Ocorre
quando é planejada uma produção para certo setor. Como exemplo, a
universidade que quer montar uma sala de aula contendo 100 carteiras
e como há cerca de 80 a 90 alunos para esta sala, logo, a empresa
responsável pelas carteiras precisa saber se o número de estudantes
vai aumentar. É melhor ter dez ou vinte carteiras sobrando numa sala
com oitenta alunos do que ter que fabricar as pressas mais carteiras
para um número maior de alunos. Neste caso, ou a universidade
adquire mais carteiras ou dependendo do caso para garantir o conforto
aos estudantes (problema político), monta outra sala (problema
econômico). Deve-se escolher pela opção menos custosa.
Os problemas econômicos fundamentais
Da
escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às
necessidades ilimitadas do homem, originam-se os chamados problemas
econômicos fundamentais, para responder:
O que e
quanto produzir. Dada a escassez de recursos de produção, a
sociedade terá de escolher, dentro de um leque de possibilidades de
produção, quais produtos serão produzidos e as respectivas
quantidades a serem fabricadas.
Como
produzir. A sociedade terá que escolher quais recursos de
produção serão utilizados para a produção de bens e serviços,
dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os
diferentes produtores acaba decidindo como serão produzidos os bens
e serviços. Os produtores escolherão, dentre os métodos mais
eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível.
Para quem
produzir. A sociedade terá também que decidir como seus membros
participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A
distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda
nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação de
salários, das rendas da terra, dos juros e dos benefícios do
capital, mas também da repartição inicial da propriedade e da
maneira como ela se transmite por herança.
Em
economias de mercado, esses problemas são resolvidos
predominantemente pelo mecanismo de preços atuando por meio da
oferta e da demanda. Nas economias centralizadas, essas questões são
decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um
levantamento dos recursos de produção disponíveis e das
necessidades do país. Ou seja, a maioria dos preços dos bens e
serviços, salários e quotas de produção e de recursos é
calculada nos computadores desse órgão, e não pela oferta e
demanda do mercado.
Curva de possibilidades de produção
El linhas
gerais trata-se da fronteira de produção de uma economia.
A curva de
possibilidades de produção (CPP) é um conceito teórico com o qual
se ilustra como a questão da escassez impõe um limite de capacidade
de produção de uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre
alternativas de produção. Devido à escassez de recursos, a
produção total de um país tem um limite máximo, uma produção
potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os recursos
disponíveis estão empregados (todos os trabalhadores que querem
trabalhar estão empregados, não há capacidade ociosa, etc) [VASCONCELLOS & GARCIA, 2002].
Suponhamos
uma economia que só produza máquinas (bens de capital) e alimentos
(bens de consumo) e que as alternativas de produção de ambos sejam
as seguintes:
Alternativas de produção
|
Máquinas (milhares)
|
Alimentos (toneladas)
|
A
|
25
|
0
|
B
|
20
|
30
|
C
|
15
|
40
|
D
|
10
|
60
|
E
|
0
|
70
|
Tabela
1: Fonte: VASCONCELLOS & GARCIA, 2002
Na
primeira alternativa (A) todos os fatores de produção seriam
alocados para a produção de máquinas, na última (E) seriam
somente para a produção de alimentos e nas alternativas
intermediárias (B, C e D) os fatores de produção seriam
distribuídos na produção de uma e de outro bem.
Analisando
o gráfico temos:
Produção
interna: Um ponto que podemos chamar de Y e que engloba as 10mil
máquinas contra as 30 toneladas de alimentos demonstra uma situação
de desemprego, uma vez que está abaixo da linha (curva ou fronteira)
de produção. Há recursos que podem ser utilizados mas que estão
em desuso.
Produção
externa: Da mesma forma, se considerarmos como produção Z a que
engloba a fabricação de 25 mil máquinas e a produção de 50
toneladas de alimentos teríamos uma situação impossível de se
obter, pois ultrapassaria a capacidade de produção (linha no
gráfico).
A Relação
da alternativa de produção C, em que planeja-se 50 mil toneladas de
alimentos e 15 mil máquinas traz um custo de oportunidade., quando é
possível deixar de se produzir 5 mil unidades de máquinas para se
alcançar 45 toneladas de alimentos.
O gráfico
a seguir apresenta um resumo da curva de possibilidades de produção,
demonstrando os limites possíveis de uso dos recursos para a
obtenção dos bens de capital e de consumo. De forma sintética, o
que estiver acima da linha apresenta situação que não podem ser
realizadas no curto prazo, ou ao menos que demandam mais tecnologias.
Como
resumem Vasconcellos e Garcia (2002), “a curva ABCDE indica todas
as possibilidades de produção de máquinas e de alimentos nessa
economia hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a
economia estará operando no pleno emprego, ou seja, a plena
capacidade, utilizando todos os fatores de produção disponíveis”.
Em
qualquer outro ponto interno à curva, quando a economia está
produzindo somente 10 mil máquinas e 30 toneladas de alimentos
dizemos que se está operando com uma capacidade ociosa ou de
desempregos dos fatores de produção (mão-de-obra, máquinas,
capacidade empresarial). E de maneira contrária, qualquer ponto
externo (ou acima) da curva é impossível obter a combinação de
produção. Por exemplo, não dá para combinar uma produção de 25
mil máquinas com 50 toneladas de alimentos, uma vez que os fatores
de produção e a tecnologia de que a economia dispõe seriam
insuficientes para se obter essas quantidades desses itens. Trata-se
de um ponto que ultrapassa a capacidade produtiva potencial (também
chamada de pleno emprego) dessa economia [VASCONCELLOS & GARCIA, 2002].
A política
de câmbio está ligada ao movimento do dólar. Quem o negocia são
os exportadores e importadores, sendo estes últimos os que precisam
do dólar para comercializar (comprar). Os exportadores só o
utilizam no recebimento das vendas de mercadorias e produtos. Quem
tem dólares em mãos espera o preço aumentar para vendê-los (por
exemplo, compra um por um dólar para vender por dez dólares).
Quando o dólar cai, os preços aqui no Brasil diminuem e com isso, o
consumo é maior.
Bibliografia
FIGUEIREDO, Marcus; CHEIBUB, Angélica Maria,
Avaliação política e avaliação de políticas: um quadro de
referência teórica, set./dez 1986
FRIEDEN, Jeffry A. (Tradução: Vivian Mannheimer), Capitalismo
global: História econômica e política do século XX, 2006
VASCONCELLOS, Marco Antônio S.; GARCIA, Manuel E.,
Fundamentos de Economia, 2002
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