Hoje, em nossa série de postagens sobre Análise de Balanços apresentaremos nesta alguns aspectos sobre o fundamento da análise quanto à busca de informações. Confiram.
Busca de informação junta ás empresas
Podemos
entender, assim, que a coleta de dados é importante para a análise,
porém, por si só não leva o usuário das informações às
decisões. Após os cálculos, é necessário que sejam descobertas
as causas que influenciaram a formação de tais números; caso
contrário, não será possível chegar a qualquer tomada de decisão
(1).
Mais
uma vez, é importante ressaltar que a isenção do analista
financeiro é imprescindível para uma análise, pois serão os
resultados e as causas dos indicadores que darão ao usuário das
informações a segurança para uma tomada e decisão, e não a
opinião pessoal do analista.
Podemos,
mais uma vez, afirmar que o trabalho do analista de balanço se
inicia com o término do processo contábil, ou seja, a partir das
demonstrações contábeis. Para fins de ilustração, seguem dois
esquemas (1):
1. processo
contábil;
2. análise
de balanço.
A
figura a seguir apresenta a estrutura da análise de balanço
proposto por Takatori (2014):
O
conjunto dos demonstrativos financeiros vistos na seção anterior
traz elementos (informações) para a tomada de decisão. Um exemplo
de decisão tomada com base nos demonstrativos contábeis é a
escolha de fornecedor. Uma empresa precisa de um fornecedor de
mercadoria que seja de confiança e para saber se o seu candidato tem
capacidade de suprir as suas necessidades, observa o porte por meio
de seus demonstrativos contábeis, relativos ao estoque e à
produção. Uma grande montadora de automóveis como a Ford precisa
saber se as concessionárias têm toda a estrutura e funcionários
qualificados e equipados para atender as suas necessidades e
clientes.
Quanto
aos demonstrativos cabe considerar que:
Entre
as demonstrações contábeis exigidas pela atual Lei Contábil –
Lei no 11.638/07 – o balanço patrimonial, a demonstração do
resultado do exercício, a demonstração da mutação do patrimônio
líquido, a demonstração do fluxo de caixa, a demonstração do
valor adicionado e as notas explicativas elencaram as duas primeiras
leis, ou seja, o balanço patrimonial e a demonstração de resultado
do exercício, além de se completarem, são a base para elaboração
das demais. As demonstrações contábeis são um conjunto de
relatórios ou demonstrativos que fornece aos usuários informações
contábeis de uma entidade econômica (1).
Da
mesma forma, os investidores procuram nas demonstrações contábeis,
obrigatórias e gerenciais, as informações que precisam para saber
se valem à pena ou não colocar dinheiro próprio numa empresa.
Podemos entender que:
Diversos
são os usuários das informações contábeis; dentre eles,
destacamos: os proprietários da empresa, seus fornecedores, os
clientes, as instituições financeiras, os investidores, os
empregados, o Poder Público, enfim, a sociedade como um todo, por
ter a empresa como principal fonte de geração de empregos e
tributos. E assim, cada um desses usuários terá uma finalidade
específica em conhecer o desempenho da empresa em determinado
momento. Por exemplo: os proprietários precisam saber se o capital
investido por eles nesse empreendimento chamado empresa está gerando
o retorno esperado; já os fornecedores preocupam‐se em receber
pelos bens vendidos; por sua vez, a preocupação do Poder Público
está na arrecadação de tributos (1).
Com
os indicadores propostos o investidor, ou qualquer outro interessado,
tem como saber a situação econômica de uma empresa de grande
porte, sem precisar ir até a organização e solicitar documentos.
Da mesma forma que nos entes públicos, as grandes sociedades de
capital aberto precisam divulgar suas contas a todos os stakeholders,
seja por jornal de grande circulação ou pela interne, em sua web
sites, bem como nos meios de comunicação das agências
reguladoras – como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – e
nas bolsas de valores, por exemplo, a IBovespa.
Durante
o curso de graduação em Ciências Contábeis concluído em 2008 na
UMC, na disciplina de Análise de Balanços foi solicitado um
trabalha que objetivava a utilização dos índices em comparações
entre diferentes empresas e períodos.
Buscando
na literatura acerca da utilização desta disciplina temos que:
A
disciplina Análise de Balanços tem como objetivo principal, a
partir da apuração dos diversos indicadores, transmitir aos
usuários desde as informações contábeis à saúde financeira de
determinada empresa (1).
Mas
mais uma vez, apenas para relembrar: por que empresas de capital
aberto? Em primeiro lugar, por que são obrigadas a apresentar
demonstrativos contábeis padronizados, além da Demonstração de
Fluxo de Caixa – DFC – que antes da nova lei das S.A’s era
opcional e a do Valor Adicionado, que algumas empresas divulgam para
melhorar sua imagem.
Toda
sociedade de capital aberto é obrigada a manter o seu acionista
sempre atualizado e informado em cada trimestre. Deve apresentar tudo
o que fez com o dinheiro do acionista em valor da empresa, dizendo
onde investiram, quais taxas utilizou, quanto de retorno propiciou.
Quando
se aplica dinheiro em um banco este é obrigado a emitir um extrato
ao aplicador. E qual é a razão disso? É mostrar para o investidor,
acionista ou poupador os resultados obtidos, em 31/03/x0, depois em
30/06/x0, e mais a seguir em 30/09/x0 e por fim, em 31/12/x0. Aliás:
Tomando‐se
como pressuposto, podemos afirmar que a análise financeira torna‐se
imprescindível à tomada de decisões, independentemente de seu
usuário, pois ocorre a partir da elaboração das demonstrações
contábeis, ou seja, após o registro de todos os fatos financeiros
ocorridos na empresa em determinado período (1).
Bibliografia
1: TAKATORI,
Ricardo Sussumo, Análise de Balanços, 2014
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