É o resultado do balanço de pagamentos, isto é,
a posição do país em relação as suas relações
externas.
O superavit ocorre quando as entradas são
superiores às saídas. Como efeito, há um aumento das reservas
cambiais e pode haver um efeito inflacionário, pois há emissão de
moeda para aqueles que ingressam com os recursos externos. Se for
necessário “enxugar” esse excesso de liquidez, o governo poderá
emitir títulos públicos e, portanto, aumentará seu endividamento.
O deficit significa que ocorreram saídas
de divisas superiores às entradas - a consequência é a perda de
reservas. Com a perda de haveres cambiais, a liquidez internacional
do país se reduz, podendo causar problema de solvabilidade e, para
que isso não ocorra, há necessidade de se contrair empréstimos
externos, aumentando o endividamento. Pode ocorrer desequilíbrio no
balanço de pagamentos pela necessidade de pagamentos de juros e
amortizações. Por essas razões, em condições normais, é
preferível o equilíbrio a desequilíbrios constantes no balanço de
pagamentos.
Exemplo 11
:
Deficit em transações correntes de $ 50 bilhões
(a entrada de bens e serviços no país tem como contrapartida o
pagamento). Esse deficit é anulado por meio de empréstimos com
consequente aumento do endividamento. Essa dívida passará a agravar
o deficit.
Déficit em transações correntes de $ 150
bilhões e investimento no setor real de $180 bilhões. Nota-se que o
nível de reservas aumentou, o endividamento caiu; todavia o processo
de acumulação é vulnerável à entrada de recursos. Uma queda na
confiabilidade do país poderá ocasionar sérios problemas.
O Balanço de Pagamentos está equilibrado,
contudo nota-se o endividamento crescente e a saída de capital do
país por meio do investimento líquido no setor real e das
aplicações líquidas no setor financeiro.
Há queda nas reservas cambiais no valor de $ 15
bilhões. A redução do endividamento (- $ 30 bilhões) foi
conseguida pela entrada de investimentos líquidos no setor real (+ $
10bilhões) e aplicações líquidas no setor financeiro (+ $ 5
bilhões).
As transações correntes apresentam um saldo
positivo de $ 35 bilhões gerado pela balança de serviços não
financeiros ($ 140 bilhões) e transferências unilaterais ($ 15
bilhões) que absorveram o déficit da balança comercial de $ 120
bilhões. Este superávit das transações correntes ($ 35 bilhões)
suporta plenamente o pagamento do endividamento externo ($ 15
bilhões) e a saída líquida de capital de $ 5 bilhões.
1
Os exemplos a seguir foram baseados nos que estão no livro
“Introdução à Economia”, cujo autor é José Paschoal
Rossetti, editora Atlas.
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