Provisões
técnicas são valores que representam o compromisso futuro, assumido
por empresas cujo objetivo do negócio é o “risco”. Exemplos de
empresas com esse intuito são Seguradoras, Resseguradoras, Entidades
Abertas de Previdências Complementares, Operadoras de Saúde,
Sociedades de Capitalização etc.
Esses
valores são alocados no passivo, já que representam os compromissos
futuros da entidade para com seus clientes, e a sua variação
impacta diretamente no resultado.
Um
aspecto muito importante, é que nem sempre esses valores são
conhecidos e precisam ser estimados através de cálculos atuariais e
premissas.
Existem
diversos tipos de provisões em função do tipo de risco e do
segmento a que a empresa pertence.
Vamos
conhecer, aqui, as provisões mais comuns (legalmente requeridas) dos
ramos de seguros de curto prazo, seguros de longo prazo, outras
provisões de seguradoras, sociedades de capitalização e entidades
fechadas de previdência complementar.
As
provisões técnicas de seguros de curto prazo se aplicam a produtos
de seguros com vigência de um ano ou menos, e isso inclui os
produtos de operadoras de saúde e seguradoras.
As
provisões técnicas de longo prazo se aplicam a produtos de seguro
com mais de um ano de vigência e inclui produtos de previdência
complementar aberta.
A
importância das Provisões Técnicas
O
correto dimensionamento e contabilização das provisões técnicas
são fundamentais para a gestão de risco e sobrevivência das
empresas.
Como
se trata de compromissos futuros já assumidos, representam valores
que serão cobrados em algum momento. E como o cálculo desses
valores envolvem estimativas e premissas, deve ser calculado por um
atuário, que é o profissional com habilidade para esse tipo de
mensuração.
Se
as provisões técnicas estiverem subestimadas, ou seja, se o valor
calculado não for suficiente para cobertura dos compromissos futuros
da empresa, elas podem comprometer a solvência, a continuidade do
negócio.
Se
as provisões técnicas estiverem superestimadas, ou seja, se o valor
calculado for acima do necessário, elas comprometem a distribuição
de lucros, retendo recursos que poderiam ser distribuídos aos
acionistas ou investidos.
As
auditorias olham muito de perto as variações das provisões
técnicas, porque elas impactam diretamente no resultado e na base
para tributação.
Constituição
e Cobertura
A
constituição das provisões técnicas refere-se ao valor alocado no
passivo, para fazer face aos compromissos futuros. Já a cobertura,
se refere ao valor dos bens dados em garantia das provisões
técnicas, que são alocados no ativo.
Portanto,
não basta que as provisões sejam bem dimensionadas (constituídas).
É importante, também, que a empresa possua bens em valores
suficientes para cobrir essas provisões técnicas.
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