O desafio
da sobrevivência, no mercado globalizado e cada vez mais
competitivo, faz emergir novas técnicas de gestão. Essas novas
técnicas gerenciais buscam manter as organizações competitivas em
um cenário de constante mudança, desenvolvendo sistemas
administrativos ágeis e suficientemente fortes para os padrões
estabelecidos nessa nova formação econômica da sociedade.
Entre os
modelos gerenciais, a GQT destaca-se em função de buscar o
gerenciamento do crescimento do ser humano, o desenvolvimento
tecnológico, assim como racionalizar os métodos de produção.
Embora o
Gerenciamento pela Qualidade Total tenha sido criado nos Estados
Unidos, foi no Japão que encontrou as condições propícias para o
seu desenvolvimento e aperfeiçoamento.
Conforme
Ishikawa, a preocupação japonesa com a qualidade dos produtos
surgiu após a Segunda Guerra Mundial (ISHIKAWA 2001). Naquela época,
os produtos japoneses eram considerados de inferior qualidade. As
mudanças no padrão de qualidade foram comandadas pelos
norte-americanos, que ocuparam o país num movimento de
'reconstrução' econômica e desmobilização da máquina de guerra.
A GQT firmou-se a partir da década de 80 do século recém-findado,
como alternativo às novas demandas de um mercado consumidor mais
exigente e com maiores opções de compra.
O foco
passou a ser uma maior integração de todas as etapas do processo,
desde o planejamento, até a execução final. Assim, passou a haver
uma ênfase maior na dimensão humana, principalmente quanto ao
envolvimento e participação mais intensa dos empregados no processo
produtivo (VIEIRA 1996). Por ser uma abordagem gerencial, a Qualidade
Total é regida por uma série de princípios básicos.
Para
Campos, esses princípios só são atingidos através de métodos e
procedimentos concretos, que as pessoas utilizam através de educação
e treinamento contínuos. Em linhas gerais, o autor relaciona-os da
seguinte forma: produzir e fornecer produtos e/ou serviços que
atendam concretamente às necessidades do cliente; garantir a
sobrevivência da empresa através do lucro contínuo adquirido pelo
domínio da Qualidade; identificar o problema mais crítico e
solucioná-lo pela mais alta prioridade; falar, raciocinar e decidir
com dados e com base em fatos; gerenciar a empresa ao longo do
processo e não por resultados; reduzir metodicamente as dispersões
através do isolamento de suas causas fundamentais; o cliente é o
rei; procurar prevenir a origem de problemas cada vez mais a
montante; nunca permitir que o mesmo problema se repita pela mesma
causa; respeitar os empregados como seres humanos independentes;
definir e garantir a execução da visão e a estratégia da alta
direção da empresa.
O conceito
de Qualidade foi, primeiramente, associado à definição de
conformidade às especificações. Posteriormente, o conceito evoluiu
para a visão de satisfação do cliente. Obviamente, a satisfação
do cliente não é resultado apenas e tão somente do grau de
conformidade com as especificações técnicas, mas também de
fatores como prazo e pontualidade de entrega, condições de
pagamento, atendimento pré e pós-venda, flexibilidade, entre
outros.
Paralelamente
a essa evolução do conceito de Qualidade, surgiu à visão de que o
mesmo era fundamental no posicionamento estratégico da empresa
perante o mercado. Pouco tempo depois, percebeu-se que o planejamento
estratégico da empresa enfatizando a qualidade não era suficiente
para seu sucesso. O conceito de satisfação do cliente foi, então,
ampliado para outras entidades envolvidas com as atividades da
empresa. O termo Qualidade Total passou a representar a busca da
satisfação, não só do cliente, mas de todas as entidades
significativas na existência da empresa e também da excelência da
gestão da empresa.
A
qualidade é definida como conformidades aos requisitos traduzidos em
projeto especificações de produtos e serviços. (Crosby, 1979, PP
15). Podemos definir qualidade analisando as expectativas dos
clientes como as diferenças entre as percepções de qualidade dos
gestores vis-à-vis as expectativas dos clientes de companhia aéreas
(KLOPPENBORG e GOURDIN 1993). A desatenção da Eastman Cristensen
com as embalagens de seus produtos.
Para
GECON, não importa a questão do conceito único de qualidade. A
satisfação do cliente intervém na formulação da missão e no
modelo de gestão da empresa.
O conceito
do valor percebido agrega-se em valor é preço baixo; valor é a
qualidade que se obtém pelo preço que se paga; e valor é o que se
obtém pelo que se dá. O que está recebendo (dinheiro, tempo,
esforço, dentre outros) variam de cliente para cliente. A qualidade
percebida pode ser função do desempenho das funções básicas como
confiabilidade, durabilidade, conformidade, entre outros. O valor e a
qualidade são conceitos diferentes.
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