Rentabilidade Para Análise
Rentabilidade
não é o mesmo que lucratividade tanto para as empresas comerciais
quanto as de seguros, como a deste estudo. Se no primeiro foco de
análise o objeto é o lucro, no segundo, o que está em caixa.
Assim, uma empresa com muito lucro não tem, necessariamente, muita
rentabilidade, afinal, para ter rentabilidade tem que gerar receitas,
e para isso, incorrer em despesas e gastos, que aos poucos diminuem a
liquidez. Em outras palavras, é preciso gastar dinheiro para poder
receber o retorno futuramente.
Margem
bruta para seguradoras
O índice
de margem bruta difere-se do calculado para empresas gerais pelas
contas que o compõem. Representa a relação entre a Receita Bruta
(RB) e os Prêmios Ganhos (PG).
Sua
fórmula é dada por:
Onde:
-
RB = representa a Receita Bruta da Empresa aqui estudada, que na DRE aparece com a nomenclatura Prêmios Retidos.
-
PG = representa a Receita Líquida da Empresa, localizada antes dos custos e do lucro bruto. Na DRE está com a nomenclatura Prêmios Ganhos.
O que este
índice demonstra nada mais é do que uma margem de rentabilidade da
receita total dos contratos de seguros contra seus descontos, ou
seja, a relação do que a empresa faturou líquido em cada ano
estudado. Vale lembrar que para os índices de rentabilidade, tanto
para as empresas comerciais e serviços “normais” quanto para as
seguradoras, resultados maiores que 1,00 são bons sinais de
desempenho.
O quadro a
seguir apresenta os resultados calculados da MBS para os cinco anos
vistos:
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Margem
bruta seguradoras
|
MBS
= RB/PG
|
1,15
|
1,01
|
1,14
|
1,12
|
1,11
|
Conforme
os resultados obtidos vem de duas quedas consecutivas, de 2012 para
2013 e 2013 para 2014. Pelo menos em todos os anos a Empresa obteve
resultados favoráveis.
Analisando
mais detalhadamente tem-se:
Rentabilidade
|
Média
|
Média
p/ 2014
|
Média
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
Desvio
Padrão
|
Margem bruta seguradoras
|
1,11
|
melhorou
|
0,17%
|
piorou
|
-0,72%
|
0,05
|
O
resultado de 2014 demonstrou ser melhor do que a média dos anos
analisados, mas ainda foi inferior ao resultado de 2013, em 0,72%, ou
seja, menos de 1% de diferença.
Margem
operacional do seguro
O
indicador da Margem Operacional para as seguradoras mensura a relação
entre o Resultado das Operações de Seguros (ROS) e a receita
líquida de Prêmios Ganhos (PG) produzidas no período. Sue
resultado é obtido pela seguinte equação:
Onde:
-
ROS = O Resultado com Operações de Seguros para o cálculo efetuado neste estudo representa o Lucro Bruto na Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa, formado pelo valor de Prêmios Ganhos (a receita líquida) menos os custos com vendas de contratos de seguros e resseguros (o que seria um equivalente ao custo da mercadoria vendida, produto vendido ou serviço prestado em outras empresas de diferentes setores).
-
PG = representa a Receita Líquida da Empresa, localizada antes dos custos e do lucro bruto. Na DRE está com a nomenclatura Prêmios Ganhos e que desta vez será maior que a parte de cima da fórmula.
Assim como
os outros índices de margem de lucratividade e rentabilidade,
resultados maiores que 1,00 e crescentes simbolizam situação
favorável. Neste caso, como é possível conferir pelo quadro a
seguir, os resultados em todos os anos foram inferiores a 1,00.
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Margem
operacional do seguro
|
MOS
= ROS/PG
|
0,11
|
0,10
|
0,14
|
0,21
|
0,19
|
Pode-se
afirmar que para cada R$ 1,00 de receita bruta em 2014, por exemplo,
R$ 0,81 efetivamente foi receita (faturamento) e R$ 0,19 foi perdido
com custos. Na média, a empresa obteve esses resultados:
Rentabilidade
|
Média
|
Média
p/ 2014
|
Média
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
Desvio
Padrão
|
Margem
operacional do seguro
|
0,15
|
melhorou
|
28,89%
|
piorou
|
-5,89%
|
0,05
|
Houve,
segundo os cálculos realizados, redução da margem operacional em
menos de 6%, de 2013 para 2014, mas ainda foi maior que a média
acumulada para os cinco anos vistos.
Margem
líquida dos prêmios
A margem
Líquida dos Prêmios mensura a relação entre o Lucro Líquido do
Exercício (LLE), depois de deduzida a contribuição social e o
imposto de renda, e a receita líquida de prêmios (PG) produzida no
período. É obtida calculando-se com a seguinte equação:
Não há
muito do que acre sentar a esta fórmula. A parte de cima
correspondente ao LLE é o típico LL de outros índices, apenas foi
colocada uma letra para diferenciá-lo, mas nada que mude sua posição
como o resultado final do exercício (lucro ou prejuízo). O PG
(Prêmios Ganhos é a mesma receita líquida usada nos cálculos
anteriores.
O que o
índice faz aqui é efetuar a confrontação dos resultados líquidos
do exercício contra os o faturamento real (o que realmente entrou no
caixa, já descontados abatimentos, devoluções, contratos
cancelados etc.), ou seja, diz ao usuário o que foi perdido ao longo
do caminho, até chegar ao resultado final.
O quadro a
seguir apresenta os resultados dos cinco anos analisados, lembrando
que como os demais índices de margem de rentabilidade, quanto maior,
melhor para a empresa.
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Margem
líquida dos prêmios
|
MLP
= LLE/PG
|
0,10
|
0,05
|
0,06
|
0,09
|
0,08
|
Assim como
o índice anterior – que media lucro bruto contra receita bruta –
este também não mostrou valores maiores que 1,00, o que demonstra
que houve perda da receita bruta para o lucro líquido e são
menores. Constata-se que o lucro líquido em 2010 trazia uma margem
de rentabilidade de 10%, 5% em 2011, 6% em 2012, 9% em 2013 e 8% em
2014, ou seja, uma flutuação que tende a média de 0,08 ou 8% de
lucro:
Rentabilidade
|
Média
|
Média
p/ 2014
|
Média
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
Desvio
Padrão
|
Margem
líquida dos prêmios
|
0,08
|
melhorou
|
6,18%
|
piorou
|
-8,18%
|
0,02
|
No geral,
os resultados da empresa demonstram queda de rentabilidade.
Participação
do resultado patrimonial
O
índice de Participação do Resultado Patrimonial é o indicador que
mede quanto do lucro da seguradora é composto por resultados em
coligadas, controladas1
e alugueis de imóveis, sendo RP o Resultado Patrimonial. Quando o
resultado for negativo, a avaliação consistirá em averiguar quanto
do lucro da seguradora foi perdido em função desses investimentos.
Sua fórmula é dada por:
-
RP = O Resultado de equivalência patrimonial corresponde ao saldo total do grupo de mesmo nome localizada na DRE após as receitas financeiras e antes do resultado operacional.
Após os
cálculos foram obtidos os seguintes resultados expressos no quadro a
seguir, que resumidamente, demonstra queda nos dois últimos anos.
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Participação
do resultado patrimonial
|
PRP
= RP/LLE
|
0,03
|
0,05
|
0,04
|
0,02
|
0,02
|
Como está
expresso na descrição do índice, os resultados, embora tenham
apresentado regressão, não significa que a empresa esteja em uma
fase ruim, apenas que não tem ganhado mais com participação em
empresas do mesmo grupo ou aliadas. Se o resultado fosse negativo a
situação seria bem diferente, sendo que seria então ideal para a
empresa rever se manteria esses investimentos, uma vez que sua
desistência aumentaria os resultados finais do exercício.
Retorno
do PL Médio
O índice
de retorno do patrimônio líquido médio apura o grau de maximização
da riqueza do acionista, ou seja, a lucratividade dos investimentos,
comparando o LLE (lucro líquido do exercício)com o capital próprio
médio2,
que na fórmula é simbolizado por PLM.
A fórmula
do retorno do patrimônio líquido médio é dada por:
Notadamente
o resultado favorável deve ser maior que 1,0, sendo que possibilita
ao investidor a informação se é um bom negócio ou não. O quadro
a seguir apresenta os resultados da Empresa, em que pode-se observar
que apesar da queda de 2013 para 2014 ainda são bons resultados se
comparados com os anos de 2011 e 2012.
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Retorno
do PL Médio
|
RPLM
= LLE/PLM
|
0,35
|
0,20
|
0,21
|
0,34
|
0,31
|
Constata-se
mais uma vez que a Empresa apresentou problemas – mesmo que mínimos
– em sua rentabilidade no ano de 2014. Esse quadro completa-se ao
somar a estes resultados as conclusões dos índices de estrutura,
que por sua vez demonstraram que a Empresa mudou seu foco de
investimentos, trabalhando mais para ter retorno no longo prazo,
diminuindo seu capital de giro mas não fazendo o mesmo com suas
obrigações correntes.
Esse
índice resume que em momento algum a empresa conseguiu acumular mais
lucros do que capital investido, mas ainda sim obteve margens que
variavam de 20% a 35%.
Resultado
financeiro
O
resultado financeiro (RF) é o índice que quando comparado com os PG
(receita líquida na DRE, nomeada de Prêmios Ganhos), propicia uma
visão das receitas decorrentes de aplicações financeiras ou
imobilizações técnicas. É obtido da seguinte forma:
Os itens
que compõem a fórmula do RF são da DRE, sendo o de cima referente
ao saldo do resultado financeiro (receitas financeiras (-) despesas
financeiras (+/-) resultado de equivalência patrimonial) e
proporciona à empresa a definição se esta está ou não tendo um
bom retorno financeiro tomando por medida a receita líquida. Serve
mais como comparação entre receitas do que um medidor do tamanho
dos ganhos ou perdas.
O quadro a
seguir mostra mais uma redução nos índices do grupo, mas isso se
deve por que as proporções entre os grupos são bem diferentes.
Vale observar que enquanto a receita líquida aumentou 23,42%, o
resultado financeiro de 47,77%, dos anos de 2013 para 2014.
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Resultado
financeiro
|
RF
= RF/PG
|
0,11
|
0,11
|
0,10
|
0,08
|
0,09
|
Os ganhos
financeiros da Empresa apresentaram, conforme se constata no quadro
acima, uma rentabilidade equivalente a 10% em média da receita
financeira líquida. Isso pode ser bom ou ruim dependendo do que a
empresa tinha por meta de ganhos com juros, por exemplo, a empresa
deveria analisar os resultados sobre a hipótese de quanto poderiam
ganhar a mais se tivesse investido em outras coisas senão na própria
empresa.
-
2010 - Resultado financeiro, conforme Notas Explicativas:
As
receitas financeiras totalizaram em 2010 R$ 100,6 milhões, com um
aumento de R$ 10,1 milhões, ou 11,1% em relação aos R$ 90,5
milhões em 2009 devido as receitas com aplicações financeiras que
totalizaram em 2010 R$ 51,8 milhões, com um aumento de R$ 8,1
milhões, ou 18,5% em relação aos R$ 43,7 em 2009, que decorre,
principalmente, da variação de 26,1% dos montantes médios
aplicados, para R$ 545,6 milhões em 2010, em relação aos R$ 432,8
milhões do exercício anterior. As despesas financeiras totalizaram
em 2010 R$ 5,2 milhões com um aumento de R$ 0,4 milhão, ou 8,3% em
relação aos R$ 4,8 milhões em 2009.
Como se Vê
pelas Notas Explicativas da Azul Seguros, em 2010 o foco de Resultado
Financeiro, são as receitas financeiras. Houve aumento de receitas
financeiras em virtude dos montantes aplicados a mais que em 2009.
-
2011 - Resultado financeiro, conforme Notas Explicativas:
As
receitas financeiras totalizaram em 2011 R$ 129,6 milhões, com um
aumento de R$ 29,0 milhões, ou 28,8% em relação aos R$ 100,6
milhões em 2010 devido a: as receitas com aplicações financeiras
totalizaram em 2011 R$ 75,2 milhões com um aumento de R$ 23,9
milhões, ou 46,5% em relação aos R$ 51,3 milhões em 2010, que
decorre do aumento da taxa efetiva para 11,81% em 2011 em relação
aos 9,89% em 2010 e pelo aumento de 21,8% nas aplicações
financeiras médias para R$ 664,9 milhões em 2011, em relação aos
R$ 545,6 milhões em 2010. As despesas financeiras totalizaram em
2011 R$ 7,3 milhões com um aumento de R$ 2,1 milhões, ou 40,3% em
relação aos R$ 5,2 milhões em 2010.
No ano de
2011 houve novo aumento de recitas financeiras, desta vez pelo
aumento da taxa efetiva das aplicações, conforme a Empresa. Mas
proporcionalmente o aumento das despesas financeiras foi maior, o que
não foi suficiente para derrubar o índice do resultado financeiro,
que no cálculo deste trabalho manteve-se estável.
-
2012 - Resultado financeiro, conforme Notas Explicativas:
As
receitas financeiras totalizaram em 2012 R$ 131,6 milhões em 2011
devido a: (i) as receitas com aplicações financeiras totalizaram em
2012 R$ 74,7 milhões, com redução de R$ 0,5 em relação aos R$
75,2 milhões em 2011, que decorre da redução da taxa efetiva para
R$ 10,29 em 2012 em relação aos que decorre da redução da taxa
efetiva para 10,29 em 2012 em relação aos 46,59% em 2011,
compensado pelo aumento de R$ 10,2% nas aplicações financeiras
médias para R$ 725,9 milhões em 2012, em relação aos R$ 636,7
milhões em 2011. As despesas financeiras totalizaram em 2012 R$ 6,1
milhões, com redução de R$ 1,2 milhões, ou 16,4% em relação aos
R$ 7,3 milhões em 2011.
No ano de
2012, diferentemente dos anteriores, houve redução nos índices, o
que reflete a redução nas receitas financeiras e da taxa efetiva, o
que contribuiu para a redução do índice, para 0,10, contra 0,11 de
2011 e 2010.
-
2013 - Resultado financeiro, conforme Notas Explicativas:
As
receitas financeiras totalizaram em 2013 R$ 138,2 milhões, com
aumento de R$ 6,6 milhões, ou 5% em relação aos R$ 131,6 milhões
em 2012, devido a: (i) as receitas com aplicações financeiras
totalizaram em 2013 R$ 71 milhões, com redução de R$ 3,7 milhões,
ou 4,9% em relação ao R$ 74,7 milhões em 2012, que decorre da
redução da taxa efetiva para 7,17% em 2013 em relação aos 10,3%
em 2012, compensada pelo aumento de 29,7% nas aplicações
financeiras édias para R$ 1,001,4 milhões em 2013, em relação aos
R$ 772,0 milhões em 2012 e (ii) as outras receitas financeiras
totalizaram R$ 67,2 milhões em 2013, com aumento de R$ 10,3 milhões,
ou 18,1% em relação aos R$ 56,9 milhões em 2012. As despesas
financeiras totalizaram em 2013 R$ 9,7 milhões, com aumento de R$
3,6 milhões, ou 59,0% em relação aos R$ 6,1 milhões em 2012.
Em 2013 a
Empresa retomou o ritmo de crescimento de suas receitas financeiras,
com aumento de aplicações mas redução da taxa efetiva. O
desequilíbrio veio com o aumento das despesas financeiras, o que
ajudar na queda do índice para 0,08.
-
2014 - Resultado financeiro, conforme Notas Explicativas:
As
receitas financeiras totalizaram em 2014 R$ 205,9 milhões, com um
aumento de R$ 67,7 milhões, ou 49% em relação aos R$ 138,2 milhões
em 2013 devido a: (i) as receitas com aplicações financeiras
totalizaram em 2014 R$ 130,6 milhões, com um aumento de R$ 59,6
milhões, ou 83,9% em relação aos R$ 71,0 milhões em 2013, que
decorre do aumento da taxa efetiva para 11,1% em 2014 em relação
aos 7,2% em 2013, e pelo aumento de 17,4% nas aplicações
financeiras médias para R$ 1.175,4 milhões em 2014, em relação
aos R$ 1.001,4 milhões em 2013 e (ii) as outras receitas financeiras
totalizaram R$ 75,3 milhões em 2014, com aumento de R$ 8,1 milhões,
ou 12,5% em relação aos R$ 67,2 milhões em 2013. As despesas
financeiras totalizaram em 2014 R$ 16,0 milhões, com um aumento de
R$ 6,3 milhões, ou 64,9% em relação aos R$ 9,7 milhões em 2013.
O ano de
2014 retomou aumento das receitas financeiras, tanto por parte das
aplicações quanto na taxa efetiva, forte o suficiente para abafar o
crescimento das despesas financeiras, o que permitiu á empresa o
índice de resultado financeiro de 0,09, maio que em 2013.
Retorno
dos ativos financeiros
E
continuando a análise de índices que medem ganhos financeiros sobre
as receitas, tem-se aqui o retorno dos ativos financeiros. Além de
medir o retorno obtido nas Aplicações Financeiras (AF), pode medir
a eficiência da gestão do caixa da seguradora. É calculado pela
equação:
Onde:
-
RF = O saldo de receitas financeiras constantes na DRE, o usado na equação anterior e;
-
AF = O saldo de aplicações financeiras, tanto no curto quanto no longo prazo do Ativo.
O Quadro a
seguir apresenta os resultados calculados para a equação do
retorno dos ativos financeiros, sendo que fica visível que a Empresa
apresentou uma excelente situação em 2010 (quando os rendimentos
financeiros correspondiam a 16% das aplicações financeiras totais)e
melhor ainda em 2011 (24% de retorno), mas que depois decaiu nos anos
seguintes. Um fato para isso é a proporção doas aplicações, que
foi incrementada em 2014, foi muito superior ao que os rendimentos
podiam acompanhar.
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Retorno
dos ativos financeiros
|
RAF
= RF/AF
|
0,16
|
0,24
|
0,16
|
0,12
|
0,18
|
Merece ser
lembrado que os resultados ainda não indicam uma situação de
rentabilidade desfavorável, afinal seria muito pouco provável ter
um montante de receitas financeiras (rendimentos sobre aplicações)
maior que as aplicações financeiras. No entanto, um fato que não
pode ser esquecido é que a rentabilidade das aplicações apresentou
queda se comparado 2014 a 2011, mas contra a média dos cinco anos,
os resultados foram de crescimento.
Rentabilidade
do ativo médio
A
rentabilidade do ativo médio demonstra o retorno obtido com a
utilização dos ativos, sendo ATM o ativo total médio, calculado da
mesma forma que o patrimônio líquido total, isto é, a metade da
soma dos dos anos consecutivos. É calculado pela seguinte equação:
Esse
índice remonta dos conceitos básicos que diferem ativos de passivos
totais (de terceiros mais PL). Naquelas definições os ativos são
aplicações dos recursos – ou origens – advindos do lado direito
do Balanço Patrimonial. Tendo isso em mente é mais fácil entender
que os investimentos de uma empresa são o ativo total, que é
formado pelos recursos “aplicados” em caixa, aplicações,
bancos, permanentes; e tem a única função de trabalhar para a
geração de receitas. Dessa forma, o índice em específico
determina se esses investimentos estão ou não dando o retorno
esperado pela empresa, que toma por base o seu lucro líquido.
O quadro a
seguir apresenta a relação de resultados obtidos e verifica-se por
meio destes que para cada um real de capital próprio aplicado em
ativos, em média R$ 0,07 retornaram como lucro, uma margem de
rentabilidade de 7%.
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Rentabilidade
do ativo médio
|
RAM
= LLE/ATM
|
0,08
|
0,05
|
0,05
|
0,08
|
0,08
|
A Empresa
apresentou melhora nos seus índices de rentabilidade do ativo nos
dois últimos anos em virtude do aumento do lucro líquido.
Giro
do ativo no prêmio
O último
índice do grupo – o giro do ativo no prêmio – é o que Verifica
o incremento na seguradora, obtido em função da geração da
receita operacional, apurado dentro do conceito de competência, ou
seja, PG (prêmios ganhos, igual a receita líquida de seguros na
DRE). É obtido seguindo a fórmula:
Onde AT
equivale ao Ativo Total de cada ano, e não o ativo médio, como do
índice anterior.
No quadro
a seguir estão expostos os resultados anuais do giro do ativo,
relacionando a recita líquida com o montante de bens e direitos.
Dessa forma, quanto maior o resultado significa que mais receita
líquida se extraiu com aqueles investimentos. A saber:
RENTABILIDADE
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Giro
do ativo no prêmio
|
GAP
= PG/AT
|
0,73
|
0,89
|
0,80
|
0,86
|
0,88
|
Os
resultados demonstram que embora a Empresa tenha perdido em alguns
aspectos em sua rentabilidade, conseguiu manter um bom aproveitamento
de seus investimentos, sendo que no ano de 2014, as aplicações de
longo prazo e a diminuição do ativo circulante não prejudicaram a
receita líquida, uma vez que para o ano, a cada R$ 1,00 aplicado em
ativos, R$ 88,00 retornavam em forma de receita líquida com os
contratos de se seguros e resseguros.
A seguir é
apresentado o gráfico sintético com os índices do grupo de
rentabilidade, de modo a facilitar na visualização e comparação
dos resultados e desenvolvimento ao longo dos anos.
Como
está claro, houve em média uma certa estabilidade na rentabilidade
dos ativos, aplicações e patrimônio líquido da empresa, não
havendo nenhum grande queda acentuada no desempenho obtido,
principalmente de 2013 e 2014.
1No
balanço utilizado para os cálculos da Azul Companhia de Seguros
Gerais não consta dados de controladoras ou controladas, o
relatório anual e da administração disponível no sítio da
empresa apenas divulga os demonstrativos e mais nada
2Patrimônio
Líquido Médio: Média aritmética simples dos de dois anos
consecutivos. Por exemplo, o PL médio de 2014 é a metade da soma
do saldo de 2014 mais o de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário