Retenção
de terceiros
O
índice de retenção de terceiros representa as quotas dos riscos
não assumidos pela seguradora em cada contrato, repassados às
demais companhias seguradoras e resseguradoras. Neste caso, Pco
corresponde a Prêmios de Cosseguros e PRC representa Prêmios de
Resseguros Cedidos (constantes no passivo circulante, na conta de
débitos com operações de seguros e prêmios de seguros na receita
bruta, respectivamente),
PE se refere a Prêmios Emitidos e Pres
equivale a prêmios Restituídos (sendo utilizado para o cálculo a
receita bruta da DRE).
A
fórmula é dada por:
O
que o índice faz é determinar a relação receitas e passivos
decorrentes com contratos contra apenas receitas. Os resultados
obtidos são expressos no quadro a seguir:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Retenção
de terceiros
|
RT
= (Pco+PRC)/(PE-Pres)
|
0,06
|
0,06
|
0,05
|
0,03
|
0,03
|
Pela
maneira como o índice é calculado números próximos a um
demonstrariam equivalência entre as obrigações contra as receitas
obtidas, assim, tem-se que:
-
maior que um: passivos com contratos muito elevados e pouco retorno em receitas;
-
igual a um: passivo mais uma receita específica juntos equivalem ao montante de receitas, ou seja, ainda há mais passivos que receitas e;
-
menor que um: passivos não são tão grandes, mas o retorno é satisfatório.
Resumidamente,
quanto menor o resultado melhor.
Retenção
própria
A
retenção própria Indica o nível de retenção própria da
seguradora sobre o montante de prêmios de sua emissão, líquidos de
restituições. É obtido pela equação a seguir:
Onde:
-
PR = O saldo do montante de prêmios retidos, que corresponde à receita bruta na DRE e;
-
EP - Pres = O saldo da conta de prêmios emitidos líquidos, que configura-se em uma das contas formadoras da receita bruta, sem descontos.
O
que esse índice faz é estabelecer uma relação de proporção
entre a receita de prêmios emitidos líquidos contra o seu total. Ou
seja, todos os resultados tendem a ser maiores que um e quanto mais
próximos da igualdade, siginifica que maior será a participação
das receitas líquidas de prêmios emitidos dentro do faturamento
bruto. Assim, quanto menor melhor.
Calculando
os índices para os anos apresentados tem-se o seguinte:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Retenção
própria
|
RP
= PR/(EP-Pres)
|
1,00
|
1,09
|
1,06
|
1,00
|
1,00
|
Nota-se
que a conta de receita com prêmios mantêm-se equivalente na maioria
dos anos.
Sinistralidade
O
índice de sinistralidade mede, comparativamente, o nível de despesa
líquida de sinistros com a receita líquida de prêmio, sendo SR o
Sinistro Retido. É obtido calculando a equação:
Onde:
-
SR = O saldo da conta de sinistros retidos mais sinistros ocorridos constante no custo dos serviços (constante nos custos dos serviços e produtos vendidos na DRE) e;
-
PG = O saldo de prêmios ganhos, que na DRE corresponde a receita líquida.
Pelo
modo como é calculada a equação, deduz-se que quanto menor o
resultado melhor para a empresa, uma vez que para esse quadro seria
necessário que a parte de cima, dos custos, seja bem inferior ao
montante da receita líquida.
O
quadro a seguir apresenta os resultados e como uma prévia se
constata que a situação de sinistralidade é boa, principalmente no
ano de 2013, atingindo ainda uma média de R$ 0,66 de custo para cada
R$ 1,00 de receita líquida:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Sinistralidade
|
S
= SR/PG
|
0,69
|
0,71
|
0,68
|
0,61
|
0,63
|
Pelo
exposto fica claro que a empresa está uma uma boa situação,
mantendo seus custos com sinistros retidos, obtendo uma sobra média
de resultado líquido de 34% nos cinco anos analisados, com margem de
desvio padrão de 4%.
Custo
de comercialização
A
equação do custo de comercialização mede a proporcionalidade
entre as DCo dos produtos e as receitas líquidas de prêmios. Sua
obtenção é calculada da seguinte maneira:
Onde:
-
Dco = O saldo usado aqui representa o total do subgrupo “outros” do ativo circulante;
-
PG = O saldo de prêmios ganhos, que na DRE corresponde a receita líquida, o mesmo que nos outros índices.
Analisando-se
a equação pode-se inferir que, sendo a conta de baixo um
representante de receitas, qualquer resultado que dependa de um
numerador que não seja receita deve ser menor que um. No caso da
equação em questão, a parte de cima é um ativo (que é formato
por despesas com venda, antecipadas e aquisição de diferidos) e
este é igual ou maior que a de baixo equivale dizer que os
investimentos não geraram frutos.
Calculando
as relações do índice tem-se os seguintes resultados:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Custo
de comercialização
|
CC
= Dco/PG
|
0,13
|
0,11
|
0,12
|
0,11
|
0,11
|
Nota-se
que a empresa aplicava em ativos para despesas com comercialização
(bens destinados à venda, por exemplo) uma média de R$ 0,12 de cada
R$ 1,00 que entrada em recursos oriundos das receitas líquidas.
Logo, mesmo após as aplicações, ainda dispunha de R$ 0,88 para
outras aplicações, livres. De fato, os resultados melhoram se
comparado o ano de 2012 para os dois anos seguintes.
Custo
administrativo
O
índice do custo administrativo expressa o resultado da relação das
Despesas Administrativas (Dadm) com a receita líquida de prêmios.
Sua fórmula é a seguinte:
O
item da parte de cima da equação corresponde ao subgrupo chamado
“despesas Administrativas” constante na DRE da Empresa. A parte
de baixo é a já conhecida receita líquida de prêmios ganhos. Cabe
ressaltar que sendo a parte de cima da equação uma despesa, quanto
menor o resultado, menor, uma vez que indica que a despesa representa
uma parcela menor das receitas.
Calculando-se
os resultados tem-se os seguintes valores decimais, que de início
condizem com os demais resultados, isto é, permanência de bom
desempenho:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Custo
administrativo
|
CA
= Dadm/PG
|
0,10
|
0,09
|
0,11
|
0,11
|
0,11
|
Pelos
resultados encontrados verifica-se que o custo administrativo
representa pouco mais de um décimo das receitas, isto é, para cada
R$ 1,00 de receitas líquidas que a empresa obtém com suas
atividades de seguros, em média R$ 0,10 são perdidos em virtude dos
gastos administrativos. Os resultados mais uma vez mostraram
estabilidade (três anos com o mesmo resultado), mas houve queda,
ocasionada pelo aumento de despesas administrativas (principalmente
se comparar o ano de 2010 contra o de 2014), maior proporcionalmente
ao mesmo período do aumento da receita líquida.
As
despesas administrativas são muito utilizadas em vários índices
específicos das seguradoras. Ganharam destaque nas Notas
Explicativas da Azul Companhia de Seguros Gerais em todos os cinco
anos pesquisados, embora sua flutuação não tenha afetado
significativamente os índices, até mesmo porque a própria despesa
não apresentou grandes oscilações.
-
2010 - Despesas administrativas e com tributos conforme Nota Explicativa:
As
despesas administrativas totalizaram em 2010 R$ 67,1 milhões, com um
aumento de R$ 9,3 milhões ou 16,1% sobre o montante de R$ 57,8
milhões em 2009. Essa variação deve-se principalmente aos gastos
com localização e funcionamento e ao aumento de R$ 3,8 milhões ou
14,3% com pessoal próprio em função do aumento de 5,0% por acordo
coletivo e crescimento no quadro de funcionários, devido à expansão
dos negócios. As despesas com tributos totalizaram em 2010 R$ 17,1
milhões, com um aumento de R$ 1,3 milhão ou 8,2% sobre o montante
de R$ 15,8 milhões em 2009. Em 2010, o índice de despesas
administrativas e com tributos da Companhia sobre os prêmios ganhos
foi de 9,8%, sendo que em 2009 foi de 11,0%, com uma redução de
1,2 ponto percentual.
No
ano de 2010, segundo a empresa houve aumento das despesas
administrativas com relação ao ano anterior em 16,1% e isso
deveu-se a novos gastos com localização e funcionários, bem como
de tributos. Os resultados do custo administrativo calculados pela
empresa totalizaram em 2010 o resultado de 0,098, que arredondando
chega ao 0,10 calculado neste trabalho.
-
2011 - Despesas administrativas e com tributos conforme Nota Explicativa:
As
despesas administrativas totalizaram em 2011 R$ 82,0 milhões, com um
aumento de R$ 14,9 milhões ou 22,2% sobre o montante de R$ 67,1
milhões em 2010. Apesar deste aumento, a relação despesas
administrativas sobre prêmios ganhos representou 7,8%, a mesma
relação percentual verificada em 2010. As despesas com tributos
totalizaram em 2011 R$ 25,4 milhões, com um aumento de R$ 8,3
milhões ou 48,5% sobre o montante de R$ 17,1 milhões em 2010.
No
ano de 2011, conforme a Empresa, houve aumento de despesas
administrativas mas não o suficiente para desarrumar o índice do
custo administrativo, de 0,078 pela Empresa e 0,09 neste trabalho.
-
2012 - Despesas administrativas e com tributos conforme Nota Explicativa:
As
despesas administrativas totalizaram em 2012 R$ 118,4 milhões, com
aumento de R$ 36,4 milhões ou 44,3% sobre o montante de R$ 82,0
milhões em 2011. Essa variação deve-se principalmente aos gastos
com localização e funcionamento e ao aumento de R$ 2,7 milhões ou
9,2% com pessoal próprio em função do aumento de 7% por acordo
coletivo, devido à expansão dos negócios. As despesas com tributos
totalizaram em 2012 R$ 26 milhões, com aumento de R$ 0,6 milhão ou
2,3% sobre o montante de R$ 25,4 milhões em 2011.
Em
2012 a Empresa informou em suas Notas Explicativas que houve aumento
de despesas administrativas em 44,3%, novamente pelos mesmos motivos
ocorridos em 2010. o índice calculado pela empresa foi de 0,078,
contra 0,11 neste trabalho.
-
2013 - Despesas administrativas e com tributos conforme Nota Explicativa:
As
despesas administrativas totalizaram em 2013 R$ 142,8 milhões, com
aumento de R$ 27,4 milhões ou 24,4% sobre o montante de R$ 118,4
milhões em 2012. Essa variação deve-se principalmente pelo aumento
de R$ 13,6 milhões ou 22,3% das despesas de gastos com recursos de
uso comum pelas empresas do conglomerado, e parcialmente pelo aumento
de R$ 3,3 milhões ou 10,4% com pessoal próprio em função do
aumento por acordo coletivo e crescimento de 7,2% no quadro de
funcionários, devido à expansão dos negócios. As despesas com
tributos totalizaram em 2013 R$ 34,9 milhões, com aumento de R$ 8,9
milhões ou 34,2% sobre o montante de R$ 26,0 milhões em 2012.
O
ano de 2013 apresentou, segundo as informações divulgadas pela
Empresa, ouve aumento de 24,4% de despesas financeiras com relação
ao ano anterior, sendo a razão principal foi o aumento de gastos com
uso comum.
-
2014 - Despesas administrativas e com tributos conforme Nota Explicativa:
As
despesas administrativas totalizaram em 2014 R$ 175,3 milhões, com
aumento de R$ 32,5 milhões ou 22,7% sobre o montante de R$ 142,8
milhões em 2013. Essa variação deve-se principalmente pelo aumento
de R$ 30,3 milhões ou 40,7% das despesas de gastos com recursos de
uso comum pelas empresas do conglomerado, e parcialmente pelo aumento
de R$ 6,0 milhões ou 17% com pessoal próprio em função do aumento
por acordo coletivo e crescimento de 7,9% no quadro de funcionários,
devido à expansão dos negócios. As despesas com tributos
totalizaram em 2014 R$ 44,3 milhões, com aumento de R$ 9,4 milhões
ou 26,9% sobre o montante de R$ 34,9 milhões em 2013.
No
ano de 2014 houve aumento, conforme a Empresa, pela mesma razão que
no ano anterior, impulsionado por gastos com funcionários, como o
acordo coletivo.
Índice
Overhead
E
derivando-se do índice de custo administrativo tem-se o Overhead,
que corresponde a uma extensão daquele custo administrativo, uma vez
que este não apenas que avalia as despesas administrativas e as
Despesas com Tributos (DT), que no plano de contas e na DRE ficam no
mesmo grupo, como também, soma ao cálculo as Outras Receitas (OR)
ou Despesas Operacionais (DO).
Resumidamente
é formato pelas contas das despesas administrativas mais todas as
outras receitas, que aqui foram consideradas como sendo as
financeiras e as patrimoniais. Sua fórmula é sintetizada como:
Onde:
-
DA = O saldo usado aqui representa o total das despesas administrativas (só elas, diferentemente da equação anterior, em que foi usado o saldo do grupo), na DRE;
-
DT = O saldo apenas de despesas tributárias, contante dentro do subgrupo e despesas administrativas;
-
RF = O saldo líquido de receitas financeiras, da DRE e;
-
RP = representa o saldo de receitas patrimoniais, logo após as receitas financeiras.
Seguindo
a lógicas dos outros índices deste grupo dever-se-ia pensar que
quanto menor, melhor, porque a parte de cima é composta por despesas
e a de baixo por receitas. No entanto, há receitas na parte de cima,
o que gera um problema.
Os
resultados são estes:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Índice
Overhead
|
IO
= (DA+DT+OR)/PG
|
0,21
|
0,20
|
0,22
|
0,19
|
0,20
|
Nota-se
que o resultado aumentou de 2013 para 2014, mas para se ter uma ideia
melhor é bom atentar aos resultados de análise vertical, a seguir:
DRE
|
A.V
2010
|
A.V
2011
|
A.V
2012
|
A.V
2013
|
A.V
2014
|
Prêmios
ganhos
|
100,00%
|
100,00%
|
100,00%
|
100,00%
|
100,00%
|
Despesas
administrativas
|
7,81%
|
7,12%
|
9,34%
|
8,72%
|
8,67%
|
Despesas
com tributos
|
2,00%
|
2,21%
|
2,06%
|
2,14%
|
2,19%
|
Receitas
financeiras
|
11,09%
|
10,63%
|
9,90%
|
7,84%
|
9,38%
|
Resultado
equivalência patrimonial
|
0,26%
|
0,24%
|
0,21%
|
0,17%
|
0,17%
|
A
análise de variação vertical mostra que a maior parte dos itens da
parte superior da equação é formada por receitas financeiras, nos
primeiros dois anos e por despesas em 2013 e 2014. com essa análise
entende-se que embora não tenha ocorrido uma grande variação, os
décimos de diferença são resultado de diminuição de receitas, o
que no entender pelas relações existentes, resulta em menor
rendimento.
Índice
combinado
O
índice combinado, como o próprio nome sugere, reflete o resultado
das operações básicas de seguro, estabelecendo a relação entre
receitas e despesas da seguradora de natureza exclusivamente
operacional. Se o resultado desse indicador for superior a 100%,
tem-se uma descapitalização da empresa para manutenção da
atividade; se for menor que 100%, tem-se a situação de
capitalização de recursos originários das operações. É obtido
da seguinte forma:
Onde:
-
SR = O saldo usado é formado pela soma dos sinistros ocorridos e incorridos, ambos contas que compõem o grupo de custos e serviços vendidos, redutora dos Prêmios ganhos para formar o lucro bruto, na DRE;
-
DCo = O Dco anterior representava a somatória de despesas com vendas antecipadas no grupo “outros” do ativo circulante, mas o deste caso representa as despesas com comercialização, presentes no custo das vendas e serviços, redutora da receita líquida de prêmios ganhos na DRE, basicamente, todo o respectivo grupo;
-
DA = O saldo de despesas administrativas constante no grupo de despesas administrativas, da DRE, sem contar os gastos com despesas com tributos e;
-
PG = O saldo de prêmios ganhos, correspondente a receita líquida.
Pelo
que se nota na estrutura da equação dá para entender que a relação
a ser calculada é de contas de custos e despesas redutoras do
faturamento bruto contra a receita líquida. Ou seja, mede a
participação dos custos que ocasionaram perdas no faturamento para
chegar ao lucro bruto e de despesas para chegar até o lucro
operacional. Quanto maior o resultado, menor eficiente, pois
demonstra maior participação das despesas e do resultado
financeiro.
O
quadro a seguir demonstra que em momento algum, nos anos analisados
os custos e despesas foi superior à receita líquida de prêmios
ganhos (caso contrário, haveria prejuízo).
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Índice
combinado
|
IC
= (SR+DCo+DA)/PG
|
0,97
|
0,97
|
0,95
|
0,88
|
0,89
|
Conforme
os resultados infere-se que ocorre uma incidência de custos e
despesas médios de R$ 79,00 para cada R$ 1,00 de receita com prêmios
de seguros. Houve aumento de desempenho (o que significa redução
no índice) de 2010 para 2014, mas ouve queda de 2013 para 2014.
Conforme
as Notas Explicativas da Azul Companhia de seguros Gerais sobre o
índice combinado:
-
2010 - Índice combinado conforme Nota Explicativa:
O
índice combinado (total de gastos com sinistros retidos, despesas de
comercialização, despesas administrativas e despesas com tributos,
sobre prêmios ganhos), em 2010 foi de 98,8%, redução de 3,8 pontos
percentuais em relação aos 102,6% do exercício anterior. O índice
combinado ampliado, que inclui o resultado financeiro, em 2010 foi de
87,7%, redução de 2,1 pontos percentuais em relação aos 89,8% do
exercício anterior. Esta redução decorre de: (i) redução de 1,5
ponto percentual no índice de sinistralidade para 69,3% em 2010, em
relação aos 70,8% do exercício anterior; (ii) da redução de 1,2
ponto percentual no índice de despesas administrativas e com
tributos, para 9,8% em 2010, em relação aos 11,0% do exercício
anterior e (iii) da redução de 1,0 ponto percentual no índice de
comissionamento, para 19,8% em 2010, em relação aos 20,8% do
exercício anterior.
Os
cálculos utilizados neste trabalho resultaram em um índice
combinado de 0,97 no ano de 2010 e segue uma metodologia diferente da
empregada pela Empresa, que obteve um resultado de 0,98. como está
escrito, houve diminuição deste resultado com relação ao ano de
2009, que não foi calculado aqui e isso deveu-se, em parte, às
reduções de despesas.
-
2011 - Índice combinado conforme Nota Explicativa:
O
índice combinado (total de gastos com sinistros ocorridos, custo de
aquisição, despesas administrativas e despesas com tributos, sobre
prêmios ganhos), em 2011 foi de 108,1%, aumento de 8,8 pontos
percentuais em relação aos 99,3% do ano anterior. Este aumento
decorre, principalmente, do aumento de 8,3 pontos percentuais no
índice de sinistralidade para 77,8% em 2011, em relação aos 69,5%
do ano anterior, do aumento de 0,4 pontos percentual nas despesas com
tributos, elevando o índice de despesas administrativas e com
tributos para 10,2% em 2011, em relação aos 9,8% do ano anterior, e
do aumento de 0,2 pontos percentual no índice de custo de aquisição,
para 20,2% em 2011, em relação aos 20,0% do ano anterior. O índice
combinado ampliado, que inclui o resultado financeiro, em 2011 foi de
96,5%, aumento de 8,2 pontos percentuais em relação aos 88,3% do
ano anterior.
No
ano de 2011 os cálculos efetuados neste trabalho resultaram em 0,97,
contra os 1,08. neste cálculo houve redução do resultado, ao invés
do oferecido pela Empresa, que o justifica em suas Notas Explicativas
com o índice de sinistralidade, de 69,3% em 2010, redução das
despesas administrativas e índice de comissionamento.
-
2012 - Índice combinado conforme Nota Explicativa:
O
índice combinado (total de gastos com sinistros retidos, despesas de
comercialização, despesas administrativas e despesas com tributos,
sobre prêmios ganhos), em 2012 foi de R$ 104,2%, redução de 3,8
pontos percentuais em relação aos 10,1% do ano anterior. Esta
variação decorre do aumento de 1,9 pontos percentuais no índice de
despesas administrativas e com tributos, para 12,1% em 2012, em
relação aos 12% do ano anterior e da redução de 5,2 pontos
percentuais no índice de sinistralidade para 72,5% em 2012, em
relação aos 77% do ano anterior. O índice combinado ampliado, que
inclui o resultado financeiro, em 2012 foi de 93,6%, redução de 2,6
pontos percentuais em relação aos 96,5% do ano anterior.
O
resultado apresentado pela empresa em 2012 foi de 1,04, menor do que
em 2011; ao passo que neste trabalho o indicador encontrado foi de
0,95, também menor que o de 2011.
-
2013 - Índice combinado conforme Nota Explicativa:
O
índice combinado (total de gastos com sinistros retidos, despesas de
comercialização, despesas administrativas e despesas com tributos,
sobre prêmios ganhos), em 2013 foi de 90,6%, redução de 13,5
pontos percentuais em relação aos R$ 104,1% do ano anterior. Esta
redução decorre, principalmente, da redução de 10,9 pontos
percentuais no índice de sinistralidade para 61,6% em 2013, em
relação aos 72,5% do ano anterior, da redução de 1,5 pontos
percentual no índice de despesas de comissionamento, para 18% em
2013, em relação aos 19,5% do ano anterior, e pela redução de 1,3
pontos percentuais no índice de despesas administrativas e com
tributos, para 11% em 2013, em relação aos 12,1% do ano anterior. O
índice combinado ampliado, que inclui o resultado financeiro, em
2013 foi de 82,6%, redução de 11,0 pontos percentuais em relação
aos 93,6% do ano anterior.
Em
2013, o resultado apresentado pela Empresa foi de 0,90, contra 0,88
do que foi calculado neste estudo, sendo a segunda menor diferença e
correspondendo também a variação quanto ao ano anterior: redução.
Mais uma vez a causa deveu-se em partes as diminuições das despesas
administrativas e influências de outros índices.
-
2014 - Índice combinado conforme Nota Explicativa:
O
índice combinado (total de gastos com sinistros retidos, despesas de
comercialização, despesas administrativas e despesas com tributos,
sobre prêmios ganhos), em 2014 foi de 91,7%, aumento de 1,2 pontos
percentuais em relação aos 90,4% do ano anterior. Este aumento
decorre, principalmente, do aumento de 1,1 pontos percentuais no
índice de sinistralidade para 62,7% em 2014, em relação aos 61,6%
do ano anterior, do aumento de 0,1 ponto percentual no índice de
despesas de comissionamento, para 18,1% em 2014, em relação aos
18,0% do ano anterior, e pela redução de 0,2 ponto percentual no
índice de despesas administrativas e com tributos, para 10,9% em
2014, em relação aos 11,0% do ano anterior. O índice combinado
ampliado, que inclui o resultado financeiro, em 2014 foi de 82,3%,
redução de 0,4 pontos percentuais em relação aos 82,8% do ano
anterior.
Por
fim, no ano de 2014, os cálculos feitos aqui resultaram em um
resultado de 0,89, contra 91,7 elaborado pela Empresa. Houve aumento
no índice, o que é algo negativo e segundo as notas explicativas a
razão deveu-se ao aumento da sinistralidade, despesas com
comissionamento, aliviado pela redução das despesas administrativas
gerais.
Índice
combinado ampliado
A
ampliação do índice combinado mediante a agregação do RF aos PG
da seguradora resulta no índice combinado ampliado, expresso pela
equação a seguir:
Onde:
-
RF = O saldo usado é formado pela soma das receitas financeiras menos as despesas financeiras, constantes na DRE, sendo desprezados no cálculo os valores do resultado de equivalência patrimonial.
Paralelamente
ao índice anterior, quanto menor o resultado, melhor, mas desta vez,
deve ser melhor ainda pois soma-se a parte de baixo, que envolve em
seu montante as receitas financeiras (não há despesas financeiras
na DRE da Empresa).
Com
resultado médio de R$ 0,24 de custos para cada R$ 1,00 de receitas
nos cinco anos analisados resume-se em uma boa situação
operacional, conforme o quadro a seguir:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Índice
combinado ampliado
|
ICA
= (SR+DCo+DA)/(PG+RF)
|
0,87
|
0,06
|
0,08
|
0,08
|
0,08
|
E
diferentemente do índice anterior, mais limitado, nota-se que houve
melhora tanto se comparado a média geral para 2014 quanto de 2013
para 2014.
Prêmio
margem
O
índice de prêmio margem expressa se a seguradora terá problemas
futuros de solvência, considerando que o PL, embora ajustado, é
também a base para o cálculo da margem de solvência da seguradora.
Onde:
-
PR = Prêmios retidos, que representa a receita bruta na DRE e;
-
PL – Patrimônio Líquida no Balanço Patrimonial, o patrimônio próprio.
O
índice verifica como está a margem da receita sobre o capital
próprio. Os resultados estão expostos no quadro a seguir, sendo que
observa-se um resultado médio de 3,78.
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Prêmio
margem
|
PM
= PR/PL
|
3,57
|
3,65
|
3,88
|
3,82
|
3,96
|
Houve
aumento no resultado de 2013 para 2014, sendo ainda que o último ano
apresenta índice maior que a média dos cinco anos. Analisando-se a
forma como os resultados são alcançados dá para determinar que
aumentos representam uma situação de crescimento de problemas, uma
vez que no Patrimônio Líquido estão as contas dos resultados
líquidos (lucro do exercício e lucros acumulados), oriundos
indiretamente da receita bruta, após todas as reduções.
Os
resultados demonstram que de cada R$ 3,78 médios de receita com as
atividades da Empresa, esta aproveitou menos de R$ 1,00 de lucros
(afinal, o PL todo representa R$ 1,00 nesta relação de
proporcionalidade).
Adequação
das provisões dos sinistros a liquidar
O
índice de adequação das provisões dos sinistros a liquidar tem
por objetivo avaliar o possível impacto no PL, provocado por
deficiência ou redundância da Provisão de Sinistro a Liquidar
(PSL). É calculado pela divisão do PSL pelo patrimônio Líquido:
Onde:
-
PSL = Provisão de sinistros a liquidar, que para esse cálculo foi considerado como sendo a conta de mesmo nome, localizada no grupo de “Provisões técnicas com seguros”, no Passivo Circulante.
Os
resultados alcançados são apresentados no quadro, cabendo atentar
que apenas no primeiro ano ocorre o índice, sendo que os demais
estão zerados unicamente porque no passivo circulante apenas o
primeiro ano está preenchido. Por esta razão optou-se por calcular
também os resultados mais gerais, ou seja, em vez de apenas uma
conta do grupo do passivo, todo o grupo de provisões técnicas com
seguros passou a entrar no cálculo, expresso no próximo índice.
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Adequação
provisões dos sinistros a liquidar
|
APSL
= PSL/PL
|
0,53
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
0,00
|
Os
resultados demonstram que em 2010 as provisões (obrigações para
com terceiros) relacionadas aos contratos de seguros representavam
pouco mais da metade do patrimônio próprio.
Coeficiente
de geração de resultados futuros
Estendendo
um pouco mais o índice anterior, o coeficiente de geração de
resultados futuros mostra o grau de contribuição dos recursos de
terceiros ainda não apropriados em receitas, em relação ao PL. Sua
fórmula é dada por:
Onde:
-
PPNG = Provisões técnicas com seguros, formada pela soma de sinistros a liquidar do índice anterior mais as outras provisões.; localizadas no Passivo Circulante.
Uma
vez que representa a participação de patrimônio de terceiros
relativos a provisões com seguros contra o patrimônio líquido,
quanto menor o índice, menor o grau de geração de resultados
futuros. Já o contrário representa menos contribuição, mas
também, que há mais receitas de fato presentes. Os dados calculados
estão no quadro a seguir:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Coeficiente
geração de resultados futuros
|
CGRF
= PPNG/PL
|
2,42
|
2,28
|
2,51
|
2,40
|
2,50
|
Sob
a ótica de provisões para o futuro verifica-se houve melhora, uma
vez que ocorreu aumento em 4,38% de 2013 para 2014, passando a
usufruir de R$ 2,50 de recursos em provisões futuras de receitas
para cada R$ 1,00 de capital próprio.
Coeficiente
de formação de provisões técnicas
O
coeficiente de formação de provisões técnicas mede a parcela da
produção da seguradora destinada à formação da Provisão Técnica
de Prêmios (PTP). É calculado por meio da equação:
Onde:
-
PTP = Provisões técnicas com prêmios, formada pela soma das duas provisões técnicas localizadas no Passivo Circulante (provisões técnicas de seguros e previdenciária) e;
-
PR = Prêmios retidos, identificado para esta equação como sendo o saldo de receita bruta de prêmios na DRE.
O
que o coeficiente identifica é o resultado de quanto das provisões
passivas estão na receita, sendo que quanto maior indica maior
dependência. No caso da Empresa, há uma média de R$ 0,64 oriundo
de provisão de passivo para cada R$ 1,00 obtido em receita.
O
quadro a seguir apresenta a estabilidade do CFTP, principalmente para
2013 e 2014:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Coeficiente
formação de provisões técnicas
|
CFPT
= PTP/PR
|
0,68
|
0,63
|
0,65
|
0,63
|
0,63
|
Houve
uma queda do coeficiente se comparar a média dos cinco anos (de
0,64) contra o alcançado em 2014, em menos de 1%.
Índice
de capacidade de emissão
O
último indicador calculado para a Empresa é o índice de capacidade
de emissão, que mede o volume de prêmios referentes a novas
apólices que uma seguradora pode emitir, relacionando o total dos
Prêmios Emitidos Líquidos (PEL) de uma seguradora ao seu PL. Um
crescimento rápido aumenta o índice; porém, uma seguradora que
aumenta rapidamente o crescimento aumenta o volume PE e reduz o PL
por causa da imediata dedução das despesas com a aquisição das
apólices.
É
obtido pela equação a seguir:
Onde:
-
PEL = Representa o saldo da conta de “Prêmios emitidos líquidos”, que é incluído para formar o saldo acumulado de receitas brutas, na DRE.
O
que o índice faz é demonstrar uma relação das novas apólices de
seguros (uma receita) contra o patrimônio próprio da empresa, que é
onde está o resultado acumulado do exercício e o atual. Assim,
quanto maior o índice maior será a diferença entre aquela receita
e o que se aproveitou dela mais o que se usou para obtê-la. Os
resultados são apresentados a seguir:
OPERACIONAL
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Índice
de capacidade de emissão
|
ICE
= PEL/PL
|
3,57
|
3,34
|
3,66
|
3,82
|
3,95
|
Os
resultados apresentam uma relação média de R$ 1,00 de patrimônio
próprio em cada R$ 3,67 de receita total com apólices.
Cabe
uma obervação final: muitos índices apresentaram variações
mínimas se comparados os feitos para este trabalho contra os
emitidos pela Empresa. Tal variação tem origem na metodologia, como
já foi justificado, mas também, ao fato de que as notas
explicativas são de seus respectivos anos (por exemplo, a de 2012 e
que tem comparação com 2011 é do ano de 2012), mas os balanços
utilizados como base dos cálculos foram extraídos de forma bianual.
Ou seja, foram extraídos das demonstrações financeiras
padronizadas disponíveis no sítio da Empresa contendo dois anos e
no decorrer de uma ano para outro ocorreram mudanças (ajustes) nos
Balanços. Assim, seguindo o exemplo, os anos de 2014 e 2013 oram
extraídos do mesmo Relatório, constando neste a Nota Explicativa de
2014. todavia, pode haver atualizações no ano de 2013 deste
relatório se comparado àquele do ano anterior, que constava os anos
de 2013 e 2012 e que serviu de base para a retirada da nota
explicativa de 2013.
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