A
qualidade tem se tornado numa das importantes ferramentas
competitivas no mercado brasileiro, que garante sucesso para as
empresas que ocupam espaço no mercado para conquistar e consolidar a
posição de liderança.
Algumas
melhorias provenientes das iniciativas da qualidade decorrem do
emprego de avançadas tecnologias de processo. Esta é uma das
práticas que, conforme Catelli & Guerreiro, chamam atenção,
tem constituído para o crescimento dos custos fixos e para a
preponderância destes custos no custo total (CATELLI e GUERREIRO
1997, 438). Não haveria problema algum nisto se não fosse o rateio
usado pela contabilidade tradicional para alocação dos custos fixos
aos produtos e serviços. Inúmeros artigos mostram que o rateio é
um artifício matemático que não assegura precisão na distribuição
dos custos fixos, distorce o resulta do correto da empresa e confunde
os gestores quanto ao real benefício proporcionados pelas
iniciativas de qualidade (CATELLI e GUERREIRO 1997, 562).
A melhor
medida de desempenho de uma empresa é a que considera tanto as
receitas como os custos. Pensando dessa forma autores como Rust ET AL
(RUST e al 1995) e Tatikonda & Tatikonda (TATIKONDA e TATIKONDA
1996) desenvolveram modelos de avaliação financeira das iniciativas
da qualidade, fundamentados no resultado financeiro ou no retorno
sobre investimentos (return on quality).
O
activity-based costs (ABC) emprega o mesmo método de rateio, de
forma mais sofisticada, é verdade, quando se utiliza de
direcionadores (cost drivers) para a identificação dos custos ás
atividades. Nem mesmo este aparato resolve o problema da
arbitrariedade do rateio dos custos fixos (CATELLI e GUERREIRO 1997,
563). O ABC está limitado por concentrar os aspectos de custos e se
esquece das receitas.
O que
agrega valor a uma empresa é o resultado. Entretanto, não é
qualquer resultado um indicador confiável para a eficácia das
iniciativas da qualidade. O resultado econômico é o resultado
correto. Neste caso, sistema de informação de gestão econômica,
GECON é adequado por:
-
Estar voltado para a mensuração dos resultados econômicos;
-
Entender que as atividades não geram somente custos, mas resultados (receitas menos custos);
-
Preconizar que os responsáveis pela eficácia da empresa são os responsáveis pelas atividades e pelas ações que geram resultados;
-
Fundamentar-se no recurso informação como importante matéria-prima para a tomada de decisões;
-
Acreditar que a informação deva estar num sistema compartilhado por todos os gestores da empresa;
-
Servir de instrumento de simulação de resultados a partir das alternativas disponíveis e de monitoramento do desempenho no momento em que as decisões forem tomadas;
-
Embasar-se na premissa de que o resultado global da empresa deva prevalecer ao resultado individual do gestor (a soma das partes é igual ao todo); e
-
Defender a aplicação de conceitos que resolvam as deficiências da contabilidade tradicional, dentre as quais o custo de oportunidade, o valor econômico (em vez do custo histórico) para a mensuração de ativos e o reconhecimento de ativos intangíveis (goodwill) quando forem criados.
Em
determinadas situações as iniciativas da qualidade são
estrategicamente vitais para continuidade dos negócios, sendo
necessário para que as empresas possam ajustar ás crescentes
mudanças, mantendo-se competitivas e mais lucrativas. O objetivo é
apresentar um modelo de gestão econômica aplicável á avaliação
das iniciativas de qualidade.
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