O
objetivo da Análise de índices para o profissional e demais
usuários da contabilidade é o de apurar, gerar e apresentar
informações úteis a tomada de decisões tomando como base as
relações existentes entre os diferentes grupos de contas dos
relatórios contábeis.
Dessa
forma, o norte para que essas decisões sejam tomadas são,
justamente, a padronização e o armazenamento adequados dos dados e
das informações que fornecerão ao gestor a coerência e o
fundamento para suas escolhas Nesse contexto, a função do contador
é, basicamente, produzir informações úteis aos usuários da
contabilidade para a tomada de decisões [TAKATORI, 2014].
Neste
capítulo serão abordados os seguintes conteúdos:
-
Objetivos da análise de balanços;
-
Panorama das técnicas de análise;
-
Usos e usuários da análise de balanços;
-
Estrutura das demonstrações financeiras;
-
Padronização das demonstrações financeiras;
-
Análise através de índices e;
-
Elaboração de relatório de análise.
Desenvolver
com os alunos conhecimentos necessários para as seguintes
competências:
-
Evidenciar a utilidade da análise da situação econômico‐financeira das empresas como instrumento de tomada de decisões;
-
Focalizar a análise das demonstrações contábeis considerando as diversas hipóteses, para que o analista financeiro forme juízo sobre o controle de gestão, os financiamentos, a valorização da empresa e o saneamento financeiro;
-
Desenvolver e analisar, com o aluno, instrumental teórico e prático em análise dos demonstrativos contábeis, visando gerar informações para a tomada de decisões empresariais e comparação os com os mesmos segmentos dos vários agentes econômicos;
-
Capacitar os estudantes a elaborar e interpretar as demonstrações contábeis com rigor técnico e imprimir um sentido gerencial à análise, extraindo informações úteis e relevantes para o processo decisório das organizações.
Mas
ainda sim, por que não escolher as empresas sociedades anônimas de
capital fechado para o estudo e a análise de balanços? Ocorre que
as sociedades de capital fechado, apesar de serem submetidas a
auditorias independentes, seguem outra legislação de fiscalização
e auditoria.
Cada
empresa deve saber como está trabalhando com suas atividades e as
ações dos concorrentes diretos e do resto do mercado. Deve saber
como se comportar para poder chegar ao seu lucro. Por exemplo, se a
empresa planeja chegar ao lucro vendendo agasalhos deve fazê-lo
antes da chegada do verão.
É
preciso ter em mente que estamos em fase de transição e de que os
produtos que hoje são aceitos no mercado poderão sofrer os efeitos
de novos e mais modernos e melhores bens em muito pouco tempo. As
fotografias antes, por exemplo, surgiam com a revelação de filmes,
produzidos geralmente pela Kodak ou Fugi.
Na
atualidade, as câmeras são digitais e as fotos são instantâneas,
o que dispensa o uso de filmes. Mas e daqui a dez ou vinte anos, como
as máquinas de tirar fotografias serão? O que as empresas devem
fazer para continuarem no mercado?
A
resposta é não apenas investir no que no presente momento é dito
como sucesso, mas também, no que pode vir a se tornar tendência no
futuro próximo. Há a profunda necessidade de avaliar o mercado e
descobrir as suas tendências.
E
ate mesmo os bancos e demais instituições financeiras deverão ter
que se adequar às modernidades. Um grande concorrente do banco hoje
em dia são os representantes bancários, como casas lotéricas e
estabelecimentos comerciais, que fornecem abertura de conta-corrente,
empréstimos e outros benefícios em locais aonde os bancos não vão.
Trabalham com os bancos, mas, se um dia estes concorrentes diretos
preferirem trabalhar sozinhos, os bancos terão que se adequar ou
perderão espaço.
Com
relação às instituições financeiras temos que há diversas
razões ou objetivos específicos também levam os usuários das
demonstrações contábeis a se debruçarem sobre eles para avaliar a
situação da empresa. Veja a seguir uma série de razões [TAKATORI, 2014]:
-
Liberação de crédito;
-
Investimento de capital;
-
Fusão de empresas;
-
Incorporação de empresas;
-
Rentabilidade ou retorno;
-
Saneamento financeiro;
-
Perspectiva da empresa;
-
Fiscalização ou controle;
-
Relatórios administrativos.
São
estas as demonstrações (obrigatórias) publicadas pelas empresas
que tem ações cotadas em bolsas de valores:
-
Relatório da Administração;
-
Balanço Patrimonial;
-
Demonstração do Resultado do Exercício;
-
Notas Explicativas;
-
Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos;
-
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
-
Parecer dos Auditores Independentes.
Para
comprovar tal coleção de relatórios, a legislação vigente, Lei
no 6.404/76 devidamente complementada com as Leis no 11.638/07 e no
11.941/09, e com os pareceres do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
– CPC, portarias dos órgãos fiscalizadores, Comissão de Valores
Mobiliários CVM, Banco Central – BACEN, Conselho Federal de
Contabilidade – CFC e outras entidades que definiram essa
estrutura, definem os seguintes relatórios ou demonstrativos para as
empresas sociedades anônimas [TAKATORI, 2014]:
-
Relatório da administração;
-
Balanço Patrimonial – BP;
-
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE;
-
Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido – DMPL;
-
Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC;
-
Demonstração do Valor Agregado – DVA;
-
Notas explicativas;
-
Parecer da auditoria independente;
-
Parecer do conselho fiscal.
E
aí entra em cena a análise de balanços. O objetivo da análise das
demonstrações contábeis é de extrair informações das
demonstrações financeiras pra a tomada de decisões. Temos que:
O
objetivo da avaliação das demonstrações contábeis envolve a
indicação de informações numéricas, preferencialmente de dois ou
mais períodos regulares, de modo a auxiliar ou instrumentalizar
gestores, acionistas, clientes, fornecedores, instituições
financeiras, governo, investidores e outras pessoas interessadas em
conhecer a situação da empresa ou em tomar decisão [TAKATORI, 2014].
E
quais são as demonstrações financeiras mesmo? Algumas empresas,
opcionalmente, publicam a Demonstração de Fluxo de Caixa sem serem
obrigadas, além também da Demonstração de Valor Adicionado –
DVA. Vejamos estas demonstrações:
Antes
de prosseguirmos, vamos trabalhar um pouco sobre um dos
demonstrativos da listagem acima: a Demonstração de Fluxo de Caxa,
que anteriormente não constava no rol de demonstrativos
obrigatórios.
O
objetivo da DFC é prover informações relevantes sobre o fluxo
financeiro de uma empresa, ocorridos durante um determinado período,
que avaliam [TAKATORI, 2014]:
-
A capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa;
-
A capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos;
-
A liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa;
-
A taxa de conversão de lucro em caixa;
-
A performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos;
-
O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;
-
Os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimentos e de financiamentos.
Esse
demonstrativo tem obrigatoriedade a partir de 1o de janeiro de 2008,
por força da Lei 11.638/2007 que inclui esse relatório na Lei
6.404/76, e dessa forma torna‐se mais um importante relatório para
a tomada de decisões gerenciais.
Art.
188. As demonstrações referidas nos incisos IV – demonstração
dos fluxos de caixa e V‐ demonstração do valor adicionado. Do
caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo:
I
– demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas,
durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa,
segregando‐se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:
-
Das operações;
-
Dos financiamentos; e
-
Dos investimentos (BRASIL, Art. 188, Lei 11.638, 2007).
A
seguir apresentamos a estrutura da DFC pelo método direto:
A
postagem vai ficando por aqui. Não deixe de acompanhar a de amanhã e seguintes.
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