sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Perspectiva de inovação e aprendizado

Os objetivos dessa perspectiva oferecem a infra-estrutura que possibilita a realização dos objetivos das demais. Esses se refletem em investimentos na capacitação dos colaboradores e em sistemas e processos organizacionais. As formas de atingir o sucesso mudam o tempo todo. Devido à intensa competição global, as empresas são obrigadas a aperfeiçoar permanentemente seus produtos e processos e lançar produtos novos e com maiores recursos. 
Qualquer projeto de qualidade é aprovado se justificar por si os investimentos e recursos consumidos com sua implantação e manutenção, respectivamente. Isto seria de particular interesse para acionista e gestores (BAATZ, 1992, p. 61).
Os desafios a que são submetidas as diversas áreas da empresas (tecnologia, produção, marketing, finanças, recursos humanos, informática, suprimento. e controladoria), estão sendo superados pelas empresas que "se repensam" a nível da sua missão, das suas crenças e valores, a nível da postura gerencial e da mentalidade de seus colaboradores, da sua evolução tecnológica, da incessante busca da qualidade, da satisfação de seus clientes, pelas empresas, enfim, que buscam a excelência empresarial em todos os sentidos.
Os contadores que criticam acertadamente os fracos conceitos contábeis que são utili1izados para finalidades de gestão, têm mais facilidade para identificar problemas do que para propor soluções efetivas e concretas. Tanto isso é verdade que a única novidade proposta mais a nível operacional do que a nível conceitual na contabilidade de custos é o sistema ABC.
As informações geradas pelo sistema de contabilidade tradicional já não atendem as novas necessidades de gestão. Neste ponto deixamos claro que não criticamos a Contabilidade como ciência que é extremamente rica em sua base filosófica e conceitual; nossa critica é na forma como a Contabilidade é praticada.
A contabilidade concebida com conceitos e procedimentos voltados para finalidades fiscais e societárias (custos históricos, valores a prazo, custeio por absorção, etc.), já de há muito tem deixado a desejar no que se refere ao atendimento das necessidades informativas da gestão empresarial. A contabilidade operacionalizada na sua forma tradicional caiu de uma vez em descrédito no conceito dos diversos gestores das empresas.
Os contadores, notadamente aqueles ligados às atividades de pesquisa, têm estado muito conscientes das limitações da contabilidade e tecido uma série de críticas, notadamente à Contabilidade de Custos.
Os gestores das empresas também têm criticado, até publicamente em algumas situações, o estágio atual da contabilidade face às necessidades informativas de gestão. Observamos no entanto, que os gestores que criticam as informações contábeis, em grande número de situações não têm a coerência necessária para clarificar o seu modelo de decisão e caracterizar adequadamente as suas necessidades informativas.
As diversas mudanças que estão se processando a nível do ambiente externo e a nível do ambiente interno das empresas, simplesmente acelerou a percepção da realidade de que a contabilidade, na forma como tem sido implementada, não atende com relação às necessidades informativas de gestão empresarial.


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