O ciclo
operacional refere-se a todas as atividades da empresa, compreendendo
todo o ciclo operacional – da compra da matéria-prima até o
recebimento -, o ciclo econômico – da compra da matéria-prima até
as vendas – e o ciclo financeiro – que vai do primeiro desembolso
até o recebimento efetivo. Logo, todo o conjunto de atividades que
começam e antes de chegarem ao fim, outros ciclos já foi iniciado
compõem o giro funcional da empresa para que ela sobreviva.
Divide-se em atividades econômicas e financeiras. Os ciclos
operacionais influenciam no curto prazo, pois o ciclo operacional é
curto prazo e acima dele, longo prazo. Os ciclos são estes:
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Ciclo operacional: inicia-se com a compra da matéria-prima e encerra-se com o recebimento das vendas. Representa a união do ciclo econômico ao financeiro.
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Ciclo econômico (ou de competência): inicia-se com a compra da matéria-prima e encerra-se com as vendas. Normalmente começa e termina antes do ciclo financeiro e demonstra as informações na DRE.
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Ciclo financeiro: inicia-se com o primeiro desembolso e encerra-se com o recebimento.
O ciclo de
caixa é o ciclo financeiro, que compreende o período de entradas e
de saídas de recursos financeiros. Ou seja, vai do primeiro
desembolso ao recebimento efetivo e utiliza-se do fluxo de caixa (em
vez de uma DRE, que em vez de entradas e saídas trabalha com
despesas e receitas).
Vale
lembrar que o prazo ou ciclo empresarial de uma empresa, no que tange
a curto ou longo prazo, depende exclusivamente da atividade principal
da empresa. Por exemplo, empresas que trabalham construindo navios
levam em média de três a cinco anos para encerrar um ciclo
operacional, e para tanto, podem tratar este período como sendo de
curto prazo.
Capital de giro, o capital próprio e o capital circulante líquido
Os
recursos das empresas são aplicados em ativos fixos (grupo do
permanente) e ativos correntes. As contas do caixa, bancos,
duplicatas e estoques (todo o ativo circulante) pertencem às contas
do capital de giro.
O Capital
de giro é o correspondente ao capital circulante líquido (CCL), que
por sua vez representa o que sobra quando se retira o passivo
circulante do ativo circulante. O capital circulante líquido é o
valor real positivo da diferença de AC – PC. É verdadeiramente a
fonte de recursos disponíveis na empresa para suprir suas
necessidades operacionais.
São os
recursos da empresa que são aplicados em ativos fixos e todo o ativo
circulante. É o investimento de curto prazo para que a empresa supra
suas necessidades operacionais e por tantas mudanças que sofre
(contingências) sofre relação direta com as vendas e por ser de
curto prazo, custa mais (por ser mais difícil de administrar).
Na Lei das
S.A’s, o capital de curto prazo se realiza até um ano, para
sustentar o nível de operações da empresa, correspondente ao ciclo
operacional. O dinheiro é para sustentar um conjunto de atividades
da organização, tais como o fato de ao dar prazo para o cliente, a
compra da matéria-prima, todas as operações até o recebimento ou
reembolso dessas operações, quando enfim acaba o ciclo e entra o
dinheiro.
O capital
de giro a ser utilizado pelas empresas tem as seguintes
características:
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Sofre mais alterações a todo o momento. O volume do capital de giro é sempre aumentado, diferentemente do capital fixo, em que o valor é maior e leva um tempo a mais para ser acrescido. O capital de giro muda de acordo com as operações, logo, quanto maior as movimentações e atividades da empresa, também serão maiores o capital de giro da entidade.
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O capital de giro tem uma relação direta com as vendas. Isto é, se o volume de vendas aumentarem, o capital de giro também aumenta.
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Apresenta característica de urgência. Na empresa sempre existe algo que foge ao planejamento e para isso, cria-se a reserva. Contudo, a reserva não pode ter valor muito alto, uma vez que isso significa dinheiro parado. São exemplos desse problema inesperado as chuvas intensas que podem vir a danificar o estoque ou o galpão, estragos no prédio entre outros. O permanente não apresenta esta característica de urgência.
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Custos elevados. Apresenta financiamento mais caro, pois é mais difícil de ser administrado, sendo que de uma hora para outra a empresa pode precisar de mais recursos e carecer de novo financiamento.
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Riscos maiores. Ocorre risco de falta de estoque suficiente (como a falta de produtos ou de embalagens para atender a produção, por exemplo) e falta de liquidez (quando a cliente não paga), que se ocorrer em um momento em que haja pouco capital de giro a empresa pode acabar ficando paralisada temporariamente.
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Maior flexibilidade. O capital de giro sempre acompanha as ondulações das operações: quanto mais vende, mais capital de giro.
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Planejamento de curto prazo. A tendência de todos os investimentos é de aumentarem. À medida que o tempo transcorre, a empresa precisa de mais máquinas, recursos, materiais e aplica muito destes para obter o retorno desejado em longo prazo.
Podemos
sintetizá-lo da seguinte forma: Capital de giro deve ser de curto
prazo, logo, é um recurso que existe para ser utilizado no
dia-a-dia. São aplicações de capital de giro as compras para o
estoque, os gastos involuntários, a sobrevivência do período em
que a empresa efetua venda a prazo até o recebimento para o
pagamento dos fornecedores e o dinheiro que tem em mãos no momento
para a tomada de decisões mais rápidas. O capital de giro cresce
com o crescimento das operações e com o dia-a-dia, mês a mês e
isso é natural da empresa. Há diferentes formas de se aumentar o
capital de giro.
Uma delas
é ao aumentar o prazo de pagamento de um cliente que sabidamente
para suas contas em dia. A empresa ao fazer isso fica mais tempo sem
receber dinheiro e por esta razão o administrador acaba injetando
recursos dele próprio no caixa da empresa, financiando o cliente e
com isso aumenta o capital de giro.
Outra
forma de aumentar o capital de giro é emprestando dinheiro: por
exemplo, se empresta mil reais para um terceiro e depois este retorna
devolvendo o valor acrescido com 10% de juros.
Vale
lembrar que o capital de giro é recurso obtido em forma de dinheiro
ou de crédito. E que quando se faz um investimento de longo prazo
com este ou mesmo no curto prazo – como, por exemplo, com período
de seis meses à frente – deve-se elaborar o fluxo de caixa para
ver quanto custaria o investimento no presente e no futuro,
concluindo se realmente valeria à pena.
E por fim,
o capital de giro também apresenta divisões conforme a liquidez e
sua proporção ao longo do tempo, com caráter permanente (ou
constante) ou temporário, conforme as figuras a baixo:
Conforme a figura nota-se que as alterações no capital permanente ocorrem entre longos intervalos. E quanto ao capital de giro propriamente dito se observa as divisões de Temporário e de Permanente.
Conforme a figura nota-se que as alterações no capital permanente ocorrem entre longos intervalos. E quanto ao capital de giro propriamente dito se observa as divisões de Temporário e de Permanente.
No
capital temporário os recursos oscilam conforme as vendas, ao passo
que no permanente, o crescimento é constante. Vale aqui salientar
mais uma informação: é possível financiar investimentos de curto
prazo com recursos de longo prazo, no entanto, não seria saudável
financiar investimentos de longo prazo com recursos do capital de
giro, pois vencem antes que as operações gerem o retorno
suficiente.
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