Muitas
pessoas que se recusam a usar o LibreOffice muitas vezes o fazem
porque desconhecem funções do software que poderia em muito
facilitar o trabalho no dia a dia. Preferem usar a suíte paga da
Microsoft sem conhecer todos os recursos do concorrente livre e ainda
dizem que fizeram a melhor escolha. Para tanto, apresentamos aqui
algumas funções do LibreOffice, se bem que são é mais dicas
simples do que grandes macetes, mas que realmente funcionam e
auxiliam bastante em nossas tarefas.
Para
começar, o texto a seguir é uma adaptação ao publicado na Revista
LibreOffice Magazine, em sua edição n° 3 de fevereiro de 2013 e
elaborado por Júlio Neves1.
O que faremos aqui é comentar a primeira dica, até porque a versão
usada no artigo original é bem mais antigo que a nossa, que é
atual.
Fontes
livres
É
comum que ao criarmos um documento no Word ou uma planilha no Excel
(no Windows) o façamos com as fontes típicas do sistema (Times
New Roman e Arial)
e que num momento em que precisamos abrir esses arquivos no
LibreOffice Writer ou Calc no mesmo sistema ou numa distribuição
Linux acabemos por ter a infeliz notícia de que algumas formatações
foram perdidas. A figura a
seguir apresenta um documento de texto feito no WPS Office, que
mantém muito bem a formatação de arquivos feitos na suíte da
Microsoft – até melhor que o LibreOffice – e nela podemos ver a
utilização das mais conhecidas fontes: o Times New Roma e a Arial,
ambas em tamanho 12.
Resolvemos
usar essas fontes porque geralmente são as que as universidades
exigem na formatação de TCC, monografias, teses e dissertações (o
que como sabemos, vai contra a própria ABNT, que não faz essa
determinação e ao nosso padrão ISO de tipografia).
Agora
copiando a tabela para o nosso texto em questão e mantendo a mesma
fonte temos:
Nome
da Fonte
|
Texto
para exemplo
|
Times New
Roman
|
Esse aqui é
um texto que utiliza a fonte proprietária Times New Roman,
tamanho 12 e com estilo normal
|
Arial
|
Esse aqui é um
texto que utiliza a fonte proprietária Times New Roman, tamanho
12 e com estilo normal
|
Vemos
aqui que os textos são iguais e as formatações também. Usei os
mesmos tamanhos e a tabela só ficou diferente porque a página do
WPS estava com outro tamanho de margem. Mas agora vamos fazer a mesma
tabela só que com fontes livres e equiparadas às usadas
anteriormente. Ou seja, usaremos as da família Liberation, sendo a
Liberation Serif para onde era Times New Roman e Liberation Sans para
onde era Arial. E o resultado é este:
Nome
da Fonte
|
Texto
para exemplo
|
Times New
Roman
|
Esse aqui
é um texto que utiliza a fonte proprietária Times New Roman,
tamanho 12 e com estilo normal
|
Arial
|
Esse
aqui é um texto que utiliza a fonte proprietária Times New
Roman, tamanho 12 e com estilo normal
|
Como
podemos provar, as fontes embora sejam diferentes são iguais. Assim
temos que nesse caso as formatações não foram perdidas. No
entanto, é claro que isso ocorre porque meu LibreOffice tem estas
fontes instaladas nele. Ou seja, isso não aconteceria se
estivéssemos abrindo um arquivo do Word num Writer num computador
sem as benditas fontes. O Writer tentaria manter a formatação e
usaria fontes parecidas – que poderiam ser as do grupo Liberation –
mas em caso negativo, perderíamos as nossas formatações.
E
agora só para provar que até num Word as coisas seriam as mesas,
mesmo mudando as fontes, apresentamos a foto do texto no WPS Office
Writer:
Como
está claro na figura, não há o que discutir: as fontes são
iguais, só muda mesmo que uma é libre e outra é fechada. E da
mesma forma poderíamos substituir a MS Sans Serif por Open Sans, a
Courier por Nimbus Mono L e Courier New por Liberation Mono.
Dê
sempre preferência ao uso das fontes livres e True Types (porque têm
correspondentes livres) às proprietárias, quando estas últimas
forem as mais triviais (como Arial, Courier e Courier New), mas que
por estarem sob patentes, cada ambiente adapta-as ao modelo livre
mais próximo – não idêntico – o que torna um dos motivos à
quebra de formatação.
1JULIO
NEVES – conforme a sua apresentação na Revista LibreOffice
Magazine, “O 4o UNIX do mundo nasceu na Cidade Maravilhosa, mais
precisamente na Cobra Computadores, onde à época trabalhava o
Júlio. Foi paixão à 1a vista! Desde então, (1980) atua nessa
área como especialista em Sistemas Operacionais e linguagens de
programação. E foi por essa afinidade que quando surgiu o Linux
foi um dos primeiros a estudá-lo com profundidade e adotá-lo como
Sistema Operacional e filosofia de vida.
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