A moeda representa valor. A moeda é desejada:
não por ser moeda e sim pelos bens e serviços que se podem obter
com ela. A moeda é um ativo que pode ser utilizado de forma
tempestiva na aquisição de um bem ou um serviço. A moeda é uma
convenção social e enquanto as pessoas puderem utilizá-la para
suas despesas ela será aceita. Pleonasmo: a moeda é aceita porque é
aceita!
“A moeda é o moderno meio de troca e a
unidade-padrão na qual são expressos os preços e as dívidas. Ao
controlar o comportamento da moeda e do crédito, o governo, através
(sic) de seu Sistema da Reserva Federal, pode esperar influir
no equilíbrio das despesas com poupança e investimento, no nível
do PNB1
real e monetário, na taxa de inflação2
do nível de preços. Ao acelerar ou moderar o crescimento do meio
circulante3,
a Reserva Federal4
pode esperar elevar ou baixar as interseções de C + I +
G... Nisso reside a importância vital da teoria monetária.
Limitação do meio circulante é a condição
necessária para que o dinheiro tenha o seu valor. Se a sua
quantidade fosse ilimitada a ponto de torná-lo praticamente um bem
livre, haveria tanto dinheiro para se gastar que todos os preços,
salários e rendas sofreriam uma alta astronômica. Eis por que nunca
se concedem poderes constitucionais sobre o dinheiro e o sistema
bancário a grupos particulares, mas sempre se deixa esses poderes em
mãos do governo.”5
“Presidentes de Banco Central administram dinheiro, o fundamento da
economia capitalista. Que, entretanto, é um mito, isto é, um
símbolo de um símbolo que precisa parecer natural”.
Os clássicos queriam que o dinheiro fosse real,
representando uma determinada quantidade de ouro. Mas o ouro é outro
mito — vale porque vale. Mais tarde, as crises revelaram que o
dinheiro real era um mito. Hoje, dinheiro real e dinheiro mito foram
superados pela ideia de que o dinheiro tem valor estável quando há
“convergência de expectativas”… Mas expectativas são formadas
a partir de expectativas: eu sei que você sabe que eu sei.
É o novo mito que estabiliza o valor ao
dinheiro.” (João Sayad, 6/2/2006, no jornal Folha de S.Paulo,
página A2) Pensa-se que as primeiras moedas tenham aparecido na
Lídia (hoje Turquia) – no século VII antes de Cristo e teriam
sido cunhadas pelo rei Gyges – e também no Peloponeso, no sul da
Grécia, com o nome de elétron. O papel-moeda apareceu no
século IX, na China. Começou a ser utilizado na Europa no século
XVII.
Pela facilidade de transporte e manuseio
espalhou-se com rapidez e passou a substituir a moeda metálica,
(possibilitou também o aumento, muitas vezes indiscriminado, do meio
circulante). A moeda representa o dinheiro. A moeda só tem valor
pelos bens ou serviços que ela pode adquirir. A moeda substituiu o
escambo – permuta de bens por outros bens, sem haver a utilização
do dinheiro; com a moeda bens são trocados por moeda e a moeda
trocada por bens. A moeda é a expressão da liquidez.
-
Intermediária de trocas: superação da autossuficiência, superação do escambo, liberdade de escolha dos bens e serviços, diminuição do tempo de transações, facilidade no processo de produção: maior número de bens e maior quantidade, facilidade no processo de distribuição, divisão do trabalho, escolha de quais bens são preferíveis e em que quantidades, utilização melhor dos recursos escassos, racionalidade maior, competitividade maior, aumento da eficiência econômica.
Existem várias vantagens de uma economia
monetária sobre as antigas sociedades que praticavam as trocas
diretas:
1
Produção de bens e serviços de uma nação, num determinado
intervalo de tempo.
2
Inflação: alta generalizada dos preços.
3
Moeda em circulação e depósitos bancários.
4
Federal Reserve System: são as organizações que formam o
sistema bancário central americano.
5
Paul A. Samuelson – prêmio Nobel de economia – em seu livro
“Introdução à análise econômica”, Livraria AGIR Editora.
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