Liquidez E Estrutura
Os
indicadores deste tópico não são exatamente índices, mas
demonstram em valores monetários as disponibilidades da empresa
livres para honrar suas dívidas.
O
gráfico acima resume as participações dos três grupos de ativos
dentro do Ativo Total da Empresa para os cinco anos estudados e
apenas por este esquema já é possível prever uma redução de
liquidez corrente, uma vez que em 2014 houve uma grande redução dos
circulantes e o consequente aumento do longo prazo, principalmente do
realizável.
Capital
circulante líquido
O primeiro
indicador de estrutura de liquidez a ser calculado é o capital
circulante líquido, que representa os recursos próprios da empresa
aplicados no AC. Sua fórmula é dada por:
O que o
CCL faz é demonstrar a diferença entre o ativo circulante para com
o passivo circulante, ou seja, o resultado obtido indica exatamente
se a empresa tem recursos suficientes, situação nula ou dívidas a
mais.
No quadro
a seguir estão os resultados dos cinco anos calculados da Empresa:
ESTRUTURA
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Capital
circulante líquido
|
CCL
= AC-PC
|
179.996,0
|
248.832,0
|
302.560,0
|
167.012,0
|
-338.902,0
|
Como é
possível observar, houve altos e baixos, sendo o melhor momento em
2012 e o pior foi em 2014, quando a situação foi completamente
invertida, sendo que a diferença constatada positiva em naquele ano
não seria suficiente para cobrir as dívidas deste.
Nota-se pelo gráfico acima que Houve realmente redução no ativo circulante da Empresa, o que contribuiu para a redução do CCL, ainda mais se levar em conta que o passivo circulante apresentou aumento em 2014.
Mutações
do PL
O
indicador de mutações do Patrimônio Líquido – aqui denominado
MPL – mostra a variação do PL entre os exercícios, demonstrando
se houve evolução ou involução. Calculado pelo PL final menos o
inicial. Sua fórmula concentra-se unicamente no Patrimônio Líquido,
a saber:
Para o
cálculo da formação de Patrimônio Líquido inicial e final
utilizou-se simplesmente os saldos de Balanço em cada exercício.
Assim, o saldo inicial de 2010 constituía-se no saldo de balanço de
PL em 2009, ao passo que o de 2011 usava o saldo de 2010 como saldo
inicial. De uma forma ou de outra, os resultados demonstram uma linha
de crescimento em 2013 e queda acentuada em 2014, conforme o quadro a
seguir:
ESTRUTURA
|
FÓRMULA
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
Mutações
do PL
|
MPL
= PLF-PLI
|
62.926,0
|
42.396,0
|
52.877,0
|
105.136,0
|
87.351,0
|
Os
resultados apresentados demonstram que houve involução de 2013 para
2014. no entanto, essa diminuição – que representa menos capital
próprio e como já foi visto, houve aumento de ativos de longo prazo
e redução de circulantes – não é tão grave se comparado à
média dos cinco anos. Neste aspecto a Empresa apresentou melhora de
25,54%.
Liquidez
|
Média
|
Média
p/ 2014
|
Média
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
2013
p/ 2014
|
Desvio
Padrão
|
Mutações
do PL
|
70.137,20
|
melhorou
|
24,54%
|
piorou
|
-16,92%
|
25.693,9
|
O gráfico
a seguir demonstra as flutuações dos dois indicadores e por meio
deste fica claro o declínio de recursos líquidos para o pagamento
de dívidas de curto prazo. Mostra-se uma situação de troca de
recursos para o longo prazo (na forma de investimentos), como forma
de mudança de foco da Empresa, se preparando para períodos mais
distantes.
Pelo que foi exposto até este ponto do trabalho, a Azul Companhia de Seguros Gerais apresentou melhora em sua liquidez mais geral, sendo um cenário diferente quando compara unicamente suas disponibilidades de caixa contra seus passivos provisionados. Verificou-se que optou por manter um alto nível de aplicações e em 2014 reviu seus investimentos de longo prazo, o que diminuiu seu capital de giro (Capital circulante líquido).
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