Quando eu
estava cursando o quarto semestre da Graduação em Ciências
Contábeis da Universidade de Mogi das Cruzes tive uma disciplina
chamada Auditoria dos Sistemas Computadorizados. Pelo nome era de se
esperar que os alunos fossem desafiados a analisar o funcionamento
de algum sistema computadorizado para poder detectar suas fraquezas e
que poderiam contribuir para a existência de erros ou fraudes. Não
foi nada disso. O objetivo da disciplina era mostrar aos alunos o
básico do funcionamento do Microsoft Office Access, um motor de
banco de dados.
No
decorrer do semestre aprendemos seus fundamentos, que iam desde a
criação de tabelas até a finalização dos relatórios. No entanto
não vimos funções mais avançadas ou mesmo o uso de fórmulas para
poder obter informações com o cruzamento de dados de fontes
diferentes.
Mas não
pudemos nos queixar, uma vez que serviu para entender pelo menos como
funciona a lógica de um banco de dados, que consiste em se agrupar
dados conforme o seu tipo de informação. Por exemplo, a tabela de
dados de clientes tem a estrutura para se alocar os grupos de
informações que são relativas ao cadastro de clientes, como por
exemplo nome, endereço, telefone.
É claro
que não vimos o foco da disciplina, mas aprendemos um pouco de como
funciona um banco de dados. Mas apenas como funciona um banco de
dados da Microsoft que por acaso, é um software proprietário e bem
caro, se comparado ás alternativas gratuitas disponíveis no
mercado.
Por esta
razão me pareceu de bom proveito montar um programa em outro
programa de banco de dados, a saber, o LibreOffice Base. No entanto,
como abemos que é sempre bom nos apoiar nos trabalhos daqueles que
sabem mais do que nós, resolvi em vez de criar um passo a passo na
montagem de um programa com o Base, testar o tutorial de uma pessoa
que o usa, e de preferência, de uma versão mais antiga, para ver se
não haveria quebra de funcionalidades. Por esta razão, os textos
que mostrarei não são meus, mas de Ronaldo Ramos Júnior1,
escritos para a Revista LibreOffice Magazine, na edição número 14,
de dezembro de 2014.
Então sem
mais delongas, vamos ao tutorial dele com algumas observações
minhas e assim mostrar as funcionalidades do LibreOffice Base em uso
prático para a criação de um banco de dados para controle de
estoques.
Introdução
Nesta
primeira parte mostraremos a construção do banco de dados. Vale
destacar que a intenção deste tutorial, além de ajudar o usuário
a construir uma ferramenta para controle de estoque, é também a de
orientar em como utilizar as ferramentas básicas do LibreOffice Base
para a construção de um banco de dados eficiente e gratuito, livre
de qualquer licença de uma empresa proprietária. Assim, a proposta
além do aprendizado é o desenvolvimento da técnica do trabalho, o
que permitirá a qualquer um a desenvolver o seu próprio banco de
dados, conforme suas necessidades e sem ter que pedir permissões.
O assunto
será dividido em 2 partes ou mais partes, conforme o tamanho do
tutorial.
Dentre as
ferramentas objetiva-se a Criar mais para os produtos,
armazenar clientes fornecedores, etc; e sobre tabela; Criar
consultas informações nossos dados, como informações sobre
informações determinado registro em outra tabelas; Relacionar
essas tabelas, ou seja, dizer para o banco que temos mais
informações sobre determinado registro ou tabela; Criar
consultas para se extrair informações relevantes; Criar um
relatório para o inventário de produtos, o que servirá como
controle final e; Criar formulários para se trabalhar de
maneira intuitiva.
O objetivo
não é o de apresentar fórmulas complexas, muit pelo contrário.
Destina-se a mostrar para pessoas leigas em LibreOffice Base que dá
sim para criar um programa funcional sem grandes complicações,
basta seguir o tutorial.
Embora
tenha uma aparência menos amigável e ainda não disponha de certos
recurso que dispõe o Microsoft Access (e que deixam o trabalho mais
intuitivo) o LibreOffice Base ainda é excelente ao oferecer
ferramentas simples, porém poderosas e que tragam resultados
surpreendentes para aqueles que se aventuram a desmistificar esse
mundo da armazenagem de dados.
Criando o banco de Dados
Independentemente
de qual seja a versão do seu LibreOffice ou até mesmo do sistema
operacional da sua máquina (podendo dar problema apenas caso não
tenha uma versão Java na máquina ou um JDK) existem apenas três
passos para se criar o banco de dados que vamos utilizar no decorrer
do tutorial. E cabe aqui uma observação: qualquer um que já tenha
trabalhado e conheça o mínimo do MS Accsess vai saber pelo menos
criar um banco de dados no Base, formar algumas tabelas, formulários
e relatórios, pois os caminhos são praticamente os mesmos.
Para
começar, abra o LibreOffice Base e na caixa de dialogo Assistente de
banco de dados que aparecerá você selecionará a opção Criar
um novo banco de dados > Banco de dados incorporado > HSQLDB
incorporado.
Após essa
fase clique em Próximo (parece instalação de programas no Windows)
para continuar. Já na tela seguinte marque as opções a seguir
destacadas:
● Sim,
registre o banco de dados para mim e, (pois diferentemente dos outros
programas LibreOffice, em que primeiro montamos o documento, editamos
tudo e só no final é que o salvamos, aqui salvamos primeiro dando
um nome e uma localização, de forma semelhante ao MS Access).
● Abrir
o banco de dados para edição. Clique em Concluir. (com isso podemos
de fato trabalhar com o banco de dados).
O registro
é necessário para efeitos de localização e organização dos
dados e a segunda opção permite que o banco seja aberto para edição
assim que for salvo.
● Coloque
o nome do banco como estoque e salve numa pasta de fácil localização
e com isso já teremos o arquivo em nosso computador, pronto para
receber nosso banco de dados.
É muito
difícil que algo dê errado aqui e ao terminar, o LibreOffice Base
vai abrir um banco novo para que
seja possível criar as tabelas e manipular os dados de acordo com as
nossas necessidades.
1Ronaldo
Ramos Júnior - Tecnólogo em Informática para Negócios e pós
graduando em Engenharia de Sistemas. Trabalha há mais de dez anos
como instrutor na modalidade "in company" e recentemente
como desenvolvedor com foco em e-commerce.
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