Para se
administrar por resultados econômicos o mesmo deva ser corretamente
mensurado. O lucro é visto, em termos econômicos como a quantia
máxima que a empresa pode distribuir como dividendos e ainda
continuar economicamente tão bem como estava no seu inicio. È
mensurado pelo crescimento do patrimônio líquido originado pela
manipulação de ativos.
Segundo
Guerreiro (GUERREIRO e CATELLI 1995) as etapas básicas para a
caracterização de um modelo de mensuração poderiam ser elencadas
da seguinte forma:
-
Identificar o tipo de decisão a ser tomada.
-
Identificar o sistema relacional empírico
-
Identificar a característica de interesse da medição.
-
Identificar a unidade de mensuração
-
Definir a base conceitual (critérios de mensuração)
-
Identificar o sistema relacional numérico.
-
Identificar o sistema à luz à adequação da informação, a confiabilidade, validade, tipo de escala e significado numérico.
No sistema
GECON é reconhecido que o valor da empresa aumenta com a agregação
de valor econômico, validado pelo mercado, proporcionada pelo
processo interno de geração de produtos e serviços nas diversas
atividades através do consumo de recursos. O modelo de mensuração
identifica mensura e reporta os resultados das atividades (receitas
menos custos), separando resultados operacionais dos financeiros,
apurando as margens de contribuição e reconhecendo que o valor
econômico de uma entidade aumenta ou diminui à medida que o mercado
atribui um maior ou menor valor para os ativos que ela possui.
O
resultado econômico de uma empresa pode se entendido como variação
positiva de sua riqueza entre dois momentos, isto é refere-se ao
incremento de sua riqueza e espelha, portanto, o aumento de seu
patrimônio, em determinado período (A. CATELLI, Controladoria: uma
abordagem da gestão econômica - GECON 2001, 72).
Tendo em
vista que o lucro mensurado de forma correta refere-se,
conceitualmente ao resultado econômico, se faz viável identificar
como mensurar este resultado econômico.
A base
conceitual aplicada na mensuração dos eventos econômicos no modelo
GECON reveste-se de fundamental importância para que se espelhe o
verdadeiro valor econômico do patrimônio, dos resultados das
atividades e do resultado global da empresa, assim este modelo
reconhece que a riqueza da empresa aumenta pela agregação de valor
proporcionado, transforma o tradicional “centro de custos” em
“centro de resultados” ou em área de responsabilidade, reconhece
em cada atividade o aspecto operacional, o aspecto econômico e o
aspecto financeiro, apurando margens de contribuição e resultados
econômicos através da mensuração dos produtos e recursos pelos
seus valores à vista, apura margens de contribuição e resultados
financeiros das atividades, através da mensuração do custo do
dinheiro no tempo, relativo aos prazos de recebimento, de pagamento,
de estocagem e das imobilizações dos recursos,
e
reconhece o aspecto econômico de que a riqueza de uma empresa
aumenta ou diminui à medida que o mercado atribui maior ou menor
valor para os ativos que ela possui.
O modelo
de mensuração do GECON é aquele que dá suporte para a
determinação do lucro econômico, principal medida de desempenho
empresarial do sistema. Segundo Guerreiro (1989), a determinação do
lucro econômico deve se pautar pelos seguintes princípios básicos:
-
Os ativos devem ser avaliados pelo potencial de benefício futuro que geram para a empresa;
-
A variação do poder aquisitivo da moeda deve ser considerada;
-
A depreciação dos ativos imobilizados representa a perda do potencial na geração de serviços. Esta perda será a diferença entre o valor dos serviços no início e no final de um período;
-
O lucro como diferença do montante de riqueza em dois momentos distintos de tempo deve, portanto, incorporar os ganhos e perdas decorrentes das valorizações e desvalorizações dos ativos que a empresa possui;
-
O patrimônio líquido deve representar o valor atual mínimo da empresa;
-
Os resultados das atividades são obtidos por meio da utilização dos conceitos de preço de transferência, custo de oportunidade e avaliação pelo preço de mercado;
-
O preço de transferência é utilizado para demonstrar a receita que uma atividade realiza, por ter gerado bens/serviços para outra. É o valor a ser pago por uma atividade, por receber produtos/serviços de outra atividade;
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O preço de transferência é mensurado pelo preço de mercado à vista;
-
A receita é reconhecida quando ocorre um acréscimo do valor dos bens, isto é, agregação de valor. Neste contexto, todas as atividades geram receitas, que serão mensuradas pelo valor de mercado na condição de pagamento à vista;
-
Os custos e despesas realizados para gerar as receitas serão mensurados pelos valores praticados na condição de pagamento à vista;
-
É utilizado o conceito de custeio direto, com a finalidade de medir a margem de contribuição das atividades na margem global da empresa;
-
Finalmente, deve ser reconhecido o goodwill da empresa. O valor do goodwill corresponderá à diferença entre o valor presente dos fluxos de benefícios futuros produzidos pela empresa (valor econômico global) e o valor da soma dos valores econômicos individuais dos ativos da empresa.
A área de
controladoria, para ser eficaz, necessita de um sistema de informação
gerencial que faça sentido e tenha lógica para os gestores das
diversas áreas do sistema empresa. O modelo de mensuração da
Gestão Econômica – GECON atende aos anseios informativos da área
Controladoria ao usar conceitos de vanguarda e multidisciplinares,
compromissado com o modelo decisório dos usuários internos, além
de apurar resultados das diversas áreas da empresa e administrar por
resultados, acima de qualquer filosofia política, social ou
econômica.
Implica na
busca constante da eficácia da empresa, ou seja, atender de forma
ampla e justa aos interesses dos diversos agentes da cadeia de
relacionamentos sociais.
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