sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Introdução às políticas econômicas



POLÍTICAS ECONÔMICAS

O governo atua ativamente na economia do País por meio das chamadas políticas econômicas, que são divididas em Fiscal, Monetária e Cambial. Por exemplo, o governo tem uma meta de exportação e uma meta orçamentária do que pode e onde deve gastar e por meio delas, o Estado administra o País.
Por meio da definição da Selic pode controlar o consumo e assim diminuir a inflação ou aquecer o consumo. Para contornar a alta dos preços e fazer com que as famílias voltem a ter poder de compra, aumenta quando o consumo é muito elevado, há mais demanda do que oferta e isso faz com que ocorra um aumento generalizado dos preços. Se os preços aumentam o consumidor deixa de comprar e com o atrativo das altas taxas de juros, investe o seu dinheiro em poupanças.
E com menos consumo a oferta aumenta e o preço cai, diminuindo a inflação. Quando precisa agir de forma contrária, isto é ou para aquecer a economia proporcionando mais dinheiro no mercado o governo diminui a taxa de juros, o que faz com que os custos das indústrias diminua e assim os seus produtos ficam menos onerosos. As indústrias produzem mais e vendem mais para o varejo, que por sua vez compra mais porque há consumo, vez que o povo tem dinheiro e emprego.


Política monetária

Com o objetivo de controlar os meios de pagamento, segurando o consumo e para isso, aumenta os juros e emite títulos no mercado. Para aumentar o dinheiro no mercado e fomentar o consumo, o governo retira os títulos, injeta mais dinheiro e aumenta o crédito (por meio de incentivos á liberação de mais empréstimos feitos pelos bancos e demais instituições financeiras). As famílias então, com o poder de mais crédito em mãos, isto é, com poder de compra vão fazer a roda da economia girar, mantendo os empregos no comércio, indústria e prestação de serviços.
Quem toma essas decisões de aumentar ou não o crédito e os juros é o Banco Central do Brasil, autarquia controlada pelo Governo Federal. A instituição utiliza-se de mecanismos que vão desde a inserção de moeda estrangeira no País e a emissão de títulos financeiros de capitalização até a definição de taxas de câmbio e de juros, sendo esta última definida nas reuniões do Comitê de Política Econômica – COPOM: a Selic.
Os títulos do governo ora citados são os papeis que são colocados á disposição de compra – até por pessoas físicas – e como são letras do Tesouro Nacional, isto é, títulos públicos, são aplicações e tem valor de resgate financeiro após um período de depósito.


Títulos públicos

Citamos aqui entre os títulos públicos os dois tipos: as Letras do Tesouro Nacional (LTN) e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT). As letras do tesouro são papeis do governo onde o mercado faz aplicação. Geralmente os bancos e demais instituições financeiras públicas (Banco do Brasil, por exemplo) compram estes títulos e os vendem aos seus clientes na apresentação de fundos de investimentos.
Cabe destaque que sempre os valores aplicados em títulos do governo federal são mais seguros que os papeis emitidos pelos Estados, que apresentam riscos de perdas bem maiores. No entanto, pelo melhor grau de segurança, os do Governo Federal rendem menos. É claro que de qualquer forma, todo aquele que decide investir seu dinheiro nesse tipo de investimento deve sempre procurar saber para onde vai o seu recurso. Por exemplo, as aplicações no conhecido CDB aplicam-se ao banco em específico onde a aplicação foi feita e logicamente, se este vier a quebrar, o aplicador perde junto tudo o que investiu. Por outro lado, fundos de investimentos, que são aplicados ao Governo Federal ou Estadual pelos clientes por meio dos bancos públicos, tem bem menos probabilidade de perda, afinal é mais difícil o Estado inteiro quebrar do que um único banco. Vemos isso várias vezes, quando um banco acaba sendo comprado por outro, como foi o caso do Bameirindos, no passado, e recentemente, da compra do HSBC pelo Santander.
Para todos os títulos a Selic é sempre a base para os cálculos dos rendimentos e a partir da última década, tornou-se índice de cálculo até para o rendimento da poupança.
Instrumentos de controle monetário utilizados pelo Banco Central
Como já adiantamos, o Governo usa do Banco Central para regular a economia e por sua vez, este utiliza-se de uma série de mecanismos para exercer essa função. Destes podemos resumir em suas três grandes funções básicas, a saber:
  • Recolhimento compulsório;
  • Operações de mercado aberto e;
  • Políticas de redesconto bancário.
Quando uma pessoa física faz um depósito numa instituição bancária, um percentual do recurso investido é recolhido aos cofres públicos do governo (mas não na forma de impostos) indo diretamente ao banco Central. Este é o recolhimento compulsório.
Para efeito informativo, o recolhimento compulsório define que:
1 – Sobre os depósitos à vista, 45% é sem remuneração e 8% com remuneração com base na Selic, o que resulta em 53% do total dos depósitos que devem ser enviados ao banco semanal semanalmente. É esta uma das razões para a Selic sempre ser alta.
2 – Sobre os depósitos à prazo, isto é, CDB e RDB, 23% da remuneração com base na taxa Selic.
3 – Sobre a caderneta de poupança, 30% vai para o governo, sendo que: 2/3 (20% dos 30%) são de remuneração com base na TR mais 6% ao ano e 1/3 (10% dos 30%) são de remuneração com base na taxa Selic.
4 – Em outros países do dito primeiro mundo o recolhimento sore o depósito á vista é de 10 a 20% no máximo, muito inferior do que no Brasil.
As operações do mercado aberto (compra e venda de títulos da dívida pública) consistem na retirada de dinheiro do mercado.

A política de redesconto, por sua vez, consiste quando muito clientes retiram dinheiro do banco e este então, pede recursos ao Banco Central para se manter. Trata-se assim de uma ajuda financeira do governo aos bancos para que consigam manter suas atividades diárias.

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