Quando se
monta o próprio negócio, seja em qual área for, é necessário não
apenas saber fazer bem a coisa a atividade a que se propõe bem como
controlar toda a parte financeira da futura empresa.
Se para um
técnico de manutenção de eletrônicos é indispensável o
conhecimento para consertar os aparelhos, não fica atrás a
necessidade de saber organizar o negócio para equilibrar as receitas
com os custos para então não ter prejuízos que inviabilizem o
empreendimento. Para o dono de um restaurante é indispensável
conhecer o seu público, pois de que valeria montar um restaurante
luxuoso num bairro carente? Seus preços estariam em concordância
aos praticados no mercado para esse nicho gastronômico? Pois com os
escritórios de contabilidade acontece o mesmo.
De acordo
com Chiavenato (2007), uma questão muito impostante está no saber
definir o empreendimento, administrando tanto a parte técnica da
atividade quanto a parte empresarial, de estratégia e financeira. Em
adição, o referido autor afirma que:
Para
ser bem-sucedido, o empreendedor não deve apenas saber criar seu
próprio empreendimento. Deve também saber gerir seu negócio para
mantê-lo e sustentá-lo em um ciclo de vida prolongado e obter
retornos significativos de seus investimentos. Isso significa
administrar, planejar, organizar, dirigir e controlar todas as
atividades relacionadas direta ou indiretamente com o negócio. O
espírito empreendedor envolve emoção, paixão, impulso, inovação,
risco e intuição. Mas deve também reservar um amplo espaço para a
racionalidade. O balanceamento entre aspectos racionais e emocionais
do negócio é indispensável. Saber fixar metas e objetivos globais
e localizar os meios adequados para “chegar lá”, da melhor
maneira possível. Isso significa estratégia. Contudo, os meios
adequados são extremamente diversos. O empreendedor precisa saber
definir seu negócio, conhecer profundamente o cliente e suas
necessidades, definir a missão e a visão do futuro, formular
objetivos e estabelecer estratégias para alcançá-los, criar e
consolidar sua equipe, lidar com assuntos de produção, marketing e
finanças, inovar e competir em um contexto repleto de ameaças e de
oportunidades. Um leque extenso. Uma corrida sem fim. Mas
extremamente gratificante [CHIAVENATO, 2007]1.
Um
escritório de contabilidade é uma empresa como qualquer um de seus
clientes, logo, precisa ser tratado como empresa, com todos os
cuidados para que sejam evitados erros fatais que a façam acabar.
Assim temos que tomar certas atitudes para que erros sejam evitados,
mas é claro, relembrar quais são os principais erros não pode ser
deixado de fora. Por esta razão apresentamos o seguinte material de
apoio, baseado nos trabalhos da Nibo (disponível em
www.nibo.com.br).
O presente
material ajudará você a conhecer melhor o seu escritório de
contabilidade, apresentando-lhe os 7 erros que podem quebrar seu
escritório de contabilidade. Aqui serão detalhados quais são eles,
quais as suas origens e o que se pode fazer para solucioná-los.
As
questões a seguir devem ser respondidas em conjunto com a sua equipe
de trabalho, colaboradores, empregados. Temos que pensar que não
basta o dono do escritório ter um foco estratégico definido se este
não envolver a partição dos membros da empresa, pois cada um tendo
uma meta própria diferente não chegará a um resultado único
esperado.
1o Erro: Não planejar diretrizes estratégicas
Como foi
definido, podemos considerar que o primeiro erro para o seu
escritório ou mesmo qualquer outra empresa está na falta de
planejamento estratégico. Mas disso pode ainda vir uma dúvida para
as pessoas não muito chegadas nos conceitos de administração
gerencial, controladoria e afins: o que vem a ser planejamento
estratégico? E o tático? São a mesma coisa?
Para
responder a essas indagações vamos imaginar um jogo de futebol.
Para deixar o quadro melhor, vamos imaginar o jogo do 7 x 1 do Brasil
contra a Alemanha, na Copa do mundo aqui no Brasil, em julho de 2014.
Naquele jogo os jogadores alemães sabiam como se posicionar em
campo. Os brasileiros estavam meio perdidos pois cada um tinha um
objetivo próprio – que era o de aparecer e fazer brilhar sua fala
de craque – mas que não era coletivo. Quando vemos a narração
dos comentaristas eles falam coisas como planejamento tático dos
técnicos, esquemas de jogadas entre outras coisas. Pois bem, os
técnicos antes de cada jogo fazem (ou deveriam fazer) o planejamento
de como cada jogador atuará em campo no momento do jogo, visando o
conhecimento que tem de como o outro time se comportaria. Na época o
técnico da seleção brasileira disse que eles havia feito toda a
lição de casa, isto é, havia estudado como a seleção alemã
jogava e assim teriam criado os esquemas de contra-ataque e foco nas
fraquezas do adversário. Só que não!
Em campo
cada equipe coloca em prática o esquema planejado pelos técnicos,
de forma tática. Foi isso que ocorreu naquele jogo: os brasileiros
colocaram em prática o esquema fraco de jogo deles ao passo que os
alemães fizeram o mesmo, mas de forma bem mais eficiente.
Pois bem,
agora vamos trocar o jogo de futebol e seus jogadores e técnicos e
colocar no lugar dois escritórios de contabilidade. Os técnicos são
os donos das empresas contábeis e os jogadores são os empregados
e/ou colaboradores. O planejamento estratégico seria o esquema
proposto pelos técnicos (contadores) para evitar e contornar
problemas de passe de bola e evitar tomar gols (equilibrar custos e
despesas, bem como manter o fluxo de caixa favorável), além de
fazer gols (conseguir novos clientes). Ou seja, o planejamento
estratégico é aquele feito no papel antecipadamente, detalhando as
diretrizes de como se comportar para alcançar os objetivos, quer
sejam eles para ganhar um jogo contra uma seleção forte para passar
de fase e ter a chance de ganhar a copa do mundo ou estabelecer seu
espaço no mercado de escritórios de contabilidade numa cidade
pequena mas com muitos concorrentes.
O segundo
passo na direção da empresa ou da seleção de jogadores é o
planejamento tático, isto é, colocar em prática tudo aquilo que
foi definido no papel. Se por exemplo, os jogadores tinham como
definido jogar com duas ou três linhas de frente e deixar os
artilheiros próximos ao gol adversário, ou o escritório definiu
que a meta seria dar prioridade aos clientes novos e maiores
oferecendo-lhes consultoria especializada, é isso o que os
componentes devem fazer. Várias funções distintas trabalhando em
conjunto para alcançar o mesmo objetivo comum.
Agora com
as definições bem definidas, digamos assim, vamos às questões
essenciais que quando não seguidas levam uma empresa ao primeiro
erro de nossa lista:
Qual
é a missão do seu negócio?
Por
que você criou o seu escritório de contabilidade?
Por
que ele existe?
Qual
é a visão que você tem sobre sua empresa?
Qual
é o horizonte que você enxerga para seu negócio?
Para
onde você está indo e para onde quer ir no futuro?
Quais
são os seus valores?
Qual
valor uma pessoa precisa ter para fazer parte de sua equipe?
Quais
são as atividades econômicas da sua empresa?
Você
trabalha com contabilidade? Consultoria? Assessoria? Terceirização?
Qual
é o seu público-alvo?
O
que você vende e quais são os benefícios do que você vende?
Quais
são as suas principais atividades?
Quais
são os seus principais recursos?
O
que você precisa fazer para entregar uma proposta de valor?
Para quê
você criou o seu escritório de contabilidade, afinal de contas?
Apenas para fazer Imposto de Renda? Você tinha um ideal? Queria que
sua empresa se destacasse entre os escritórios ou abriu a empresa
por que tinha dinheiro sobrando? Logicamente que tinha um objetivo.
Por exemplo, buscando na internet encontramos os seguintes objetivos
de um escritório de contabilidade:
Missão:
Fornecer acessória, consultoria e a tecnologia necessária para
permitir que nossos clientes possam aproveitar ao máximo os serviços
oferecidos pela empresa.
Visão
de Futuro: Ser a melhor empresa de excelência em serviços
contábeis, tornando-se uma referência na região.
Valores:
Criatividade, profissionalismo, integridade, percepção de
negócio, proatividade, agilidade, ética, espírito de equipe,
comprometimento, foco no cliente.
Política
da Empresa: Operar de acordo com a legislação pertinente
promulgada pelos órgãos públicos oficiais; Contar com o quadro de
funcionários altamente profissionais para a realização das
atividades a serem desempenhadas.
Pelos
objetivos acima temos um exemplo de o que se quer para uma empresa
contábil, isto é, como se quer que o escritório cresça e seja
visto pelos clientes no futuro (isto é, ser a melhor empresa do ramo
de serviços contábeis), semeando os parâmetros para isso no dia a
dia. Para tanto utiliza como fatores a qualidades pessoais e
profissionais dos funcionários (como capacitação e
comprometimento), o que consequentemente serve como orientação para
futuras contratações e o modo de trabalho (trabalho em conformidade
com as legislações vigentes, para exercer serviços eficientes
(corretos).
Assim
temos as possíveis respostas para as primeiras oito perguntas. A
partir da nona questão temos questões específicas sobre as
atividades desempenhadas.
Para
responder deve-se ter em mente na estrutura da empresa, no que ela
pode trabalhar e para quem vai prestar serviços. Assim, quantos
equipamentos serão necessários para se atender um número de 100
clientes simultaneamente? Quantos funcionários serão contratados?
Uma empresa que almeja ser reconhecida e destacada entre as demais
empresas contábeis precisa obter uma boa fatia do mercado de sua
região. Logo, não adianta ter um bom serviço e só atender um ou
dois clientes – a menos que sejam gigantes e formadores de opinião.
E definido
o tamanho do escritório, por exemplo, para poder comportar a demanda
de cem clientes, tem capital (recursos financeiros) suficientes para
bancar o investimento? Terá sede própria ou alugada? Onde ficará a
sua empresa? Temos que pensar que não adianta o escritório ficar em
bairros muito afastados, pois embora consiga agregar clientes das
proximidades, sua fama não chegará para as regiões centrais da
cidade. E falando nisso, tem um endereço na internet? Um site ou um
blog para ser reconhecido por possíveis clientes geograficamente bem
mais distantes? E se conseguir clientes de outros municípios, como
será o trato com eles? Você irá atendê-los em suas empresas? Terá
como bancar o translado toda a vez ou será por meio eletrônico (por
exemplo Skype / videoconferência)?
E voltando
ao serviço, o que o seu trabalho trará de inovador para o cliente a
ponto de ele escolher o seu escritório e não os dos concorrentes?
Terá serviços de consultoria personalizados para cada clientes, por
exemplo, um cliente indústria terá uma equipe de consultores ao
passo que um mercadinho, apenas você dará conta, coisa que
refletirá nos honorários?
Como vemos
em disciplinas de Contabilidade Gerencial e Controladoria, todo esse
planejamento é essencial para a manutenção da saúde da empresa e
tudo isso consta na ferramente do Balanced Scorecard (BSC).
Sob a
ótica do BSC são analisadas quatro perspectivas (ou setores) para a
empresa, conforme a relação a seguir:
1.
Qual é a perspectiva de seu cliente?
2.
Qual é a sua perspectiva financeira?
3.
Quais são os seus processos internos?
4.
Qual é a perspectiva em relação ao aprendizado e ao crescimento?
Basicamente
a ferramenta faz o empresário a ver quem são seus clientes (para
saber quem são o que eles querem), para resultar em um produto com
uma probabilidade de aceitação muito maior. Também possibilita a
empresa a se planejar no que se refere ao fluxo de caixa, analisando
o quanto de recursos serão gerados e gastos com as atividades, que
também deverão ser melhores analisadas. Por fim, a ferramenta te
força a analisar o retorno do ciclo gerado pelos clientes e
fornecedores. Que lições tirou no primeiro mês que te mostram que
há gargalos que devem ser melhorados?
2o Erro: Não conhecer profundamente o mercado
E
continuando a seleção de erros chegamos agora ao segundo de nossa
listagem: não conhecer profundamente o mercado em que se pretende
atuar. Por exemplo, você acabou de se formar em alguma área ligada
à tecnologia de sistemas (computação, análise e desenvolvimento
de software), pode atuar no mercado da internet das coisas2,
que está em pleno desenvolvimento e precisa de mentes capacitadas.
Não adiantaria por outro lado, um sujeito se especializar em
construção de programas em linguagem única para sistemas
operacionais Windows querer trabalhar servidores sem saber que a
maioria das empresas só utiliza servidores Linux.
Partindo
para a contabilidade, onde há demanda de serviços? Sabemos que o
SPED contábil fiscal está crescendo e cada vez mais sendo exigido,
sendo que se antes era obrigatório para empresas de lucro presumido
com exceção de imunes e isentas sem um recolhimento mínimo de R$
10.000,00 de impostos sem a folha, agora não é mais assim. Prevemos
que vai chegar um dia em que as empresas do Simples Nacional serão
obrigadas também, mas enquanto esse dia não chega, ão seria uma
boa que o seu escritório já esteja preparado?
Para
evitar esses erros temos que responder (corretamente) as questões a
seguir:
O
que você vende? (Qual é o seu produto ampliado? Que solução você
vende?)
Quem
é seu cliente? (Como ele se comporta? O que ele espera de você?)
Quem
é o seu não-cliente?
Qual
é a dor do seu cliente?
Quem
é o seu cliente transformado?
A Nibo
traz a seguinte adição ao conceito e utilização do BSC:
Considerada
uma das ferramentas mais importantes, ela obriga você a definir seus
objetivos em relação a quatro perspectivas diferentes:
• A
perspectiva do cliente, que é a quem você serve;
• A
perspectiva financeira, que é a forma que você tem para multiplicar
seu negócio, aumentar sua riqueza e seu patrimônio;
• Os
processos internos;
• O
aprendizado e o crescimento, que é a sua visão a longo prazo.
Pensando
em cada um desses objetivos, você conseguirá definir as estratégias
certas para alcançá-los.
Destas
questões acreditamos que só cabe acrescentar a terceira e quarta.
Saber quem não é cliente é algo bom para entender porque ele não
quer seu serviço. O cliente x, por exemplo, não quer ser seu
cliente porque ele não sabe que você existe ou porque não precisa
do seu serviço? Talvez o contador dele cobra mais barato e a sua
motivação é preço? Ou talvez ele vai a um contador apenas porque
é conhecido do profissional e não tem coragem de sair (comodismo)?
Aí vem a necessidade de ter ideias: o que você pode fazer para que
ele mude de opinião? Se for serviço você deverá analisar se vale
a pena agregar mais um (o cliente é um potencializador de novos
clientes ou apenas mais um?) Como você vai chegar até ele? Talvez
um evento divulgado pelos jornais locais ou mesmo um anúncio nos
jornais seja o suficiente.
3o Erro: Não definir metas
Nesta
ferramenta, você será desafiado a definir suas forças e fraquezas
no ambiente interno, e as possíveis oportunidades e ameaças no
ambiente externo. Dessa forma, a Matriz SWOT obriga você a perceber
todos os elementos que podem ajudar ou atrapalhar seu negócio de
maneira colaborativa.
Defina
metas SMART para cada membro de sua equipe. De acordo com a equipe da
Nibo, se você for analisar o mercado contábil hoje, muitos
escritórios estão falindo por causa da crise. Os clientes não têm
dinheiro e, por isso, buscam opções que sejam mais baratas,
trocando o trabalho do contador por alguma solução online que
consiga fazer o serviço por um valor inferior.
4o Erro: Não definir métodos
Defina os
métodos de trabalho junto com sua equipe.7 erros que podem quebrar
seu escritório de contabilidade.
Conforme a
Nibo, só podemos falar sobre metas, se falarmos sobre métodos. E o
que é um método? A expressão sintetiza duas palavras do grego:
metá (verdade) e hódos (caminho). Ou seja, método é o caminho
para a verdade. No nosso caso, é a forma como vamos alcançar a meta
estabelecida anteriormente.
Como
propostas e soluções a referida empresa citada traz que “É bem
simples”, resumindo-se em fazer um desenho para ilustrar o
processo. A empresa traz este exemplo para facilitar no entendimento:
Como
um processo de geração de folhas de pagamento tem que começar? O
primeiro passo é receber a folha de ponto. Depois, é preciso
confirmar se essa folha de ponto tem algum apontamento. Enfim, defina
esse processo. Mas é preciso fazê-lo ao lado de sua equipe. No
momento em que você faz isso, sua equipe já está sendo treinada
para cumprir o mesmo processo. Além disso, a partir do momento que
você envolve seus funcionários, eles se sentem muito mais engajados
para cumprir o que foi estabelecido.
Como
vemos, não foge muito dos conceitos e métodos de administração de
linha de produção das teorias de Fayol, por exemplo, mas com um
enfoque mais humano. O fato de o dono do escritório sentar ao lado
dos funcionários para trabalhar junto aproxima a equipe ao patrão,
que demonstra assim espírito de equipe, e não aquele tipo arrogante
“eu mando e vocês obedecem”. Sabemos que este tipo ruim de
método faz desenvolver nos empregados o sentimento que eles sabem
mais que o chefe.
5o Erro: Não envolver as pessoas
Antes de
começar, defina qual é o estilo de envolvimento de sua equipe e
gestão de pessoas e tarefas. Sua organização é autocrática,
paternalista, livre ou participativa? Segundo a Nibo, esses são os
modelos que podemos encontrar e lhe ajudarão a entender melhor qual
é o tipo que é ideal para sua empresa não cair em erro:
• Autocrática:
é um estilo de gestão bem difundido pelo Brasil. Aqui, o gestor
está no centro e ele dá ordens para os outros. Ou seja, ele manda e
os funcionários precisam cumprir sem questionar. É um sistema que
pode funcionar, caso o gestor tenha boa visão e consiga enxergar bem
o mercado. Mas esse estilo também pode apresentar problemas muito
sérios. Ainda mais hoje, em que a geração Y está começando a
entrar no mercado de trabalho. As pessoas dessa geração não querem
apenas cumprir ordens, mas elas querem também participar das
decisões e do planejamento da empresa. Se elas estão em um lugar
apenas para cumprir ordens, elas não ficam. Por isso, existe uma
rotatividade enorme em muitas empresas. Algumas pessoas entram em
mais de três empresas em apenas dois anos, justamente porque elas
não são envolvidas nos processos de decisão. Dessa forma, o modelo
autocrático tem um problema muito sério de sustentabilidade. Além
disso, se o gestor não estiver com uma visão boa, ele também pode
levar a empresa à falência.
• Paternalista:
este estilo também é bastante encontrado em empresas. Neste caso,
todas as dificuldades enfrentadas pelos funcionários são enviadas
para que o gestor possa resolvê-las. E qual é o problema deste
modelo? Este modelo pode, muitas vezes, produzir pessoas
irresponsáveis e frágeis, que na frente de um problema, não têm
força o suficiente para superá-lo. Essas pessoas delegam a questão
para que alguém com maior autoridade possa resolvê-la. É um
sistema perigoso, porque sobrecarrega o gestor. Quando o gestor
atinge o próprio limite e não consegue fazer mais nada, então sua
equipe se torna uma equipe frágil. Não é possível pedir nada a
ela, pois seus membros não conseguem realizar nenhuma atividade
independentemente.
• Livre:
de acordo com Pedro Nery, este é um dos piores estilos, pois o
gestor não se posiciona em nenhum momento e deixa a situação
acontecer. Este é um estilo muito ruim, porque ele permite que cada
um defina os próprios interesses e as próprias metas e desempenhe
suas funções da forma que achar melhor. E nem sempre é do jeito
certo ou da maneira esperada pelo cliente.
• Participativa:
este é, sem dúvidas, o sistema de gestão mais difícil de se
implementar, pois ele requer muito esforço do gestor e dos
funcionários. Neste caso, é fundamental se esforçar para
estabelecer uma boa comunicação entre as pessoas e aceitar opiniões
divergentes. Mesmo assim, é o estilo de gestão mais sustentável,
porque você envolve todos os funcionários. Quando eles sentem que
fazem parte do mesmo desafio, sentem que são importantes nas tomadas
de decisões, sentem que são queridos, eles escolhem ficar na
empresa e enfrentar os desafios ao lado do gestor. Pode não parecer,
mas é o sistema que vai impulsionar seu escritório de contabilidade
e fazê-lo crescer. Mas é importante ter cuidado. A gestão
participativa não é democracia. A gestão participativa implica
comando, pois existe um gestor responsável por entregar resultado.
Ao mesmo tempo, ele precisa ser também capaz de ouvir outras
pessoas, de prestigiá-las e de fazer com que elas se sintam
importantes.
Marque
reuniões semanais de acompanhamento com sua equipe. Isso fará com
que as decisões e ideias sejam melhores, uma vez que são mais
discutidas. Ser uma empresa participativa traz ideias novas e
envolvimento maior dos colaboradores.
6o Erro: Não monitorar os resultados
O que
vemos nos escritórios de contabilidade é a ausência quase total de
medição. Não se sabe quantos lançamentos são feitos por dia e
nem por semana. O contador, que é aquele profissional responsável
por contar números, não confere os números sobre si mesmo. O que é
um erro muito grande, pois essa cultura pode levar à quebra do
próprio negócio. O ideal é colocar um quadro branco em sua sala e
escrever o nome de seus funcionários com o número de produções
que cada um entregou. O custo é muito baixo quando comparado ao
benefício que você terá ao fazer esse monitoramento. Quando
existem etapas de conferência, o profissional dificilmente erra.
Além disso, ele também se comporta de maneira melhor.
Crie e
monitore os indicadores de desempenho.7 erros que podem quebrar seu
escritório de contabilidade
7o Erro: Não dominar as finanças
Ironicamente,
a maioria dos contadores não domina os próprios números. Os
profissionais da área não sabem exatamente quanto entra por mês,
não sabem quanto faturam por mês, não sabem se têm inadimplência
e não sabem o quanto gastam com mão de obra, investimentos ou
softwares. Ou seja, o contador não faz a sua própria contabilidade.
A maioria dos escritórios de contabilidade não faz o próprio
balanço patrimonial e não sabe o valor investido no próprio
negócio.
Para
ajudá-lo nesta questão, existem muitos aplicativos de celular que
podem auxiliá-lo a dominar suas finanças pessoais. Alguns inclusive
fazem conciliação automática com suas contas bancárias e
classificam o tipo de despesa.
Estabeleça
quais são as suas finanças pessoais.
1CHIAVENATO,
Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito
empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2007. 2. Ed. Revista e
atualizada.
2Convergência
de todos os eletrodomésticos e utilitários para a mesma central.
Deste modo, por meio de um celular inteligente um morador da casa
poderia estar em qualquer ponto da cidade, fora de sua moradia, e
mesmo assim ter acesso total aos aparelhos em sua residência. De
longe poderia mandar um micro-ondas ser ligado e preparar o almoço,
ou localizar as luzes que estariam acesas e apagá-las.
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