Geralmente
quando procuramos trabalhos acadêmicos na internet os encontramos no
formato de arquivos permanentes contra edição, o PDF. Isso faz com
que o arquivo original mantenha suas características e impede cópias
idênticas por terceiros, sem é claro que contemos com o recurso de
salvar com outro nome. Mas no geral, quando precisamos mandar um
arquivo para um terceiro salvamos o nosso arquivo original num
formato PDF e o enviamos. Isso faz com que o recebedor receba o
documento com as mesmas formatações que nós criamos. O LibreOffice
nos permite salvar o documento em PDF há muito tempo, ao passo que o
Microsoft Office, da Microsoft, só ganhou esse recurso como nativo a
partir da versão 2010. Quando eu usava as versões 2002, 2003 e
2007, por exemplo, precisava baixar complementos na internet para
executar tal conversão.
Os
textos aqui presente são uma adaptação ao material elaborado por
Klaibson Natal Ribeiro Borges1
para a edição de número 04, de abril de 2013 da LibreOffice
Magazine, revista da comunidade do programa livre que dá nome à
revista.
Nativamente
o LibreOffice já vinha com a função de salvamento e exportação
para PDF desde quando era OpenOffice.org e depois BrOffice.org. Basta
clicar em Arquivo > Exportar como PDF.
Nativamente,
o LibreOffice também tema a capacidade de editar arquivos em PDF. Ou
seja, o software permite ao usuário abrir um arquivo deste tipo no
próprio LibreOffice para fazer alterações, mesmo que este possua
senha. Certa vez no trabalho precisavam abrir um arquivo em PDF de
uma convenção coletiva. Beleza: abriu normalmente. Então foram
salvar o arquivo (que era baixado na internet) no computador.
Conseguiram também, como com qualquer outro arquivo. Então foram
imprimir o documento. E aí começaram os problemas: todas opções
de edição e impressão estavam bloqueadas por senha. Logo, não
dava para imprimir o PDF e nem selecionar o texto para copiar e colar
num Word, por exemplo. E a coisa estava tão feia que mesmo salvando
o arquivo com outro nome não adiantava.
Foi
aí que entrei com duas soluções. Primeiramente carreguei minha
máquina virtual com o Linux Mint e abri o arquivo no sistema
virtualizado usando o leitor de PDF nativo daquela distribuição.
Verifiquei se seria possível selecionar o texto ou mandar imprimir,
mas não obtive êxito. É, a senha do arquivo era mesmo forte.
Mas
não desisti e parti para o segundo método: LibreOffice. Ora pois,
se um leitor em PDF não pode quebrar a senha, que tal quebrar toda a
proteção do arquivo original abrindo-o com o LibreOffice Draw? Eu
sabia que pelo Draw dava para abrir qualquer arquivo em PDF para
edição, então teoricamente funcionaria. E funcionou! Consegui
abrir o arquivo no LibreOffice Draw e na sequência recorri à função
de salvar em PDF. Disso abriu-se uma nova janela para salvar o
arquivo em formato de PDF. Dei outro nome e salvei. Depois selecionei
todas as páginas e em Arquivos > Exportar mandei exportar o
documento como PDF. Dei outro nome e para minha felicidade, os dois
arquivos gerados permitiam edição (cópia de texto) e impressão,
sem aquela senha chata.
E
com isso o LibreOffice salvou (no sentido da informática) o
departamento. É claro que eu poderia ter testado o LibreOffice no
próprio Windows, mas acontece que o programa não estava instalado
na máquina. Pelo menos pude mostrar o poder do software livre – se
bem que o Word 2016 também consegue abrir arquivos em PDF, mas vejam
só: versão 2016 e só para lembrar, um Microsoft Office 2016 para
uso corporativo não sai por menos de R$ 1.100,00. Um LibreOffice é
totalmente gratuito.
No
entanto, temos o outro lado da moeda. Para começar vamos à
comparação que fiz a seguir, demonstrando um arquivo em PDF aberto
no leitor de PDF e num leitor do LibreOffice (no caso, o Draw):
Na
imagem acima temos o mesmo arquivo de documento só que aberto em
dois aplicativos simultaneamente: o leitor de PDF Evince (padrão dos
ambientes Gnome) e o LibreOffice Draw, que como sabemos, é o
programa do LibreOffice feito para criar desenhos vetoriais. Podemos
ver que na imagem à esquerda o texto está alinhado como
Justificado; no programa da direita está alinhado à esquerda. E
mais, podemos ver que cada linha representa uma espécie de caixa de
texto. Ou seja, mesmo que selecionássemos todo o texto do Draw, este
iria em linhas separadas no Writer, assim como se copiássemos
diretamente do PDF para o nosso editor de textos do LibreOffice.
E
por esta razão, algumas pessoas reclamam quando geram o arquivo em
PDF e depois, ao reeditá-lo, é aberto no LibreOffice Draw“, o
qual, segundo elas, apresenta alguma dificuldade para edição. Fato
comprovado em nosso teste.
Então
o que fazer, caso tenhamos feito um arquivo em formato livre e
precisemos mandar para alguém que não tenha o programa e exija o
recebimento em PDF? Podemos simplesmente gerar o arquivo com o botão
salvar em PDF (que fica do lado direto da impressora) e torcer que
nunca precisemos editar o arquivo ou, já exportar em um formato de
PDF híbrido.
A
resposta só pode ser uma, até porque é bem simples voltar a editar
um arquivo PDF criado no LibreOffice. Para começar, ao criar ou
terminar a edição de um documento no editor de textos Writer
partimos para salvar o arquivo, mas não da forma convencional (ou da
forma convencional mesmo, caso precise do arquivo original armazenado
na máquina). Como já havia dito, basta clicar em Arquivo >
Exportar como PDF.
Na
janela que se abrirá devemos marcar as opções de Compressão
sem perdas, incorporar arquivo do OpenDocument (que é a
parte principal), criar formulário PDF, exportar
marcadores e incorporar fontes padrão. Ou em inglês,
caso o seu LibreOffice não esteja traduzido para o idioma português,
temos o apresentado na figura a seguir:
E
voltando ao Português, resumindo, marcamos a na janela de exportação
em PDF, na opção Geral, a opção Incorporar arquivo OpenDocument –
Torna este PDF facilmente editável no LibreOffice., além das outras
opções para torná-lo um arquivo com níveis de títulos, sumário,
ou seja, mantenha toda a sua integridade do arquivo original. E só
para testar, gerei um arquivo em PDF do texto aqui presente (que além
de postagem do Blog, serve para conteúdo do meu livro).
É
só dar uma olhadinha na parte de cima e veremos o que lá está
escrito: após o nome do arquivo consta o ponto (.), que separa o
nome à extensão do tipo, e posteriormente as letras pdf. E
depois ainda o nome do programa que está com o arquivo aberto: o
LibreOffice Writer.
Agora,
tudo ficará mais fácil, quando precisar editar um arquivo gerado
com a extensão PDF no LibreOffice.
1KLAIBSON
NATAL RIBEIRO BORGES conforme sua apresentação na revista
LibreOffice Magazine é Graduado em Administração de Empresas.
Pós-graduando em Gerência de Projetos de TI. Professor do Senai/SC
nos cursos de Aprendizagem Industrial e Cursos Técnicos. Instrutor
de Informática e de rotinas administrativas em escolas
profissionalizantes entre 2004 a 2009. Articulista das revistas
LibreOffice Magazine e Espirito Livre. Autor do eBook LibreOffice
Para Leigos. Blog: www.libreofficeparaleigos.com.
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