter o valor que
expressa à composição dos ativos correntes contra os passivos que
tem o menor prazo de vencimentos. Seu resultado é extraído pela
seguinte fórmula:
De acordo
com a Lei das Sociedades por Ações estão contidas as
disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subsequente e os valores aplicados em despesas do exercício
seguinte. Por este índice é permitido ver se a empresa está tendo
condições de honrar com suas dívidas em curto prazo. Consegue-se
saber também se a empresa precisará fazer empréstimos, por
exemplo.
Por
relacionar quantos reais estão imediatamente disponíveis e
conversíveis em curto prazo com relação às dívidas de curto
prazo, torna-se um índice muito divulgado e frequentemente
considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da
empresa. É preciso considerar que no numerador estão incluídos
itens tão diversos como: disponibilidades, valores a receber á
curto prazo, estoques e certas despesas pagas antecipadamente. No
denominador estão incluídas as dívidas e obrigações á curto
prazo. (IUDÍCIBUS, 2012).
Esse
índice mostra quanto à empresa possui de Ativo Circulante para cada
R$ 1,00 de Passivo Circulante. O parâmetro é de que “Quanto maior
melhor”. Para se calcular a liquidez corrente, divide-se o Ativo
Circulante pelo Passivo Circulante. Ativo Circulante é composto
pelos valores de giro ou de movimentação da entidade. Iudícibus
(2013) argumenta ainda que é frequentemente considerado como o
melhor indicador da situação de liquidez da empresa.
Neto
(2012), nos orienta que a liquidez corrente sempre indicara o quanto
existe de ativo circulante para cada R$ 1,00 de dívida a curto
prazo.
Assim ao
se concluir a análise deste índice será encontrada a situação da
empresa para saldar suas dívidas a curto prazo, então quanto maior
o quociente encontrado melhor estará a empresa analisada.
ÍNDICES
DE LIQUIDEZ
|
FÓRMULA
|
2.010
|
2.011
|
2.012
|
2.013
|
2.014
|
Liquidez
corrente
|
LC
= AC/PC
|
1,22
|
1,28
|
1,27
|
1,12
|
0,79
|
Para obter
o valor que expressa à composição do índice de liquidez geral a
Ciência Contábil utiliza-se da seguinte fórmula:
Evidencia-se
por este índice quanto à empresa possui de Ativo Circulante somado
ao Ativo Realizável no Longo Prazo para cada R$ 1,00 de dívida
total. Seu parâmetro diz que “quanto maior melhor”,
devendo a este quociente servir
para
detectar a saúde financeira (no que se refere a
liquidez) de longo prazo do empreendimento” (IUDÍCIBUS, 2013).
Mas
segundo Neto (2012), esse índice demonstra tanto a liquidez no curto
prazo, quanto a liquidez no longo prazo, uma vez que demonstra o
quanto a empresa mantém de dívida para cada R$ 1,00 existe de
direitos e haveres no ativo circulante e no realizável a longo
prazo. Ainda de acordo com o autor, o índice de liquidez geral é
considerado um índice capaz de identificar a segurança financeira
da empresa, porque revela a sua capacidade de quitar as dívidas de
curto e longo prazo.
ÍNDICES
DE LIQUIDEZ
|
FÓRMULA
|
2.010
|
2.011
|
2.012
|
2.013
|
2.014
|
Liquidez
Geral
|
LG
= (AC+RLP)/(PC+ELP)
|
1,26
|
1,29
|
1,28
|
1,31
|
1,16
|
A obtenção
do índice de solvência geral se dá pela equação a seguir:
Conforme
Neves (2001), solvência geral indica que para cada real de dívidas
totais com terceiros, a empresa dispõe de um valor calculado y no
ativo total para pagar, ou seja, para cada valor calculado y que
receber paga R$ 1,00 e sobram o resto do valor calculado y-1.Se o
grau de solvência for: Igual a um, operaria em estado de situação
nula; Menor que um, a empresa seria insolvente, ou seja, estaria em
estado de passivo a descoberto; Maior que um, quanto mais elevado,
melhor será a situação da empresa.
ÍNDICES
DE LIQUIDEZ
|
FÓRMULA
|
2.010
|
2.011
|
2.012
|
2.013
|
2.014
|
Solvência
geral
|
SG
= ATIVO/(PC+ELP)
|
1,31
|
1,33
|
1,31
|
1,33
|
1,32
|
E com isso
temos o gráfico a seguir:
Bibliografia
IUDÍCIBUS, Sérgio de, Análises de Balanços, 2013
IUDÍCIBUS, Sérgio de, Análise de Balanços, 2012
NETO, 2012: NETO,
Alexandre Assaf, Estrutura e análised e balanços: um enfoque
econômico-financeiro, 2012
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