O
LibreOffice não cansa de nos surpreender com seus recursos. Ao ler
algumas dicas da Revista LibreOffice Magazine encontrei duas dicas
que eu não conhecia e são bem úteis, principalmente a segunda. Na
edição de número 02, de dezembro de 2012 encontrei dicas de
inserção de fórmulas em tabelas do Writer (é, o editor de texto,
não a planilha) e como criar uma formatação automática para um
quadro ou tabela. Não lembro se o Microsoft Word tem essa função e
pessoalmente, nem me importo, pois afinal de contas, não uso a suíte
da bilionária norte-americana. Bem, então caso você leia a revista
que usei na fonte, fique sabendo que o que fiz aqui é apenas
compartilhar o conteúdo. Montei minhas tabelas e testei as
funcionalidades para testar, até porque a versão do tutorial deles
era mais antiga que a minha.
Para
começar, vamos mostrar que dá para inserir fórmulas numa tabela.
Vamos supor para tanto um preenchimento das lacunas no quadro a
seguir:
Descrição
|
Valor
|
Quantidades
|
Valor
total
|
Computador
de mesa
|
R$
1.100,00
|
10
|
0
|
Impressora
|
R$
120,00
|
2
|
|
Totais
|
|
|
|
Numa
planilha eletrônica (que logicamente é muito superior que usar
fórmulas simples no Writer) seria fácil preenchermos as células
vazias da coluna de total com
=célula_que_tem_valor*célula_que_tem_quantidade. Por
exemplo, se o valor de R$ 1.100,00 estivesse em B2 e 10 em C2 apenas
usaríamos =B2*C2, que nos retornaria R$ 11.000,00. mas como
faríamos isso numa tabela em modo de texto no LibreOffice Writer? A
resposta começa da mesma forma que faríamos no Calc, e o mais legal
é que leva em conta até mesmo a posição das células. Assim,
clicamos na célula em que será feito o primeiro cálculo e
digitamos o = (igual). Só isso já é o suficiente para que se abra
a barra de fórmulas parecida com a planilha do LibreOffice Calc.
Lá
entramos com a fórmula do mesmo modo que faríamos na planilha,
tendo em mente como a nossa tabela ficaria se ficasse na parte
superior esquerda de uma planilha. Ou ainda melhor, com o mouse
clicamos na primeira célula que contém os dados, digitamos o
símbolo de multiplicação (*). Na sequência damos um clique na
segunda célula e terminamos dando enter para confirmar.
Só
que é preciso salientar que em caso de digitação manual da fórmula
devemos colocar as células em destaque, dentro dos símbolos de
maior e menor:<B2>*<C2>. Caso precisemos alterar a
fórmula, teclamos o F2 e isso habilita a célula para edição, da
mesma forma que fazemos com o Calc.
O
resultado é a tabela a seguir, que contém as fórmulas =<B2>*C2>
e =<B3>*C3> para os cálculos dos valores totais de cada
item na coluna de quantidade total e =<B2>+<B3> e
=<c2>+<c3> para as linhas de totais.
Descrição
|
Valor
|
Quantidades
|
Valor
total
|
Computador
de mesa
|
R$
1.100,00
|
10
|
11000
|
Impressora
|
R$
120,00
|
2
|
240
|
Totais
|
1220
|
12
|
11240
|
Essa
dica foi apresentada pela Eliane Domingos para a revista LibreOffice
Magazine, que pode ser baixada no site do LibreOffice em
https://pt-br.libreoffice.org
e agora apresentamos nossas obervações sobre a funcionalidade, com
prós e contras:
Benefícios:
-
Útil quando precisamos inserir dados numa planilha já feita e com poucos dados, sem a necessidade de ter que abrir outro programa, criar o que queremos lá, selecionar, copiar e colar em nosso texto;
-
A lógica é bem simples, tal como seria se estivéssemos numa planilha de verdade, sendo que também poderíamos usar o conceito de autossoma =sum<B2:B3> para os totais da última linha;
-
Você não precisa editar com F2 para ver as fórmulas usadas, sendo que para consultar o que foi feito basta levar o cursor do mouse sobre as células que o seu conteúdo aparecerá, como as dicas do LibreOffice.
Pontos
fracos:
-
Não é possível digitar a fórmula dentro da própria célula, apenas na barra superior, o que pode atrapalhar para quem está acostumado ao Calc, além do fato de as funções serem mais limitadas;
-
Só é bom caso a sua tabela tenha poucas fórmulas, uma vez que não dá para copiar o conteúdo para células de baixo ou copiá-las atualizando-as, como na planilha eletrônica. Nesta devemos editar fórmula por fórmula, sempre dando enter após para confirmar a inserção.
E
finalizado o assunto passaremos à segunda dica: a autoformatação
de tabelas. Esta nós adaptados do texto de Júlio Neves, na mesma
edição da revista. O objetivo aqui é simples: criar um modelo de
formatação para nos ajudar em tarefas diárias.
Para
tanto, vamos pegar a tabela anterior e imaginar como seria ter que
formatá-las linha por linha para uma apresentação com “mais
presença”. Como foi feito na dica da Eliane Domingos, seguiremos o
tutorial do Júlio até mesmo para ver se as funções daquela época
(2012) funcionam hoje (2016). ma matéria o acima citado autor criou
uma tabela 5x5 sem qualquer formatação, para aplicar estilos.
A
tabela a seguir é bem simples e é a base para a formatação:
É
claro que não nos deteremos no processo de formatação, até porque
isso aí é coisa menos importante, uma vez que cada um faz do jeito
que considerar mais adequado. Após as nossas formatações a tabela
ficou assim:
Item
|
Fornecedor
|
Valor
Unit.
|
Quantidade
|
Total
|
---|---|---|---|---|
Monitor
|
LG
|
390
|
10
|
3900
|
Impressora
|
HP
|
850
|
5
|
4250
|
Tablet
|
Samsung
|
1090
|
3
|
3270
|
Total
Geral
|
11420
|
A
tabela está pronta, ficou bonitinha, mas vale lembrar que deu
trabalho para fazer, mesmo sendo pequena. Imaginemos uma tabela com
mais de cem linhas, ter que formatar grupos de linhas e colunas toda
hora e ainda mais, num dia de trabalho bem corrido. É algo que não
seria produtivo. Como o autor da matéria original escreveu, “essa
tabela faz parte de um relatório que quero causar uma boa impressão
(não adianta pensar que é para puxar saco, que não é. Quero o
melhor para o meu querido chefe), vou dar-lhe uma aparência de 3D.
Para tal vou alternar matizes de cinza no fundo das linhas e nas
margens. Vamos à primeira linha de dados (cabeçalho e rodapés
ficam para depois), vou fazê-la com fundo cinza 30% e com a margem
inferior cinza 70%”.
O
caminho aqui para se formatar é selecionar a parte que se pretende
formatar (que pode ser uma célula, uma coluna, várias células ou
colunas ou a tabela inteira mesmo), clicar com o botão direito do
louse e no menu que se abrirá, escolher Propriedades da tabela. Em
seguida pode-se escolher a aba que tem o campo que se quer formatar.
Aqui
cabe salientar que quanto maior a tabela, mais trabalho se terá para
formatar. Então sem mais enrolação, vamos ao que interessa.
Na
dica do autor o trabalho para se criar uma autoformatação começa
pela seleção da tabela com o mouse e clicando no menu Tabela »
Autoformatar. No entanto, ao testar na versão mais recente do
LibreOffice não encontrei essa opção. Por outro lado, a
funcionalidade só teve o caminho modificado: em vez de haver um item
chamado Autoformatar em Tabela, temos que procurar por Estilos de
Autoformatação – que funciona do mesmo jeito.
Para
criar uma nova autoformatação nada mudou das versões mais antigas
para as mais recentes. Basta clicar no botão adicionar, com a nossa
tabela bonita e formatada anteriormente selecionada. Nesse momento
aparecerá por cima deste diálogo a caixa Adicionar autoformatação.
O que ocorre: o sistema do LibreOffice vai entender que aquela
formatação deverá ser adicionada como um novo modelo para ser
armazenado e usado em futuras tabelas sem qualquer formatação.
Basta finalmente escolher o nome e dar OK.
Da
próxima vez que você for montar outra tabela e desejar usar esta
formatação que acabamos de fazer, tudo o que precisará fazer é
levar o mouse até o menu Tabela » Inserir » Tabela. Na caixa de
diálogo escolha as quantidades de linhas e de colunas e clique em
Autoformatar. Na nova caixa de diálogo de autoformatação procure
pelo o nome do estilo que você adicionou, selecione-o e confirme.
Para resumir, o vídeo a seguir apresenta todo o processo:
Assim sua nova tabela já virá pre formatada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário