O risco de mercado pode ser expresso pela
maneira como o preço de um determinado conjunto de bens ou de
derivativos se comporta, isto é, o ganho ou as perdas que podemos
auferir quando o preço do bem ou do derivativo muda. As perdas ou
ganhos de nossas posições estão relacionados com o comportamento
do mercado.
Vamos considerar uma captação, por meio de um
CDB, com prazo de um ano e taxa de 15% aa. Esses recursos irão para
financiar um empréstimo cujo prazo é de dois anos e taxa de 17% aa.
No primeiro ano temos uma posição ‘confortável’, pois estamos
ativados em 17% e passivado a 15%, todavia e no segundo ano?
No risco de liquidez, está implícita uma
expressiva mudança de preços associada a operações de compra e
venda de grande magnitude, ocasionando forte mudança na volatilidade
e nos preços.
Nos mercados ilíquidos, há grandes diferenças
entre os preços de compra e venda, podendo acarretar risco de
grandes perdas. Os mercados podem absorver qualquer operação,
dependendo do preço do ativo negociado.
Não seria aconselhável determos, por exemplo,
posições com mais de 10% do saldo das operações em um determinado
contrato. Evidentemente, deveríamos considerar também o número de
participantes e/ou quantidade de operações desse mercado, pois
poderíamos ficar na situação de termos de comprar na alta e vender
na baixa.
Normalmente, possuímos uma gama de ativos. É de
extrema importância mensurarmos o risco de todo nosso portfólio,
como se ele fosse composto de um único ativo.
O risco total de nossa posição não é
simplesmente a somatória de cada posição ou ativo visto de forma
isolada; é a correlação dos riscos de todo os componentes da nossa
carteira.
Risco de Crédito:
O risco de crédito se expressa pela
possibilidade da nossa contraparte não liquidar um contrato. A
essência do crédito é a harmonia entre lucro e risco.
O risco de crédito pode ser mensurado pelo valor
presente do fluxo de caixa inerente ao contrato da operação, mais o
custo de reposição, isto é, o risco de nossa exposição
creditícia corrente mais nossa exposição potencial.
No Brasil, não existe o uso do netting,
ou seja, os créditos que temos a receber não anulam os débitos que
temos a pagar na eventualidade de inadimplência da nossa
contraparte.
Este risco se caracteriza pelas possíveis falhas
na nossa organização ou na nossa empresa, ou seja, a não
existência de infraestrutura adequada para operacionalizar e
controlar de maneira eficiente as nossas operações.
O risco legal surge da possível não execução
dos termos de um contrato devido à incerteza legal de se implementar
uma cobrança.
As leis que afetam o mercado financeiro, muitas
vezes, são elaboradas com atraso, deixando várias dúvidas em seus
textos, inclusive quanto à perfeita legalidade e tributação das
operações do mercado. Percebe-se desconhecimento de alguns
legisladores e advogados e até alguns juristas do que são essas
operações, principalmente no caso dos derivativos.
Outro aspecto que devemos levar em consideração
é oriundo das diferentes legislações entre os países com que
precisemos operar.
O nosso sistema deverá mensurar a somatória dos
riscos da empresa, consoante os padrões definidos pela sua alta
direção, de forma rápida, sintética e clara. A definição
expressa pela alta gestão da organização deve levar em
consideração os objetivos e a política empresarial. Por sua vez, o
risk management deverá ter em si as respostas para as
seguintes questões:
As respostas a essas perguntas dará ao
responsável pelo risco da empresa as condições básicas para a
elaboração de modelos adequados à organização.
As Instituições Financeira tem interesse em
saber o quanto suas carteiras estariam sujeitas a perder em caso de
ocorrer uma conjuntura adversa. Esse valor pode ser calculado
diariamente, isto é, pode-se determinar o valor, em reais, dessa
perda.
V@R = Valor monetário das perdas a que um
portfólio está sujeito, dado um determinado intervalo de confiança
e de tempo.
O V@R do exemplo significa que existe 5% de
probabilidade do portfólio perder mais do que R$ 200.000,00 em 1
dia, isto é, existe 5 chances em 100, em condições normais, de
acontecer uma perda de mais de R$ 200.000,00 em um dia.
O V@R expressa a perda mínima, em moeda,
esperada num dado período, com dada probabilidade de ocorrência.
O V@R é um método estatístico que procura
dimensionar o risco de um portfólio. Este risco é a perda
estatisticamente esperada num dado intervalo de tempo, com um grau de
confiança definido e em condições normais de mercado.
O V@R expressa a exposição de um conjunto de
títulos a perdas, isto é, a probabilidade de oscilações adversas
de taxas ou preços. É um método estatístico de medida de risco
expressa em moeda.
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