Uma
prática no mercado é definir uma taxa de juros anual nominal com
capitalização mensal. Ou seja, para se calcular a taxa de juros
proporcional mensal (juros simples), divide-se a taxa de juros anual
por doze meses. Naturalmente que a taxa de juros efetiva anual (juros
compostos) a rentabilidade obtida, de fato, é calculada com a
composição das taxas dos juros proporcionais por doze meses. Assim,
supondo que um título ofereça 6% de rendimento com a capitalização
mensal, pede-se:
-
Calcular a taxa de juros proporcional mensal.
-
Calcular a taxa de juros efetiva anual.
-
Se o valor aplicado é de R$ 800,00, qual seria a quantia disponível para resgate ao final de um ano?
-
Se o valor apurado é de R$ 800,00, qual seria a quantia disponível ao final de oito meses?
Resolução
Para a
resolução desta questão vamos definir alguns tamanhos da taxa i
para os diferentes períodos de tempo, a saber:
-
Taxa efetiva Proporcional para o período de um ano:
-
Taxa anual: 1 período de um ano (ia = 1);
-
Taxa semestral: contém 2 períodos de um semestre cada um (1 ia =2 is);
-
Taxa trimestral: contém 4 trimestres (1 ia = 4 it);
-
Taxa mensal: contém 12 meses (1 ia = 12 im) e;
-
Taxa diária: contém 360 dias comerciais (1 ia = 360 id).
Assim
podemos montar a seguinte equação para a resolução dos
questionamentos propostos, conforme indica a Matemática Financeira:
Então,
podemos responder á primeira questão, que se referia a qual a taxa
de juros proporcional mensal:
Dados: i
anual = 6% ao ano e i mensal = ?
Calculando
pelos juros simples temos que:
0,5% ao mês
Logo, a
taxa de juros mensal proporcional mensal a uma taxa de 6% é de 0,5%
ao mês. Esta é de fato o que chama-se de taxa efetiva.
A segunda
questão pede o cálculo dos juros efetivos anuais. Então podemos
perguntar: mas se a taxa de juros já é anual, por que então pedir
novamente a mesma taxa anual? Pois é aí que está o pulo do gato
dos juros compostos nos contratos de empréstimos e financiamentos
bancários: a diferenciação entre a taxa de juros efetiva e
proporcional. Para responder vamos definir duas coisas: a taxa de
juros dada é uma taxa equivalente, e não a taxa efetiva (real)
utilizada. Ou seja, a taxa dada é apenas de título, não é a mesma
se for calculada por juros compostos.
Assim
podemos satisfazer à questão com o seguinte cálculo:
Logo,
temos que a taxa anual efetiva é de 0,061677812 ao ano, que
transformada em percentual (multiplicada por 100) torna-se
6,167781186 % ao ano.
A terceira
solicitação é calcular o valor de resgate (montante ou valor
futuro) para uma aplicação de R$ 800,00, às taxas calculadas, após
um ano. Para iniciar a questão vamos destacar quais são os dados
que dispomos até o momento:
-
PV =R$ 800,00
-
Taxa anual efetiva = 6,168% ao ano
-
Valor futuro= ?
-
Período = 1 ano
-
Taxa mensal = 0,5% ao mês
E valos
aos cálculos usando as fórmulas básicas de juros da matemática
financeira que apresentamos aqui, tanto para o período de um ano
inteiro como para doze meses correntes no ano, para provar que dá
para chegar ao mesmo resultado nos dois modos:
E para
provar que o resultado será o mesmo usando o período de 12 meses em
vez de um ano temos o seguinte:
E com isso
chegamos ao resultado de um valor de resgate de R$ 849,34.
Por último
vamos calcular a partir do valor presente (valor inicial ou de
capital), de R$ 800,00, o montante num período mensal, algo
semelhante ao anterior:
-
PV =R$ 800,00
-
Valor futuro= ?
-
Período = 8 meses
-
Taxa mensal = 0,5% ao mês
Aplicando
os dados à fórmula atualizada temos o seguinte:
E
concluímos o exercício com o resultado de R$ 832,57 de resgate após
8 menes de uma aplicação a taxa de 0,5% ao mês.
Com isso
terminamos esse primeiro exercício de matemática financeira, para
dar início à parte mais prática da matéria de Intermediação
Financeira.
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