RISCO PAÍS (EMBI+): A função “taxa de retorno” varia
positivamente em relação ao risco, isto é, quanto maior for a
risco de uma aplicação, maior deverá ser a remuneração exigida
pelo investidor.
Os investidores são “avessos a risco”.
Todavia isso não implica que eles não queiram correr riscos,
significa que os mutuantes aceitam maiores riscos se esses mesmos
riscos vierem acompanhados de maiores retornos, isto é, quanto maior
o risco maior deve ser o retorno.
Para poder se efetivar uma operação de maior
risco ela deverá oferecer, ao aplicador, um “prêmio de risco”,
pois ao comparar o investimento entre dois ativos a alternativa
escolhida será aquela que apresentar um menor risco relativo.
Assim como várias pessoas jurídicas costumam
captar recursos externos, os países também o fazem por meio da
emissão de títulos da dívida externa.
A taxa de remuneração dos títulos da dívida
externa precisa compensar o risco associado ao país emissor. Se não
houvesse tal compensação o investidor alocaria seus recursos em
outros ativos que apresentem maior segurança.
O “risco país” é determinado pela diferença
entre a taxa de juros negociada de um dado título de um dado país
em relação à taxa de juros dos títulos norte-americanos, portanto
o risco é uma comparação entre os juros pagos por títulos de um
país em relação à rentabilidade T-Bond de 30 anos (título do
tesouro americano que é considerado como de risco zero de não
pagamento).
Por exemplo, se um certo título de um país
estão sendo negociados a 10% aa e os títulos do Tesouro
norte-americano tem cotação de 4%, o risco do país em questão é
de 6% (10% – 4%).
O mercado acompanha esse diferencial em termos de
basis-points (pontos base). A determinação dos basis-points
é muito simples, pois basta multiplicar por 100 o risco do país,
logo no nosso exemplo seria de 600 basis-points (6% * 100 =
600).
O mercado se utiliza, para acompanhar os riscos
de vários países, de um índice calculado pelo JP Morgan cujo nome
é EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus). Esse índice é
calculado para 18 países: África do Sul, Argentina, Brasil,
Bulgária, Colômbia, Egito, Equador, Filipinas, Marrocos, México,
Nigéria, Panamá, Peru, Polônia, Rússia, Turquia, Ucrânia,
Venezuela.
A indexação é a correção de haveres
financeiros por meio de um índice que expresse a variação de algum
preço, ou conjunto de preços. Tal correção visa a minimizar as
perdas referentes a essa variação de preços.
Os agentes econômicos ao sempre reajustarem seus
ativos, por meio da indexação com base na inflação passada,
acabam transmitindo para o presente a variação dos preços passados
e, desta forma, podem realimentar o processo inflacionário.
Deflação: A deflação é o inverso da
inflação. Caracteriza-se por uma constante queda de preços. Há
uma baixa oferta de moeda relativa à oferta de bens e de serviços
ou uma queda excessiva da procura agregada ocasionando uma capacidade
ociosa na economia, cai o investimento, aumenta o desemprego e pode
causar uma depressão, que pode ser combatida por meio do aumento dos
gastos públicos e uma diminuição expressiva da taxa de juros real.
É a relação entre o coeficiente do aumento da
taxa de juros pelo coeficiente do aumento de inflação. O CI será
maior do que um quando o aumento da taxa de juros for maior do que o
aumento da inflação. Vários economistas acreditam que para uma
política monetária eficaz é necessário (porém não suficiente)
que o CI seja maior do que um, isto é, quando aumenta a inflação,
o aumento da taxa de juros nominal que ser proporcionalmente maior.
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